quarta-feira, 1 de abril de 2015

Dos retalhos fez-se saco ...


Dos retalhos fez-se saco - para já , apenas um, mas muitos mais surgirão.
Deixem que conte:
- À medida que costuro, a tarefa torna-se mais simples e, consequentemente, mais gratificante.

A minha primeira investida nesta matéria ocorreu há quatro anos, quando iniciei o blog.
Nessa altura conheci a Deise (de quem tenho imensas, imensas saudades. Alguém sabe onde ela que ela para? Onde estás, Deise? ), uma arquiteta brasileira, incrivelmente dotada para as artes, com um blog excelente a que, imperdoavelmente,  não deu continuidade - Deisecraft, acho que era o seu nome. 
Sendo arquiteta, tinha , nas suas explicações, um rigor, uma clareza que fazia parecer fácil qualquer projeto.
Publicou um PAP sobre a confeção de uma bolsinha. Pareceu-me acessível e guardei uma tarde de domingo para tentar concretizá-la, na altura, com uma máquina de costura chinesa (e manhosa ...) que só me dava desgostos.
Nessa tarde, segui o passo a passo com rigor religioso, medindo, cortando e alfinetando tecidos.
Quando entrei na fase de coser foi o descalabro total, com agulhas partidas, máquina engasgada com rolos de linhas, tecido engolido pela dita, enfim, um pavor.

No fim dessa tarde, arrumei a tralha, limpei a bagunça descomunal e, em silêncio, vencida, decretei que costura nunca mais, que não tinha sido talhada para tais artes, que devia vergar-me perante a inevitável realidade.
Fiquei mesmo triste!
Depois, aos poucos, recompus-me, esqueci o desaire e repeti as investidas, umas vezes com moderado êxito, outras com fracasso absoluto.
Habituei-me a conviver com as vicissitudes da aprendizagem que incluem muitos, muitos desaires.

Não pretendo com isto dizer que sei costurar! Não sei! Mas quero aprender! E sei que tenho progredido!
O que nos leva à inevitável questão de que tudo se aprende. Tudo! Mandarim que seja, aprende-se, desde que se queira.

Voltando ao saco. É meu e é lindo!


Não é?

Aqui com melhor iluminação.
São dois tecidos coordenados, próprios para decoração.
Comprei dois retalhos por quase nada, porque me tentei. Esperavam
destino no cesto.
Ainda sobrou muito pano, pano para mangas, diria.

Pela primeira vez ousei este bolso exterior, acolchoado.
Se tivesse insistido nos pespontos, o ar Chanel seria mais evidente.
Não perde pela demora, porque na próxima investida, será Chanel. Pronto!

O interior, com bolso e todo às pintinhas - seu fofo!

Nem nos meus sonhos mais delirantes, me imaginaria apta a reproduzir o canto "caixa de leite"!
E voltamos ao mesmo - quando se quer aprender, aprende-se!
Se estou feliz com o saco de tecido?
Estou felicíssima!
Não sendo exatamente o que uso no dia a dia, será extremamente útil nas idas à praia que se aproximam.
Único e irrepetível - que detesto fazer o que quer que seja mais de uma vez.
Na manga, um monte de ideias.
Haja retalhos!
Me aguardem!

Beijo
Nina