quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Bolo de chocolate com pêra

Não sei se por influência deste tempo triste se apenas por pura gulodice, apeteceu-me bolo. 

Na cabeça trazia a sugestão de Bolo de chocolate com pêra que, num dia qualquer vi, numa página qualquer no Instagram.

A ideia criou raízes, mas a receita não.

Procurei.

Encontrei na página do blogue Flagrante delícia, a solução.

Reza assim:


2 pêras descascadas e cortadas em quartos, sem “caroço “

Sumo de limão 

Açúcar baunilhado 


Regam-se as pêras com sumo de limão e polvilham-se com o açúcar baunilhado. Reservam-se.


Unta-se uma forma com manteiga e polvilha-se com farinha.

Liga-se o forno a 180 graus.


Ingredientes para a massa:

3 ovos

100g de açúcar 

15g de cacau

75 g de manteiga temperatura ambiente

115g farinha

1,5 c.chá fermento

50g chocolate em pedaços miúdos 

Açúcar para polvilhar


Batem-se as gemas com o açúcar e o cacau.

Junta-se a manteiga e a seguir a farinha com o fermento.

Acrescenta-se o chocolate em pedaços.

Envolve-se nas claras em castelo.


Por cima colocam-se as pêras ( com alguns cortes transversais para que cozam bem) e polvilham-se com açúcar.

Assa durante 0 a 35 minutos.


Ainda não provei porque está quente. Mas o cheirinho é bom, irresistível mesmo.


Beijo 

Nina








 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Velas






 Ontem , no Instagram, mostrei um cantinho do meu espaço com lareira e velas acesas, o supra-sumo do conforto. 
No fim da noite deixei que a lareira apagasse e preparei-me para também apagar as velas.




Não gostei do que vi -   cera derretida cobrindo a bandeja e escorrendo para a mesa (que , felizmente, com o seu tampo de vidro minimizou os estragos).


Tratei, pois, de encontrar uma solução para as velinhas de que não pretendo abdicar e, para já, coloquei em frascos de vidro, mas a solução - convenhamos- é simplória e sem graça.

No Pinterest , esse mundo de ideias, descobri sugestões muito engraçadas:





Restimento dos frascos com uns pontinhos em croché e respetivo esquema ...



Mas, há todo um imenso leque de ideias para além destas. O difícil  mesmo é escolher:


Neste caso, embora atraente, não sei como recortaria o «coração» na superfície da lata, mas, tirando esse detalhe, a ideia continua a ser interessante.

  



Aqui é fácil - cola quente e corda até meio do frasco



E aqui usando pedrinhas no fundo do frasco

Todas  sugestões engraçadas e funcionais que hei de por em prática um destes dias.
Para já, as velinhas repousam em simples frascos transparentes e irão cumprir o seu destino - iluminando esta noite escura.

Beijo
Nina


quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Manicure

 



Sempre que me parece imprescindível manter a manicure impecável recorro ao gel. Realmente resulta e mantém as unhas irrepreensíveis durante duas  semanas. Depois, com o inevitável crescimento, ficam medonhas.

É então que faço batota - com um verniz da mesma cor vou acrescentando umas pinceladas e, ao mesmo tempo, lixo ou corto as pontas pois não suporto unhas compridas. 

A outra solução é retirar o gel velho aplicando novo. Só que esse procedimento é abrasivo e por isso prejudica fortemente a saúde das unhas. Se repetido, em pouco tempo as unhas viram papel.

Posto isto, procuro espaçar o mais possível este procedimento.

Desta vez, repeti a batota, pincelando a unha nova à medida que ia crescendo e aparando a extremidade de modo a evitar o surgimento de garras.

Mas fiz mais… com cuidado fui descolando o gel velho até conseguir limpar toda a superfície da unha. 

Hoje, finalmente, consegui eliminar todo e qualquer vestígio. 

Passei à fase seguinte: hidratante, verniz e topcoat.

Perfeitas.

Em nome da saúde das minhas unhas, gel nunca mais ou, para ser rigorosa, gel só quando o rei fizer anos. Que eu saiba vivemos numa república, portanto …


Beijo 

Nina


quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Feriado



 Feriado. Nem notei. Choveu todo o dia e a vontade de sair era nula.

Aproveitei para adiantar a «menage» - aspirei e despachei uma máquina de roupa. Nada como ocupar as mãos e os músculos quando as nuvens reais e abstratas espreitam. 

Não sei quem dizia que as mãos (ou seria a cabeça?) desocupadas são a oficina do diabo. Não acredito em diabos nem afins, mas acredito que, às vezes, somos os nossos piores inimigos. Quando sinto ou pressinto que vem aí borrasca - leia-se depressão - viro uma máquina de trabalho. E não é que funciona?

Não se conclua, por favor, que a diligência apenas surge em momentos cinzentos. Não! Por isso também se proclama a alegria no trabalho que significa que existem uns quantos abençoados felicíssimos com o seu trabalho e que, ainda por cima, são pagos para /por serem felizes.





Enfim! O dia está a chegar ao fim - graças à ideia peregrina de mudar a hora, transformando os dias de Inverno nuns nicos de luz  - e balanço feito, foi um dia bom. Aventurei-me até num exercício de bricolage usando uma pistola de cola quente. E, rapidamente transformei um vasinho de plástico horroroso. num vasinho revestido com corda, todo um charme, toda uma inovação.


Amanhã, parecerá ser segunda-feira. Mas não é. É quinta e já estamos quase, de novo, no fim de semana. 

Aproveitem.

Beijo

Nina






sábado, 27 de novembro de 2021

Sábado com sol




 Céu azul e sol a brilhar, porém o vento norte gelado, cortante transformou o dia num perfeito glaciar, um daqueles dias em que camisola/blusa, sobrepostas, mais casaco, mais cachecol, mais gorro, mais luvas, sem esquecer as meias de lã e as botas.

A máscara imposta pela pandemia era mais um acessório que, ao contrário dos outros dias, não incomodava, antes protegia o nariz, a boca e o queixo.
Não se podia andar na rua, literalmente.
Ainda assim, no decorrer de um passeio de carro até à Costa Nova, ainda arrisquei uma saída em Esmoriz  para fotografar um Oceano irado.
Agora gravo estas memórias frente a uma lareira de chamas reconfortantemente elevadas.
Boa noite!
Que seja quente e tranquila no conforto do lar.
Até amanhã.

Beijo 
Nina

sábado, 20 de novembro de 2021

Outono na montanha

 Acho que o fulgor do Outono está a terminar. As árvores que ainda há uma ou duas semanas eram douradas ou rubras, em fogo, em labaredas,  começam a despir-se, perdendo as folhas.

Hoje ainda encontrei algumas manchas coloridas, mas o que mais vi foi o solo recoberto por densa manta de folhas. Foi no Soajo, onde uma vez mais regressei.


São bolotas e muitas folhas mortas ...


No centro da vila revi os impressionantes, os majestosos espigueiros




Implantados sobre um penedo descomunal, são muitos. Interrogo-me se continuam a ser utilizados para guardar o grão dos cereais ou se apenas permanecem como testemunhas mudas de outros tempos


Bem perto, o Lindoso com o seu imponente castelo:








A entrada é livre e a vista a partir das muralhas, magnífica:




Aldeias perdidas na imensidão da serra. Se calhar desertas, mas, ainda assim, atrativas - como será viver no silêncio quase absoluto, longe da trepidação citadina?

No regresso, descobri um pedaço do paraíso - Entre ambos os rios - uma localidade perto de Ponte da Barca que, como o nome sugere é atravessdo por dois rios, o Lima e o Tamente.


A vista é esta, assim de paradisíaca




Os adoradores do campismo têm aqui um camping que entre outras vantagens, oferece esta vista

Quero voltar.
 Não para acampar que não é atividade que me seduza. 
Quero voltar para me perder por estes trilhos, quero voltar para encher os olhos com este espetáculo, quero voltar porque mergulhar neste ambiente de pura beleza, só pode fazer bem à alma.

Beijo
Nina






quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Chuchus

 Cheia de dúvidas - a começar pela grafia correta, “chuchu” ou “Xuxu” ,? chuchu, dizem os puristas -  porque cheia de chuchus:




Foi uma prenda, o tipo de prenda de que mais gosto - comida, comida da horta, sem conservantes nem aditivos.

Dois sacos enormes a que dar destino para que nenhum se estrague - que pecado!

Portanto tarefa pesada me aguarda - descascar  toda esta produção. Luvas são imprescindíveis porque, de tão adstringentes desidratam as mãos. 

Uma vez descascados e cortados em pedaços, serão congelados. A seguir, sopa com eles. Sopa porque é o único método que domino para os utilizar, mas se calhar há outros …

Sim?

Quais?

Como?

Vamos trocar informação?

Venham daí sugestões s.f.f.

Grata❤️

Beijinhos 

Nina 

terça-feira, 9 de novembro de 2021

E as moscas?

 Refiro-me às moscas minúsculas, quase invisíveis, mas profundamente irritantes que esvoaçam perto da fruta. Acho que são sazonais, as antipáticas! Porém este ano, persistem em enervar-me, as parvas. São as alterações climáticas, por certo, que, produzindo estes verões tardios, com dias ensolarados e quentes, que lhes baralham as ideias - a elas, às moscas da fruta.

Já desisti da minha composição colorida e perfumada na mesa da cozinha. Desisti! Rendi-me derrotada.

Agora toda a fruta permanece no frigorífico ou fechada na despensa. Ainda assim, as infelizes perduram. 

Não sei que lhes faça. Limito-me a detestá-las. Para mais, li algures, que cada uma pode reproduzir 500. É muita mosca para uma pessoa só.

Que fazer?

Que fazem?

Que aconselham?

Inseticida, não! Está-se mesmo a ver que não! Não quero cá inseticida na cozinha.

Terei que aguardar os rigores do Inverno?

Aí, sei que não sobrevivem, mas, convenhamos, em pleno século XXI é decepcionante concluir que não vencemos as moscas da fruta.

É isto que hoje me cabe dizer.

Fico à espera de sugestões, soluções, sortilégios.

O que vier será bem vindo.

Muito agradecida.


Beijo

Nina


segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Aspirador

 Sendo imprescindível, é um aparelho pesado que se torna muito cansativo. Exige uma série de acessórios, exige um local para ser arrumado, exige paciência. Detesto aspirar, melhor dizendo, detestava aspirar. Não é que agora goste, mas faço-o com uma perna às costas, desde que descobri a última geração desta geringonça - ainda as há que funcionam, como a seguir demonstrarei.

Comecei pelo robot que, sozinho percorria a casa. Eu assistia. Crítica. Muito crítica. É que a coisa funcionará  talvez, num espaço despojado, o que não é de modo nenhum o meu caso. Gosto de tapetes, adoro carpetes e sofás e poltronas e mesas de apoio e cortinas e cortinados, só obstáculos para o robot. Não, não aprovei. Despachei-o quando conclui da sua inoperância.

Falaram-me então de um vertical, sem fios, sem saco de lixo. Averiguei, troquei impressões com vendedores e proprietários e arrisquei. Comprei um Dyson. Carote,  sem dúvida, mas vale cada euro.

Exemplo vivo de uma geringonça funcionante, astuta, adapta-se ao pavimento, leve como uma pena desliza sem esforço, possui um depósito para o lixo que se esvazia quando necessário , sem fios, arruma-se sem manobras de espaço, em suma, a perfeição feita aspirador.


De uma amiga, Norma, recebi a informação que , para as janelas, adquirira um robot plenamente satisfatório. Vou averiguar, dedicar-me de corpo e alma a esse assunto, já que as janelas constituem o tipo de atividade  para a qual efetivamente sou uma nulidade.

Por aí, como resolvem o berbicacho das janelas?

Contem-me tudo, por favor.

Em tempos comprei um aparelhómetro constituído por dois ímanes que funcionava simultaneamente no interior e no exterior da vidraça, isto é, enquanto limpava o interior, graças aos imanes, o exterior ficava também limpo. Só que com janelas de vidro duplo o íman não funciona.

Os novos robot, pelo que vi, podem até ser bem sucedidos.  Não quero, porém, arriscar este tipo de compra on-line. Seguramente que em breve será possível encontrá- los fisicamente.

Até lá, esperamos que a chuva faça o papel que lhe compete e deixe os vidros cintilantes.


Beijo 


Nina

domingo, 7 de novembro de 2021

Sem empregada

Quando começou a pandemia e o confinamento nos foi imposto, dispensei a empregada que trabalhava comigo há anos. Na altura imaginava que seria uma situação temporária que ultrapassaríamos com a chegada das vacinas. E assim conversámos e assim combinámos. Restringi os contactos ao mínimo dos mínimos e até as compras do supermercado me eram deixadas à porta por funcionários tão espavoridos quanto eu.


Entretanto fomos quase todos vacinados e a hipótese de retomar as antigas rotinas - leia-se, admitir a presença de uma empregada, tornou-se profundamente incómoda. Teria que ser uma pessoa diferente dado que a a antiga, por razões várias, ficara indisponível.


A perspectiva de uma estranha a quem teria de mostrar o que dela esperava, a partir do zero, definitivamente não me agradava, não me apetecia ... nem de graça. Conquistei esta autonomia tão boa, esta privacidade tão preciosa que - está decido! - não quero empregada.

É claro que esta independência tem custos! É claro que o quotidiano exige , em média, 2 horas que dedico às lides domésticas. Não há como negá-lo! Mas tenho aprendido tanto, tenho desenvolvido uma capacidade de organização que não suspeitava possuir. Todos os dias faço descobertas. Todas elas no sentido de facilitar a vida sem abdicar de uma casa limpa e confortável, onde se está bem, se come bem e onde há tempo para tudo.


Eu que tão arredada tenho andado do blog, senti , de repente, o chamamento. Voltei. Sabia que ia voltar. Não me enganei.


A maioria das mulheres  vive esta realidade desde sempre, bem sei. Só para mim é novidade. Ainda assim acho que poderei partilhar dicas que facilitam o dia a dia e desdramatizar tarefas comezinhas que roubam qualidade ao nosso tempo. 

É o que tenciono fazer, sem pretenões de quem está a descobrir a pólvora. Pelo contrário, fico à espera de sugestões de quem, seguramente, é muito mais competente do que eu.


Beijo

Nina 

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Foi no Algarve…

 … em Tavira, no restaurante Pátio, que, nas entradas provei esta maravilha:



Trata-se de queijo chévre, ligeiramente aquecido, regado com mel e polvilhado com amêndoas picadas. Acompanhado por finas fatias de pão algarvio, é divino. 

Vou repetir a experiência sublime . Muitas vezes.




segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Marmelada

 






Outono sem marmelada não é Outono.

Portanto comprei 3 quilos de marmelos e esta tarde dediquei-me à doce tarefa de fazer a marmelada que vai durar o ano todo, até ao próximo Outono. Gosto de a comer à sobremesa acompanhando queijo. Em quantidades muito reduzidas, porque não morro por doces..

Ainda hoje, no Instagram me referi com certo azedume, à Bimby que acusei de desrespeitar a tradição culinária. Mantenho o que disse, mas como não há regra sem exceção, no caso, a exceção é a marmelada que fica uma perfeição cozinhada na D. Bimby.

Ainda me lembro de ver a minha mãe preparando marmelada . Era um calvário. Descascava os marmelos que depois de cozidos eram reduzidos a puré usando um passei-te. Depois vinha a fase escaldante em que o puré fervia com açúcar, expelindo golfadas que queimavam horrorosamente. Era uma operação terrivelmente complicada que seguramente me recusaria a fazer.

Com a Bimby é toda uma facilidade.

Eis a minha marmelada, prontinha a ser degustada.

 Missão cumprida.

Com sucesso.


Beijinhos 


Nina

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Pronta!


Encantei-me com uma blusa/camisola que vi no Instagram ou no Pinterest e como estou numa fase disposta à aprendizagem, procurei no YouTube e encontrei a explicação para o ponto, uma série de torcidos com um efeito imensamente giro.

Achei que dada a estação do ano, supostamente quente, não conseguiria levar o barco a bom porto e que apenas no Inverno teria condições para a terminar.
Ainda assim, comprei o fio só para ir treinando o ponto.
Afinal o Verão saiu esta bodega de tempo, com frio, nortada, nevoeiro e chuva, ambiente propício ao tricô.

Modéstia à parte, mas é que ficou mesmo bem.

É favor observar:













Pronta muito mais depressa do que eu imaginava porque trabalhei com agulhas com número acima ao indicado no fio.
Gosto muito!

Beijinhos
Nina


quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Blusinha, lindinha, fofinha de crochê

 Independentemente de ser moda ou não, acho graça às blusinhas de tricô. Blusinhas, disse e repito, porque o tricô tem a irritante mania de não parar de crescer. Sei-o porque já provei na carne o veneno - vai uma pessoa tricotar uma túnica e, à terceira vez que a veste, tem um vestido a tapar os os joelhos. À quinta, tem um traje loooongo. Depois, para resolver esse crescimento endiabrado o remédio é acessível, bastando lavar a peça para que ela retome as proporções para que foi criada. Mas não deixa de ser chato, porque saímos de casa com uma blusa e regressamos com um vestido tocando os calcanhares.

 A sério que não estou a exagerar.




Posto isto, é claro que sou comedida e prudente nos projetos.

Esta blusinha, por exemplo, parece-me linda e inocente sem pretensões a desmedido crescimento, tanto mais que a sua estrutura não o permite.

Se bem repararem é constituída por granny squares, os bons e velhos quadradinhos da avó, que ligados entre si, presos por costuras, não terão veleidades de grandezas. Se gostam, é fazer!

Depois, aquela carreirinha final de pompons dá-lhe uma graça que só ela.

Pessoalmente estou deveras inclinada a iniciar esta proposta -- veio direitinha do PINTEREST.

Se aí por casa abundam restos de algodão, ponham mãos à obra e quem acabar primeiro vem aqui mostrar.

 Vale?


Vou só ali acabar uma manga de uma camisola/blusa cor de rosa que teima em não me sair das mãos.

 A seguir, vou-me a esta linda, inocente e colorida blusinha ,  desafio irresistível.


Beijo

Nina

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

A dona de casa quase (im)perfeita

Durante toda a minha ausência, muito mudou na minha vida, a começar pelas mais comezinhas tarefas diárias que passei a assumir sem ajuda externa - internamente, digamos, que tenho algum (pouco, pouquinho) apoio, mas tenho.
Portanto, tarefas que sempre deleguei, passaram para o meu controlo, o que, nem sequer foi muito mau (a sensação de não haver estranhos dentro de casa é reconfortante ... mas cada um sabe de si!).
A cozinha sempre foi tarefa da minha responsabilidade e pouco ou nada mudou.
As limpezas é que mudadaram em absoluto. Eu, que por medo, deixei de frequentar o ginásio, pratico dentro de portas, se é que entendem o que quero dizer. E nem é muito mau. É acima de tudo uma questão de organização e de disciplina para evitar limpar o que está limpo. Em suma, sinto-me autónoma, ginasticada e moderna. Que mais posso eu desejar?
Neste contexto, comecei a seguir obsessivamente sites sobre gestão doméstica, aprendi truques, apontei dicas, abasteci-me de material inovador e , a dizer a verdade, sinto-me quase "uma competência".
Quase ...
Porque ele há detalhes que me maçam! 

Por exemplo ...




As portas de vidro da cabine do duche!

É de mim ou são mesmo chatas?
Para apresentarem o aspeto cristalino que se lhes exige, não dispensam limpeza diária após cada utilização. Não! Exigem spray anticalcário e o diabo a quatro. 
Sim ou não?
Sou eu que não domino a técnica ou é mesmo incontornável a operação limpa vidros/ anticalcário?
Help! Help me! 
É que estou quase a utilizar outro duche com cortina!
De certeza que existe um método mais simples para deixar a coisa apresentável.
Vamos lá conversar.
Sou toda ouvidos!

Beijo
Nina

sábado, 7 de agosto de 2021

Sábado, dia de coisas boas

 O meu dia é o sábado. 

Se coisas boas me estão reservadas, ser-me-ão entregues num sábado seja uma alegria pueril, seja a chegada grandiosa de um D. Sebastião, que, com ou sem nevoeiro, ocorrerá num sábado. 

Para ser bom, de tão especial, nem precisa de qualquer ocorrência. 

Ser sábado já lhe basta a garantir as mais deliciosas 24 horas de toda a semana.

E hoje é, está a ser sábado.

Tive estrelinhas e sininhos, passarinhos a cantar, vinho branco gelado e peixe fresquíssimo num almoço reencontro. Com amigos do coração, afastados desde o início da peste. Não abracei nem beijei. Ainda não. Mas a luz inundou a nossa bolha, deu brilho aos olhos, música à conversa e a proximidade foi uma prenda preciosa.

Tinha que acontecer num sábado.

É aproveitar, porque até ao fim do dia todos os milagres podem ocorrer.

Imprescindível, porém, esta desmesurada fé . Igualmente a vontade firme, já que, não duvido, fé e querer movem montanhas. Eu aqui a comprová-lo, degustando a mais pura felicidade. 

Ninguém me convence do contrário - as melhores coisas do mundo só podem acontecer ao sábado.

Feliz sábado.

Beijo 

Nina

Talvez de volta

 Foi no fim de Abril que publiquei o último post, quase em jeito de despedida. Fechei para mudar de ares. Andei por outras paragens, encantei- me com o Instagram, com a variedade de temas, com o imediatismo da interação, com a aparente economia de tempo, onde os comentários se reduzem a um toque no ❤️, quando muito, a um sucinto comentário. São inegáveis vantagens do Instagram. Mas, falta-lhe conteúdo, calor humano, alma. 

Bem sei que o mesmo pode ocorrer com os blogues, que também eles podem  pecar iguais pecados, são porém excepções. Quem se dispõe a cumprir o ritual da escrita, verte na página em branco muito de si, sentimentos, experiências, ensinamentos e, se tivermos sorte, poderemos descobrir textos admiráveis, deleite  estético em forma de escrita.

Temos portanto a situação em que me apetece voltar. Não surgiu de repente. Anda a atazanar-me há tempos. Dou por mim com vontade de escrever. Flagro-me a espreitar escritas alheias. São muitos sinais. Sinais que aprendi a não ignorar.

Agora deveria estar profundamente adormecida,mas, como é evidente, não estou. Cansada, sim, mas inquieta. Coisas que escolhem a noite para ganharem forma e uma força que na verdade não têm. Quando assim é, aprendi que perderei a luta se insistir permanecer na cama, no escuro. Toca a levantar e ocupar a mente, toca a cansar os irresolúveis problemas, seja lá como for. Normalmente com a leitura. Hoje, com a escrita. Eis-me pois aqui.

Pretendo que este texto seja apenas um toc-toc nas vossas portas, um olá, um estou aqui. Estou bem. Com saudades. Com vontade de voltar. Com assuntos para partilhar. Assuntos aos montes. A vida mudou tanto! Temos que conversar.

Se ninguém me ler, não estranho, não me ofendo, na verdade, não me importo. De momento escrevo essencialmente para mim. Treino-me, exercito-me, até ficar minimamente em forma. Quase vítima do clima Olímpico. Ter sentido vontade, necessidade foi o primeiro passo. Estou certa que regressei.


Beijo

Nina

quinta-feira, 22 de abril de 2021

 Olá! Ainda aqui estou, felizmente bem, embora ainda não vacinada.

O blogue está carregadinho de teias de aranha e, como acontece a todas as casas fechadas, necessita arejamento. Por isso aqui estou, abrindo portas e janelas e dando uma explicação aos amigos que, estranhando o meu inusitado silêncio, me têm procurado.

O clima estranho em que temos vindo a viver desde Março de 2020 afeta, inevitavelmente,  nossa normalidade.

Concretamente, para mim era normal, uma sã rotina, vir aqui diariamente, se não para postar, pelo menos para visitar amigos e responder a comentários. Acontece que tal decorria no dito clima normal que entretanto se esvaiu. Surgiram outras prioridades, outras necessidades, outros prazeres. E deixou de me apetecer blogar.

 Para já.

 Nada é definitivo e por isso não encerro o blogue. Deixo-o em repouso, em standby, convencidíssima que um dia destes regressarei pujante de entusiasmo.

Até lá, podemos encontrar-nos no instagram - https://www.instagram.com/ninapereira4305/ - um espaço muito menos íntimo, mas também muito menos exigente, onde descobri temas que muito me interessam e pessoas muito agradáveis que me fazem sentir bem entre elas.

Não é o blogue, bem sei. É apenas uma espécie de blogue.

Apareçam por lá, enquanto não nos reencontramos todos de novo aqui.

Obrigada por me fazerem sentir que faço falta.


Beijo

Nina


quinta-feira, 4 de março de 2021

Nasceu!


Nasceu!

Depois de uma gestação enigmática, nasceu uma das mangas cuja cultura ensaiara há algumas semanas e que tinha mostrado AQUI.

Então,  aproveitei vários caroços e, depois de retirar a semente, cobri-as com terra, esperei e reguei e continuei a esperar e a regar, até que ...



Nasceu!


Cá, está ela, a “manguinha”.

Planta tropical que é, exige clima adequado, bem sei, Para já, nesta espécie de estufa onde tudo germina e cresce desmesuradamente, as condições estão criadas, com solo humedecido, muita luz e temperatura amena.

As irmãs continuam em estado letárgico, não dando qualquer sinal de vida. Quem sabe se apenas necessitam de tempo, do seu tempo?

Aguardo, esperançosa.


Estatura - 15 cm
Folhinhas - 4 bem desenvolvidas e 2 mais a despontar

Escusado será dizer que, a partir de agora todos os caroços de manga têm o destino traçado;
- Serão projeto de futura mangueira e esperança de montes de mangas ... (sonhar não custa!)

Beijo
Nina



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Gengibre

 Gengibre! Quem não conhece? Aqueles talos de raíz, de cor branca, com paladar e odor intensos, estão a ver? Presente em todos os supermercados, não são  paradigma de bem económico. É certo que dois ou três talos, duram uma eternidade se conservados no frio em embalagem fechada.

Uso gengibre quase exclusivamente em chá - duas ou três fatias por chávena é quanto basta. 

Dizem os entendidos que tem propriedades curativas a nível do aparelho digestivo, que acelera a digestão e trata umas quantas mazelas desagradáveis. Não garanto.

Garanto que me agrada o paladar ligeiramente picante e que, quando suspeito que uma gripe ou constipação ameaçam a minha débil pessoa, insisto no gengibre. No chá que adoço com mel. Funciona. Mata os bichos maus que se organizavam para me atacar.

Pronto! Gengibre e suas virtudes apresentados.

Não é, porém, apenas isso que aqui me traz.

Não!



Encontrei ,por acaso, informações de como plantar e colher gengibre. Para tal bastava cobrir com terra alguns fragmentos da planta e esperar, esperar que germine e cresça. Assim fiz. 

Se bem me conheço, sei que vou vigiar atentamente o processo e, logo que os primeiros fiapinhos verdes emergirem, teremos motivo para comemoração.

Beijo 
Nina






domingo, 14 de fevereiro de 2021

Pau d’água

 

Pau d’água. É o nome pelo qual conheço esta planta, talvez porque se desenvolve muito bem com o tronco imerso parcialmente em água.

Trouxe do Brasil, há muitos anos,  dois pauzinhos enrolados em papel, dentro da mala de viagem.

Uma vez regressada, segui as instruções da vendedora - numa feirinha de rua - e coloquei-os num recipiente com água. A certa altura surgiram raízes e , então, plantei-os num vaso de barro.

O local  onde vivem é quase uma estufa, quente e plena de luz. Simula facilmente o clima tropical. Talvez por isso têm crescido e multiplicado. Repetidamente batem no teto e frequentemente produzem uma flor com perfume tão intenso que é quase intoxicante. Coitadinhos deles. Pensam que estão na selva amazónica.


Nessa altura corto as hastes superiores e repito o procedimento.

Sempre com absoluto êxito.




Este tem o destino traçado e vai multiplicar-se no próximo Verão.



Este, também.




Dado que ocupam vasos muito grandes, aproveito a superfície à volta do tronco e aí planto todas as estacas, todos os rebentos imberbes.

O resultado é esta mata colorida. 

Dela nascerão outros vasos e assim sucessivamente numa cadeia de nascimentos ditada apenas pela natureza.


Hoje, depois de um mês de chuva intensa, o sol raiou.

Pareceu-me este um quadro bonito, animador, uma mensagem de esperança. 

Pois a vida insiste, persiste em progredir.


Beijo 

Nina

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Pintei o cabelo




 Há 6 meses que não vou ao cabeleireiro, coisa pouca para quem nunca vai, uma eternidade para quem, como eu, ia todas as semanas. À quinta-feira, às 2 da tarde, lá estava eu. Nem precisava marcar. Tinha lugar cativo.

Geralmente, apenas lavava e secava e de lá vinha muito bem disposta com o resultado. Esclareço que tenho o que se pode chamar um cabelo horroroso. Muito fino, indomável e com tendência a encrespar. Se lavado em casa, aguenta-se 1 ou 2 dias, até que desisto de o domesticar, prendendo-o ou recorrendo a um qualquer artefacto que o deixa sempre mal.

Por isso, às quintas-feiras, às 2 horas, lá estava eu, entregue às mãos da Márcia.

De dois em dois meses dava um toque nas madeixas e cortava as pontas.

Mas isso era dantes. Antes da pandemia. Num intervalo da maldita, em Agosto, trataram-me do cabelo.

Depois, confinei.

O cabelo cresceu, as nuances dissiparam-se e  - confesso- uma manhã, ao espelho, desesperei.

Parecia uma zebra.

Às riscas.


Passei pela farmácia e comprei um produto hipoalergénico, sem amoníaco. 

Recomendava prévio teste. 

Atrás da orelha, 48 horas antes da aplicação.

Esperei 24 e não vi reação.

Apliquei.

A cor uniformizou medianamente.

Não gostei.

Mas ...

O pior estava por vir: dois dias após a aplicação, acordei com picor generalizado. 

Chato. 

Tomei um anti-histaminico e nem assim passou o incómodo.

Conclusão, acho que só de chapéu, gorro, boina ou carapinha assumida.


Beijo 

Nina



quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Tudo amarelo

 Gosto muito do amarelo em múltiplas situações incluindo as flores.



Inesperadamente, sobrevivendo a inclementes chuvadas, flores amarelas têm brotado no meu terraço. Narcisos resilientes, aparecem em tufos.



Decidi, num intervalo da chuva, apanhar alguns e trazê- los para alegrarem o ambiente , dentro de casa.

Mas, olhando com atenção, descobrimos uma rosa. Amarela. A minha cor preferida no que às rosas diz respeito.

As roseiras haviam até já sido podadas, mas, está, determinada, decidiu desabrochar. Linda e amarela.


Foi o facto do dia.



Beijo 

Nina 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Isto vai acabar mal

 Acho que este confinamento será responsável por salvar muitas vidas, evitar muitos internamentos e , quando tudo passar, seremos gratos, mas também gordos.

Por mim falo que me entretenho na cozinha. 

A meu favor tenho o facto que gosto muito mais de fazer do que de comer.

Esta tarde, tarde de chuva ameaçando temporal, com esta cara assustador e, ao mesmo tempo, espetacular.




Foi tempo de doçuras.


Comecei com:

Compota  de mirtilos - 1kg rendeu 4 frascos e continuei com:


Marmelada, agora que já concluira que os marmelos tinham acabado.

A marmelada foi preparada na Bimby e, como sempre, saiu perfeita.

Tenho, pois, prateleiras bem abastecidas de conservas e doces.
Não exagerando na gula, temos gulodices para um ano.

Beijo 
Nina 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Ainda mais comida

 É o programa principal nos dias que passam, ainda mais quando eles , os dias, têm esta cara:



Nasceu assim, chuvoso e tristonho e assim promete prosseguir toda a semana.


Já arrumei a casa.

Já fiz o almoço.

Já almocei.

Já assisti a um episódio do El Chapo na Netflix.


Para intervalar, fui à cozinha e , de repente, apeteceu-me um Bolo Inglês.

Boa ideia!

Está no forno, com esta bela cara:




Além de bem parecido é imensamente perfumado.


Daqui por 30 minutos desenformo. Deixo arrefecer. E será sobremesa para o jantar.


Entretanto, tricotando, assisto ao Irlandês.


Beijo 

Nina 


sábado, 30 de janeiro de 2021

Mais comida


Comer. 
Comer diferente. 
Comer bem. 
Com moderação.
Procuro inspiração. 
Para comer bem, mas também para fugir ao óbvio, quando óbvios são os dias de confinamento.


Assim cheguei à Tarte de Camarão, a que agora se chama Quiche.

Foi-me servida numa altura em que nada sabia do mundo da cozinha.
Gostei tanto que pedi a receita.
Guardei-a, mas creio que nunca a repeti.
Hoje chegou a sua vez.


Na receita original, a massa era feita em casa, numa mistura de manteiga, farinha, água e sal. 
Uma trabalheira, enorme perda de tempo!
Pois se no supermercado está pronta, para quê sofrer?
Forrei a tarteira com massa quebrada, mas nada impede que seja folhada.
E passei ao recheio.

 Refoga-se uma cebola picada com azeite até que fique murcha. Junta-se 250g de camarão descascada até que fique rosado. Está pronto.
À parte faz-se um creme com 1/2 litro de leite e 2c.de sopa de farinha. Engrossa em lume brando.





Junta-se 1 pacote de natas e 3 gemas de ovo. Volta ao lume, mexendo sempre para engrossar.




Despeja-se o creme nos camarões. 
Coloca-a mistura na forma.
Polvilha-se com queijo ralado.
E forno com ele, até tostar.Está pronto.
E, tal como da primeira vez, voltei a gostar.
 Muito.

Beijo 
Nina



 

domingo, 17 de janeiro de 2021

Bolo de maçã

 

O bolo de maçã inspirou apetites e , com razão, porque é mesmo bom.




Então é assim:


Ingredientes


3 maçãs rainetas, descascadas, descaroçadas e cortadas em fatias

130g manteiga à temperatura ambiente

3 ovos

150g açúcar 

30g de brando ou v. Do Porto 

200g farinha

1 c. Chá fermento para bolos

1 pitada de sal

Açúcar para polvilhar 


Aquecer o forno a 180 graus.

Untar a forma com manteiga e polvilhar com farinha.

Bater a manteiga com o açúcar e juntar  os ovos. A seguir acrescentar o vinho. Depois a farinha com o fermento e o sal. Ligar bem.

Despejar a massa na forma e, por cima, colocar as fatias de maçã. Polvilhar com açúcar.

Assa cerca de 50 minutos.

Fácil, muito fácil.


O prato é lindo. 

Veio da Oficina da Formiga onde se encontram peças incríveis.




Beijo 

Nina

Desastres e sucessos

 Na cozinha, como em todas as áreas da vida, nem tudo são rosas. Não. Ocorrem, inesperadamente desastres. Referindo-me ao mais recente, exponho a prova:



Este pãozinho/ tijolo. Deu-lhe para não levedar, embora tenha seguido à risca o procedimento habitual. Porquê? Não sei. Este é apenas mais um dos enigmas com que tenho de viver. 

Foi grave, muito grave mesmo, visto que seria servido ao pequeno almoço de hoje ( como foi, disfarçado de torradas.)

Por outro lado, do mesmo forno que produziu a anterior aberração, saiu este singelo, fofo, perfumado, apetitoso bolinho de maçã.




Um sucesso.


Estão bem?

Cuidem-se. Fiquem em casa. Façam pão e bolos.

Bom domingo.


Beijo 

Nina