domingo, 14 de fevereiro de 2021

Pau d’água

 

Pau d’água. É o nome pelo qual conheço esta planta, talvez porque se desenvolve muito bem com o tronco imerso parcialmente em água.

Trouxe do Brasil, há muitos anos,  dois pauzinhos enrolados em papel, dentro da mala de viagem.

Uma vez regressada, segui as instruções da vendedora - numa feirinha de rua - e coloquei-os num recipiente com água. A certa altura surgiram raízes e , então, plantei-os num vaso de barro.

O local  onde vivem é quase uma estufa, quente e plena de luz. Simula facilmente o clima tropical. Talvez por isso têm crescido e multiplicado. Repetidamente batem no teto e frequentemente produzem uma flor com perfume tão intenso que é quase intoxicante. Coitadinhos deles. Pensam que estão na selva amazónica.


Nessa altura corto as hastes superiores e repito o procedimento.

Sempre com absoluto êxito.




Este tem o destino traçado e vai multiplicar-se no próximo Verão.



Este, também.




Dado que ocupam vasos muito grandes, aproveito a superfície à volta do tronco e aí planto todas as estacas, todos os rebentos imberbes.

O resultado é esta mata colorida. 

Dela nascerão outros vasos e assim sucessivamente numa cadeia de nascimentos ditada apenas pela natureza.


Hoje, depois de um mês de chuva intensa, o sol raiou.

Pareceu-me este um quadro bonito, animador, uma mensagem de esperança. 

Pois a vida insiste, persiste em progredir.


Beijo 

Nina