quarta-feira, 24 de julho de 2019

Há que reagir!


Dizem que somos - seres humanos -  capazes de grande poder de adaptação, para o bem e para o mal. É uma questão de sobrevivência da espécie. Mesmo quando tudo parece de tal modo triste que apetece desistir, vamos buscar forças não sei onde e acabamos por reagir. 
Incluo-me nesse número, daqueles que, felizmente,  reagem.

Depois de um triste desabafo, sigo em frente como tem que ser. Invisto em coisas pequeninas, sem grande importância, mas exigentes face às minhas competências. Falo de costura. Não sei costurar. Já tentei. Tive até algumas aulas. Sem êxito.
Ainda assim, arrisco e o que para alguém habilitado não passam de tarefas simples, para mim são desafios.

Desta semana não passa. 
Serão concluídas as tarefas que me aguardam há semanas.
Estas:

Comprei online este vestido.
 Azul e branco, em croché.
Quando o vesti foi dececionante - um saco informe com um decote até ao umbigo.
Horrível!



Acontece que a ideia é gira!
As cores, a textura e a franja  na bainha.
Achei que tinha possibilidades e por isso não o devolvi.

Depois de muitas experiências - com um top por baixo, uma camisa por cima, um cinto largo, um cinto fino - continuei a achá-lo imprestável. Mas, reafirmo, gosto da ideia em si.
Descobri que a salvação será cortá-lo e transformá-lo em saia. Vou arriscar. Sem medo. E se correr bem, mostro! Se correr mal, não terei perdido nada.

Segunda tarefa - esta , até para mim, fácil:


Subir a bainha destas calças.

Não são novas e usei-as com sandálias de salto alto.
Agora pretendo vesti-las com chinelos, coisa ligeira para a praia.
Aqui vou sair-me bem, de certeza.

Terceira tarefa:


A este vestido de linho pretendo encurtar as mangas

... retirando este punho que só atrapalha - não é carne nem peixe, ficando ali por altura do cotovelo a tolher-me os movimentos.

Um dos punhos já foi à vida.
Falta marcar a altura certa nas duas mangas e tratar da bainha.

São projetos. Projetos pobres, mas projetos. Porque não há situação pior do que perder a vontade. Ficar vazia de querer.
Acontece-me e não gosto.
Dou-me um tempo de tristeza e depois estrucho e reajo.

Beijo
Nina