sexta-feira, 25 de março de 2011

Quando eu morrer ...

Não quero choro nem vela,
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela...


Reza assim a composição "Fita Amarela" de Noel Rosa.

Ocorreu-me este refrão quando, hoje, ao abrir as notícias no meu PC me confrontei com um texto relativo ao desaparecimento de Elizabeth Taylor, que morreu de insuficiência cardíaca, 4ª feira, 23/03/2011, aos 79 anos.
Morreu, mas, embora a causa tenha sido uma síncope, não estando a senhora propriamente a padecer de uma qualquer doença prolongada que ameaçasse um desfecho incontornável, tomara, antecipadamente,  providências a ser aplicadas, quando a fatalidade ocorresse.

QUERIA CHEGAR ATRASADA AO PRÓPRIO FUNERAL!

Assim, a tempo e horas, determinou que, como qualquer diva que se preza, teria uma " grande entrance".
 Para que tal ocorresse, e cumprindo as orientações previamente determinadas, o corpo fez-se esperar e o funeral  iniciou-se com um quarto de hora de atraso, no Forest Lawn Memorial Park, em Glendale, Califórnia.

Durante a cerimónia, Colin Farrell (ator participante em Miami Vice), procedeu à leitura de um poema, enquanto que Rhys Taylor, neto da falecida, tocou Amazing Grace, um conhecido hino cristão, impresso pela primeira vez em 1779, constituindo um louvor à graça de Deus.

A notícia não esclarecia se os detalhes musicais haviam também sido pré-determinados pela célebre Cleópatra, tal como, Noel Rosa, fizera em Fita Amarela.
Daí eu hesitar entre considerar esta atitude o cúmulo da programação ou o delírio do star sistem em todo o seu esplendor.