segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Fim de semana - Rias Altas


Depois de uma sexta-feira tristonha e chuvosa, o sábado nasceu cheio de sol, convidando a sair, a espairecer a vista e as ideias.
 Aceitei o convite.
 Rumei a norte, atravessei a fronteira e vi-me na Galiza.
Aí, tanto destino possível, tanta irresistível tentação! Difícil escolher ... 
Rias Altas, foi o rumo tomado!

Sempre por autoestrada até que, bem perto de Santiago de Compostela se inflete para oeste, rumo a Muros e à sua ria.É um local de uma beleza incrível, com tanto a oferecer, tanto para descobrir que se pode e deve voltar muitas vezes.


Weekend - Rias Altas After a gloomy and rainy Friday , Saturday was born full of sun, inviting to leave, to unwind t views and ideas .  I accepted the invitation .  I headed north , crossed the border to Spain and found myself in Galicia. Then I choose to go to Rias Altas.... or should I say Paradise?

Em Muros, no centro da povoação - pouco maior que uma aldeia de pescadores -  uma estreita, mas muito extensa faixa de areia propõe uma praia estupenda, com água transparente, temperatura amena e quase nenhum vento, dado que as praias são baías protegidas por montanhas.
Melhor, muito melhor que as Caraíbas, porque é pertinho, porque não há turismo de massas com os atrozes pacotes do TUDO INCLUÌDO, porque nos sentimos em casa.

Durante a tarde de sábado, as horas foram preenchidas por longo  passeio a pé, ao longo da costa, com paragem para uma bebida fresca.

Depois, de carro, prosseguimos para Ezaro - outra povoação pesqueira, onde desagua o rio com o mesmo nome - sempre seguindo a linha costeira - não tem como errar!

Lá chegados, é aceitar o convite para subir ao alto da montanha, ao MIRADOURO e desfrutar de uma magnífica e quase aérea vista:


Mar aberto, rio Esaro e ria.

De volta a Muros, havia que jantar, que a fome apertava.
Aí, em  Muros,  cheira a peixe fresquíssimo, cheira a marisco vivo e esse foi o jantar - uma descomunal parrilada de marisco, para duas pessoas, mas que chegava à vontade para quatro - foi com imensa pena que vimos a travessa seguir, meio cheia,  para a cozinha!




Absolutamente recomendável
Há vários restaurantes, porém o meu preferido é este, o DON BODEGON, em frente ao porto!


Para dormir a oferta é escassa.
Marquei através do Booking o que me pareceu ser mais aceitável, não passando, no entanto, de um hotel de 2 * - que acabou por provar que quem vê estrelas não vê a real qualidade da acomodação - no caso muito, muito simpático -

HOTEL RURAL PUNTA DE UIA

que, entre outras coisas, oferecia esta vista!





Exteriormente, este é o aspeto:



Uma casa em granito com dois pisos.
Quase todos os quartos com vista para a ria.
Os quartos, em si, são amplos, com casa de banho privativa, TV e WIFI.
Como senão, a má insonorização entre os quartos.

O pequeno almoço, embora simples, tem imensa qualidade, com várias qualidades de pão e - importantíssimo! - sumo de laranja natural.

O edifício é rodeado por jardins muito cuidados e um pequeno pomar de macieiras.


Tem até um espigueiro, imagem de marca desta região.


Quem preferir a tranquilidade absoluta, aqui pode passar as suas horas de lazer.

Domingo pela manhã, feito o check out, seguimos para Muros, para o café matinal e uma volta a pé descobrindo a povoação.

Com ruas estreitinhas ...

Estátuas que homenageiam os habitantes ...

E o  porto...


Continuando pela costa chega-se a Louro, um pueblo vizinho e - aí sim! - as praias são irresistíveis!


Quase desertas, de areias brancas, mar turquesa e temperatura amena ...


São praias protegidas o que significa que não existe poluição ...

Sucedendo-se assim ao longo da costa ...

Sempre rodeadas por montanhas ...

Sempre imaculadas!
Desta vez, foi apenas um fim de semana, mas quero voltar. Voltar e ficar, Quero tempo para viver neste paraíso.

A seguir ao almoço, continuando junto à costa, atinge-se o Cabo de Finisterra, na Costa da Morte, que se estende até à Corunha!
Aí, mar aberto, muitos naufrágios ocorreram ao longo dos tempos.


Sempre o mesmo deslumbramento!

Aí se inicia uma das muitas rotas da Estrada de Santiago - é o quilómetro 0!
Aí, os caminhantes deixam testemunhos da sua passagem e da sua devoção!


Sobre uma rocha, a sua passagem foi eternizada - é uma bota de caminhante em bronze!

E foi tempo de terminar, de regressar a casa, de sentir que o tempo quase se eternizou nestes dois dias passados fora - porque essa é uma das vantagens das viagens - alterar o ritmo, abrandar a velocidade do relógio.
Sinto-o sempre que saio ainda que por pouco tempo - a sensação é que, de uma forma mágica que contraria as leis da física, se consegue rentabilizar e fazer crescer o tempo - esse tirano!

Beijo
Nina