quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Como eu estava dizendo ...


... é muito bom, muito prático, muito inteligente, muito económico investir umas horas na cozinha, mesmo para quem tem alergia a esses domínios. 
Mesmo para esses, é bom! 
Engolem de uma vez o sapo, o que custa muito menos que fraccionar o tormento por cada dia da semana.
Para quem gosta de cozinhar, continua a ser uma boa aposta, porque, inovar, inventar e criar na cozinha, é muito lindo, mas perder horas diárias cozinhando a mesma sopa, descascando os mesmos vegetais, picando as mesmas  cebolas e alhos, não tem a menor graça.
Daí que, investir umas horas no básico é imensamente libertador.
Depois, é só sermos maravilhosas, disponíveis, criativas e sem sombra de cheiro a refogado. 
Não se pode exigir mais da vida!


Mostrei, há dias, na minha requintadíssima panela/caçarola  Le Creuset (comprada num momento de absoluta insanidade mental!), a preparação de uma carne picada com diversos legumes.
 Em quantidade industrial!
Bem temperada e lentamente cozinhada!
Perfeita!
Pronta, voou para o frio, numa caixa hermética.
Já foi jantar: Pasta à bolonhesa.
Foi só cozer a massa, al dente, evidentemente, colocar no prato e guarnecer com uma generosa quantidade de molho de carne (o picado...).
Depois, uma mão cheia de queijo ralado e eis-nos em Itália.

O picado subsiste no frio.
Para variar e exibir uns ares de grande chefe, foi chamado ao palco, hoje.
Para rechear frango. Uns franguinhos "de leite", servidos um por comensal.
Os galináceos, bem temperados, aguardaram 12 horas no frigorífico.
Esta manhã, foram instalados numa cama de cebola e alho e recheados com o picado.
Voaram, então para o forno. Durante 1h 30m, a 180 graus.

De costas ...

... de peito, lá ficaram a amolecer e bronzear.
Quando chegam à mesa, provocam abundante salivação.
Porém, os suspiros só se soltam quando, esventrados, exibem um suculento recheio de carne picada, estufada com legumes e refrescada com vinho.
Tempo na cozinha?
Menos de 15 minutos, que os cocorocós não precisam de companhia enquanto assam.

E, na caixa hermética, mantem-se o tesouro.
Amanhã será empadão e depois, talvez lasanha.
Esta é uma história que acaba bem, daquelas em que "foram felizes para sempre", sem repetir pratos, sem desesperar na cozinha, sem cultivar pela culinária ódios de estimação.

Com o arroz, o processo e o sucesso são idênticos. É cozinhar em quantidade, guardar no frio e aquecer no microondas o apenas necessário.
E com a sopa...
E com as massas ...
E com o bacalhau que se coze e desfia sendo paulatinamente utilizado...
E com os bolos, que congelam lindamente...
E ...

Beijo
Nina