quarta-feira, 28 de março de 2018

Rosa



Na minha opinião, não existe cor mais primaveril do que o cor de rosa, ou existe?

Já foi a minha cor preferida.
 Nada de espantar, porque, desde a origem dos tempos, todas as meninas fazem do cor de rosa a sua cor.
Atualmente continuo a gostar, mas com moderação e nunca em look total que - imagino - me transformaria num gigante bombom.

Possuo, nessa cor, algumas peças intemporais ...




É o caso deste casaco em caxemira (cachemira? Tenho encontrado ambas as versões) comprado há muitos anos no Corte Inglês.
Trato-o com cuidado e só o lavo manualmente com detergente adequado, deixando que seque na horizontal, sobre uma toalha de felpa.
Todos esses mimos não impedem que crie imenso borboto que, frequentemente barbeio.
Coloca-se então a questão:
- As malhas de grande qualidade criam tanto borboto como as outras, as baratuchas?
Receio que sim.
 Ontem, quase, quase Primavera, chamei o cor de rosa.


Combinei com camisa branca, lenço de seda, pérolas e sapatos rosa

As calças aos quadrados foram um achado.
Encontrei-as na  Berschka onde raramente entro, convencida de que apenas vende roupa para adolescentes.


Afinal ...

Foi uma enorme surpresa, porque, não só encontrei o modelo que procurava, como, no quesito de tamanhos tem todos - se pensarmos na obesidade recorrente entre adolescentes, a questão justifica-se.

Portanto, ontem tivemos Primavera. Primavera rosa.

Hoje, já apanhei uma molha monumental.
E já não visto rosa.

Beijo
Nina

segunda-feira, 26 de março de 2018

Chega o sol, as andorinhas ...


Ainda não se pode dizer que chegou a Primavera, apesar do calendário o atestar firmemente.
 Isto porque ainda temos o seu friozinho invernal, uma ou outra chuvada e um ventinho gelado que insiste em nos arrepiar.
 Mas, devagarinho, lá vamos deixando para trás os rigores doInverno.

Chega o sol, as andorinhas ( por acaso ainda não vi nenhuma, mas acredito que por aí esvoacem ), as florzinhas e ... as encomendas online , da Zara, com roupa leve, roupa primaveril, pois claro!



Têm esta forma - uma caixa de cartão reciclado, envolta em plástico e são uma alegria.
Esta fui levantá-la à loja, mas poderia perfeitamente recebê-la em casa


Depois, abre-se ...


... e o aspecto é este.
Tudo muito cuidado, muito bem acondicionado - gosto!


Dentro, a encomenda:



Em xadrês, em tonalidades bege e castanho ...

Chamam-lhe "sobretudo fluido", mas, na minha opinião, é mais um casaco comprido de Verão.


Uso muito este tipo de peça, porque me faz sentir confortável. Com calças , saia ou vestido, mas preferencialmente, com calças.
As cores são das minhas favoritas.
Adoro beges combinados com branco e castanho.


Encomendei ainda este vestido em linho marfim, com risca castanha

Acho lindo, mas, se em relação ao primeiro casaco não tenho dúvidas, este vestido só será aprovado depois de experimentado.
Receio que possa desaparecer dentro dele, dado que não meço o 1.80 metro das manequins.

A combinação com os botões dourados é muito feliz.
Vamos ver ...
Oxalá ...


Na caixa (mágica) vieram ainda uns jeans com corte largo (laaaaargo).
Não vale sequer a pena experimentar - vão ser devolvidos a grande velocidade..


Sei que ficaria uma anã (gorda) se me atrevesse


- É ou não a Primavera que subtilmente se aproxima?
- É!
- Preparem-se.

Beijo
Nina

sexta-feira, 23 de março de 2018

Continuando e concluindo o circuito ...

 Preciso de grande poder de síntese para não eternizar este relato. A ver se sou capaz!

Chegados a Catânia, onde pernoitámos duas noites no tal Hotel Nettuno (para lá de manhoso, diga-se), visitámos a cidade, toda ela em dois tons - branco e preto.


O preto visível na arquitetura deve-se à natureza vulcânica da pedra, fornecida pelas erupções do Etna que, inclusivamente, destruiu completamente a cidade, num dos seus ataques de fúria (meeeedo!!!!).
O branco da pedra é fruto de manipulação humana, que pretendia "alegrar" a cidade.
O certo é que temos uma cidade de amplas avenidas, todas paralelas e perpendicuilares, traçadas a régua e esquadro, após um terramoto que a destruiu.

Gostei particularmente da cidade, não tanto pelos monumentos, mas pelo clima vibrante que nela se vive - há gente, movimento, muitos cafés e esplanadas, convidando a não fazer nada! Gostei.

Gostei ainda e muito do mercado, da sua cor e variedade de produtos - que esta é uma terra muito fértil .

Espaço!
Amplitude!
Esta a praça central

E agora o mercado.


Abundância e variedade a preços muito baixos.




Nunca tinha visto couve-flor roxa - ei-la!

Peixe e marisco!
Tanto!
Tão barato!
Tão fresco - algum ainda mexia.





 


Aceitei depois o convite preguiçoso das esplanadas e como os locais parei para não fazer nada, que, como toda a gente sabe, é o melhor da vida.

Informara-me da história de Santa Águeda, a padroeira da cidade e mártir cristã, a quem, como suplício haviam cortado os seios.
A santa é venerada com a máxima devoção, o que não impediu que a sua fama fosse transposta para a doçaria.

Estes bolinhos de inequívoca forma prestam homenagem a Santa Águeda e dela recebem o nome.

Quem quiser provar um bocadinho de céu, é só pedir.
São maravilhosos, na sua mistura de suspiro, biscoito e pistáchio.
Só os encontrei aqui, embora os tenha procurado (em quase desespero) durante o resto do circuito

Para trás ficou Catânia e seguimos para Siracusa, cidade riquíssima em vestígios gregos e romanos.
Para não me repetir, mostro apenas a Orelha de Dionísio:
 


Que era, o quê?

Uma imensa gruta artificial com a característica acústica de permitir ouvir no exterior o sussurrado lá dentro!
Tal funcionalidade servia os propósitos do tirano Dionísio que aí encerrava os prisioneiros, mantendo-se a par das conjuras, dizem! Era terrível, o sujeito! Com fama daí ter encerrado milhares de gregos que deixou morrer à fome.


O circuito avançou rumando a Noto, Ragusa e Agrigento, sucedendo-se os impressionantes monumentos: 








Até que regressámos a Palermo.
Aí, com uma manhã livre, circulámos pelas principais artérias e registei o testemunho do extraordinário bom gosto dos italianos - ninguém se lhes compara em termos de estilo e moda.



O nude em toda sua sua força 




E pronto!
Circuito concluído.

Gostei muito, muito!
Recomendo com o maior entusiasmo.

Beijo
Nina

quinta-feira, 22 de março de 2018

Sicília, a história


Percorrer a Sicília é percorrer a história do homem, neste local, desde há muitos séculos.

AQUI, assiste-se ao desenrolar desse novelo.
De salientar que:

"A Sicília é a maior das ilhas do mar Mediterrâneo, separada da Calábria, na península Itálica, pelo estreito de Messina, que possui apenas três quilômetros de largura. Devido à sua posição geográfica, a Sicília sempre teve um papel de importância nos eventos históricos que tiveram como protagonistas os povos do Mediterrâneo.
A vizinhança de múltiplas civilizações enriqueceu a Sicília de assentamentos urbanos, de monumentos e de vestígios do passado que fazem da região um dos lugares privilegiados onde a história pode ser revista através das imagens dos sinais que o tempo não apagou. Trata-se de uma região riquíssima em monumentos antigos e sítios de interesse arqueológico (AgrigentoSelinunteSiracusaSegesta e Taormina)."

Por isso, todas as localidades são interessantes e desfiam a nossa imaginação - pressentimos romanos, gregos, bizantinos, normandos e muitos outros povos, ocupando as suas ruas e praças.


Assim, continuando o circuito, visitámos Cefalu, um pitoresco local piscatório, repleto de memórias.











Daqui retive as ruelas estreitas e íngremes, vestígios de antigas muralhas e o delicioso lavadouro onde, seguramente se teceram intrigas, se difundiram maledicências!

A grande surpresa do dia foi  a ...





Extraordinária na sua grandeza, uma vila romana que conserva quase intactos os pavimentos em mosaico:





Como tantas outras localidades , esta região foi devastada pelo TERRAMOTO DE 1693, que             " ... causou a destruição total de mais de 45 centros populacionais, "

Por isso, os achados e descobertas acontecem constantemente. Foi o caso da Villa Romana.


O VULCÃO ETNA  foi e continua sendo o responsável pelos diversos cataclismos.


Aqui o temos, em todo o seu esplendor

Confesso que me senti inquieta - tenho muito medo de terramotos - mas valeu a pena a visita.
Estava um frio de rachar, mas, desta vez, felizmente, estava equipada, prevenida contra a intempérie.



O local é visitado por enormes grupos de estudantes.
É um espetáculo único vê-los no limiar das crateras agora adormecidas
... descendo até ao seu interior ...





... aí deixando a sua marca

Realmente nunca na vida vira algo semelhante!

Almoçámos muito bem, numa espécie de Turismo Rural - aliás foi o local onde melhor comi, em todo o percurso.
Por isso deixo uma imagem - quem sabe não poderá ser útil?




Par terminar o relato, mostro Taormina, a bela, belíssima Taormina ...
Toda ela maravilhosa, cheias de cantos e recantos, de convites para nela demorarmos.










Aqui, parte do grupo.
O rapaz de barba, de braços cruzados, vestido de escuro, é Mateo, o guia, um siciliano competente e encantador.

O dia terminava quando chegámos a Catânia, para pernoitar neste hotel, que, como os restantes era fraquinho, muito fraquinho - este o principal ponto fraco da viagem.


Nettuno, de seu nome, mas sem fazer jus ao rei dos mares.


Tratei de dar conta desta avaliação à empresa que organizou o circuito.
Pode ser que tenham em conta a crítica.

Ainda aí estão?

Então, amanhã termino! Prometo! Tentarei ser breve e sucinta.

Beijo
Nina