sábado, 8 de setembro de 2012

Quando chega a noite ...


...depois de um dia ao sol, passeando junto ao mar, mergulhando e nadando, sinto-me tão cansada, tão exausta que só a noite de sono retemperará a energia.
É que isto de férias, cansa, cansa imenso.
Aprendi, e essa é a parte boa dos anos que passam, a libertar-me e a desvalorizar detalhes antes vitais.
Começando pelo cabelo, pelo meu problemático e caprichoso cabelo.
Desliguei, ignoro, esqueço, como se fosse careca.
Mergulho no mar sem restrição , o sal faz das suas, deixo que seque preso num coque e depois, no banho em casa, lá lhe acudo como posso, com amaciadores e hidratantes, adiando para as mágicas mãos da Andreia os cuidados profissionais.
Aprendi a não deixar que me escravize e esqueço o look.

Quando faço a mala, faço mal, sempre, faço sempre mal.
Um desastre que me garantirá andar limpinha, mas espantosamente mal vestida, mas  hiper despreocupada e bem disposta.
 Não quero saber.
Acho que o meu crescimento interior atingiu um patamar muito elevado, desligando-me do exterior, essencialmente do julgamento exterior.
Por outro lado, e o que é mais importante, também não me julgo nem avalio.
Daí que as malas trazem cada vez menos roupas e, mesmo assim, regressam com peças que não foram utilizadas.

Chama-se a isso, crescer, ou, desligar, ou estar-se nas tintas.
É uma sensação magnífica que se aprende a duras penas, mas, se persistirmos, chegamos lá.
Claro que há rituais incontornáveis, como é a proteção atenta da pele.
No rosto, sempre ecrã total, que não existindo, corresponde a um fator de proteção de, no mínimo, 50, enquanto que no corpo, o fator 30 é indispensável.

Depois, é desfrutar, caminhar muito, mergulhar continuamente, nadar até que os músculos gemam e chegar à noite num estado de exaustão quase miraculoso que permite mergulhar num sono santo e rejuvenescedor.

Chamo a isto férias!
Cada um sabe das suas, mas quanto a mim, repito, chamo a isto férias.

Beijo
Nina


P.S. Muito obrigada pelos comentários a que não tenho respondido. Não deixarei de o fazer logo que a logística o permita.