sexta-feira, 20 de abril de 2012

Bolsa Angelina Jolie (ainda ...)

Programara-me, há quase uma semana, para, nesta manhã de sexta-feira, comprar as alças para a bolsa.
O pior estava feito:


Concluído o crochê, havia que a forrar.

Seguindo, religiosamente, as instruções, cortei, cosi e apliquei o forro.

O PAP era claríssimo e, foi com prazer, que o dei por terminado.

Caprichando nos detalhes, a própria linha com que apliquei o forro, casava com a cor dominante.

Para forrar a bolsa, usei este tecido às florzinhas, acetinado, que repousava no meu armário, esperando ser útil.

E, então, como estava dizendo, esta manhã seria destinada a providenciar as alças.
Numa velha, estreita, medieval rua do Porto antigo, fica a CASA CROCODILO.

A razão do nome torna-se evidente assim que transpomos a porta.
Este feroz exemplar, suspenso junto ao teto, observar indiferente a clientela.


Na Casa Crocodilo resolvem-se todos os problemas.
Se uma carteira se descose, eles cosem.
Se uma alça se estraga, eles substituem.
Se o cinto perde a fivela, eles resolvem.

Fui, por isso, de peito feito, com a minha bolsa concluída, requerendo umas alças.
Porém, oh! surpresa  cruel!
- Que não, que não faziam, que o crochê não permitia ser cosido à máquina, que utilizar "cravos" nem pensar ...
Que não!

Impreparada, psicologicamente, para a recusa, tanto insisti, que tornei o meu problema, problema da Casa Crocodilo que, em todos os anos da sua história, jamais se confessou incapaz de satisfazer um pedido.
Veio o staff, veio o expert, veio a costureira, veio o patrão e o não manteve-se.
Só se ...
-Só se, o quê?
-Só se levar um cordão dos que se utilizam no interior das alças e o revestir  em crochê!
Trouxe!
Um metro de cordão, um €!
Vou revesti-lo com ponto baixo, aplicando, depois as alças.

Palpita-me que resulta e  a bolsa vai exibir-se com o vestido.
Beijo
Nina