segunda-feira, 18 de março de 2019

Partindo de Ho Chi Minh




Só hoje senti ânimo e capacidade para voltar ao registo do percurso da viagem, porque, contra todas as minhas próprias expectativas, fiquei num estado de exaustão verdadeiramente incapacitante, adormecendo durante o dia - assim que me sentava - e acordando pelas 3 ou 4 da madrugada completamente desperta.
 Foi uma adaptação difícil e, principalmente, muito mais demorada do que imaginava.

O facto é que começo a sentir-me normal e com vontade de registar uma experiência incrível que, seguramente não repetirei - não porque não tivesse gostado (adorei) -, mas porque há muito mundo ainda para ver.

Curiosamente, na chegada ao Vietname não senti diferença horária e acompanhei todos os percursos atenta e desperta.

Aí e então, a grande surpresa foi o trânsito, o caos absoluto, o oceano de motas, a total desobediência face a semáforos ou passadeiras. Incrível.

Grande parte da população desloca-se de mota. São aos milhares ziguezagueando pelas ruas. Sem colidirem. Sem atropelarem ninguém.
Numa das noites, distrai-me e fiquei isolada do grupo, do outro lado da rua. Era preciso atravessar. Pus um pé fora do passeio. Dei dois ou três passos e gelei. Petrifiquei no meio das motas. Todas apitando. Todas avançando.
Um polícia que me observava, gritou:
-Keep walking!
Don't look!
Não consegui. 
Então, o polícia, num gesto raro, mandou parar o trânsito para que eu atravessasse.
- Obrigada! Muito obrigada, senhor polícia vietnamita!
Não fosse ele, desconfio que ainda hoje lá estaria no meio do enxame das motas - passo o exagero!

Nas motas seguem pessoas, famílias inteiras, animais, fardos, montanhas, resmas de tralha!













A par com o caos, em cada canto e recanto, a natureza exuberante:




Nesse mesmo dia, seguiu-se a visita ao Palácio da Reunificação, antigo Palácio Imperial e sede do governo de Saigão durante a guerra e  ainda ao Museu de Memórias da Guerra.




Esta a imagem tristemente famosa da menina nua , fugindo aos bombardeamentos americanos... muito impressionante!

Multidões de turistas, na sua maioria orientais, na sua maioria chineses




Nesse mesmo dia, embarcámos para Hué, num curto voo doméstico.


De Hué, darei informações no próximo post.

Beijo
Nina