segunda-feira, 19 de março de 2012

Natal, cidade do sol!


Há 5 meses que não chovia e, então, a seca resolveu parar hoje, quando aqui cheguei.
Contrariando todas as previsões, negando todas as probabilidades, ela ali estava, a chuva,  cega, certeira, inclemente, chata.

Avista é linda, mas não deixa de ser uma praia deserta, um mar revolto e um céu  de cinzas.

A voz deste oceano irado não engana. Está revolto e perigoso, embora com uma doce água tépida.

Um pescador solitário, uma ou outra ave e o troar constante do mar.

Ao fundo, Natal. Moderna, airosa, toda virada para o futuro, mas, ainda assim, escorrendo água.

Os 4 magníficos, destemidos, enfrentam a chuva e a fúria do mar.

Já que não pude vencê-la, juntei-me a ela.
Comprei um guarda-chuva e fui passear.

A ironia deste anúncio proclamando BRASIL TROPICAL foi vista assim como piadinha de mau gosto.
E a chuva que não parava ...


Lá ao fundo, o Morro do Careca adivinha-se através da cortina de chuva.
É a zona mais tranquila e segura em termos de mar.
Porém, não hoje!

O artesanato do costume, nada de muito interessante.
E, até para comprar, é preciso clima.
Hoje o negócio está fraco!

Consultei mapas, meteorologia, previsões, falei com os locais, pedi palpites e ... nada.
"Não é costume ...só em Maio é que chove ... se ventar para a chuva ... blá-blá-blá-blá!"

Ponderei antecipar o regresso, não desfazer as malas, bater o pé, pedir indemnizações, fomentar revoltas, iniciar uma greve ... que sei eu?

Afinal, conformei-me e alimentei a esperança.
Amanhã o sol brilhará.
(Desenvolvimento no próximo episódio)

Beijos,
Nina