domingo, 4 de novembro de 2012

Não é que precisasse ...



... que não precisava. Forrar prateleiras não se impunha. A madeira tratada, à vista, não destoava.
Não foi, pois, por necessidade que as revesti com o papel "chinês". Foi por vontade de mudar o aspeto, de enfeitar, de de decorar o interior do armário.
Ficou assim:

Melhor do que na singeleza simplificada inicial.

Abrem-se as portas e "Tcha-tcha-tcham!":

Tudo alinhadinho, como soldados na parada, prontos para ser enfiados nos pés.
Sobre uma base empapelada que sugere os veios da mármore, organizados por cores, ei-los, os sapatos!

Vi, há tempos,  um dia um filme, protagonizado pela Julia Roberts, que muito me impressionou. Chamava-se "Dormindo com o inimigo". Nele, um marido psicopata, sádico, ciumento delirante, maltratava a pobre da mulher em acessos de fúria assassina.
Quando esta se dissipava, era quase encantador.
Paralelamente, manifestava uma focalização patológica pela ordem. As toalhas tinham que estar milimetricamente colocadas nos varões, as embalagens arrumadas por ordem crescente de tamanho e, quanto aos sapatos, melhor nem falar.
Desta associação de ideias, não saio ilesa. Portanto, paro imediatamente com a conversa, não vá agora cair na tentação das comparações ... mas que as há, há!!!



Com um trabalhinho de nada e um investimento mínimo, o meu armário, aprimorou-se, vaidoso.

Não é que precisasse, que não precisava, mas não se age apenas em função da necessidade.
A beleza é importante, como já dizia o poeta -- que me perdoem as feias, mas beleza é essencial!
Mudar, também!
Se mudar corresponder a incrementar, ainda melhor!

Beijo
Nina