quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A manta de retalhos



Estas coisas da costura levam o seu tempo, porque, já se sabe que as pressas dão mau resultado.

Ainda mais tempo demoram se, pelo meio, no entretanto, se vão metendo outros projetos.
Foi o que ocorreu com a manta que mostrei AQUI!

Depois de cortados os quadrados e as tiras de ligação, liguei entre si os quadrados - 10, no caso - passando a ferro escrupulosamente cada costura que, como referi, devem ser "tombadas" para o mesmo lado.

Cosidos os quadrados, obtidas as tiras respetivas, passei à fase de as unir com tiras menores - utilizando um tecido estampado em xadrês castanho e branco.
De novo, ferro nelas e de novo, tombando as costuras sempre para o mesmo lado.

Hoje, finalmente, conclui essa fase e resolvi colocar a manta na cama, curiosa com o efeito.
Gostei.
Gostei muito.


Cobre a cama quase na totalidade, mas só "quase"!

Nem eu queria que fosse doutro modo, porque não me agradam as camas demasiado clássicas. Gosto de sobreposições que transmitem uma ideia de grande conforto.
Aqui, por exemplo, a manta aos pés da cama não está ali por acaso. Está porque compõe e reforça a ideia de comodidade.

Os tecidos são do que mais ingénuo, mais despretencioso se pode encontrar - umas florzinhas e uns desenhos quase infantis.
Os tons pálidos correspondem igualmente ao projeto idealizado, integrando-se lindamente na atmosfera do quarto.


Esta primeira fase, embora trabalhosa, não apresenta dificuldade, exigindo apenas rigor no corte dos blocos e na sua junção .

A fase seguinte, essa intimida-me!

Trata-se da sanduiche!
Serão três camadas sobrepostas:
-Esta, já concluída;
- A manta térmica;
- O forro;

Não será coisa pouca!

Necessário será sobrepor os tecidos e prendê-los com alfinetes-bebé ou alfinetes-ama!
Há que utilizar muitos, muitos ... quantos mais, melhor, parra evitar que os tecidos "fujam"!


Aqui, a colcha de algodão que cobre a cama e que será a base sobre a qual se colocam as mantas.

Alfinetados os tecidos, há que cosê-los começando pelo centro em direção à periferia.
Tenciono costurá-los ao longo das tiras de xadrês castanho e branco.

Por fim, para acabamento, chega-se à fase de remate, quando se prega, a toda a volta uma espécie de "vivo" - não é viés porque é cortado a direito e não na diagonal.

Uma trabalheira!

Por hoje, chega!
A manta está dobrada, muito tranquila e sossegadinha no seu canto, esperando a próxima investida que, calculo, ocorra apenas em Janeiro.

Qualquer dúvida, já sabem, é só perguntar, que eu sei pouco, mas o que sei partilho alegremente.

Beijo
Nina