... neste, porque há muitos, há imensos, há tantos quantos o que para cada um de nós o é!
Mas neste, dizia, neste, comemos o que o mar dá, sem fantasias, sem temperos ...
Conquilhas!
Apanhadas à beira mar, muitas, muitas, tantas que os próprios banhistas se dedicam à sua apanha, bastando que, com água pelo tornozelo, removam a areia!
Isto é tudo quanto necessário para capturar os bivalves.
|  | 
| Onde? No Algarve, ou no paraíso, como preferirem.
 Lá passei os últimos 4 dias, de sol, muito sol e muito inusitado calor.
 Lá encontrei os conquilheiros, estes homens, espécie de pescadores em terra, que da apanha das conquilhas fazem profissão.
 Com fatos de borracha e um aparelho esquisito com que revolvem o fundo do mar.
 Depois, realizam a escolha - para um lado as conquilhas, para o outro as conchas vazias.
 | 
|  | 
| Terminada a faina, lá vão! Para os bares e restaurantes, onde vendem a colheita ao quilo.
 | 
|  | 
| Às vezes a apanha é interdita! Dizem os especialistas que por toxicidade dos bivalves.
 Outras vezes, porque, no defeso, têm que ser protegidas!
 Diz a sabedoria popular que não podem ser comidas nos meses com "r"
 | 
Mas , no Verão, o Algarve não é Algarve, sem pratos de conquilhas, com um fio de azeite, areias de sal, brancos dentes de alho e uma chuva de coentros picados.
Salivo! Inevitavelmente, salivo, face à descrição, vítima da delícia da memória.
Encontro-os sempre, nos longos passeios pelo areal.
Se não os encontro, o sol esconde-se e a minha alma gulosa enche-se de ais!
Beijo
Nina