quinta-feira, 9 de abril de 2015

Primavera!


Por muito que nos queixemos e que refilemos, que isto não é tempo que se apresente e que chega de frio, de nuvens, de chuva e de frio ... por muito que protestemos, a primavera já está entre nós!

Hoje, dei com ela de frente, cara a cara, no jardim da casa dos meus pais, todo ele pincelado pelo colorido das novas fores.
De lá, vieram estas:

Orquídeas - divinas orquídeas - e lírios.
 No meu hall de entrada, que está longe de ser o meu ideal - é pequeno e sombrio - alegram os olhos de quem chega e o espaço parece, de repente, ter-se iluminado.

As minhas orquídeas - as de interior ... - depois de nove meses sem flor, cumprem o seu ciclo de vida e, uma a uma, têm vindo a desabrochar.
Lindas e únicas merecem lugar de destaque e, por isso, viajaram para as mesas de apoio da minha sala, local dos meus lazeres.


Esta, livre e selvagem, deu asas à imaginação e expandiu-se em todas as direções.
Branca, da cor que mais me agrada.
 Se não fossem tão absurdamente caras, encheria, permanentemente,  a casa com ramos de flores brancas!

Esta, roxa, foi a primeira a florescer.
Entretanto, todas as outras se preparam para, uma a uma, dar um ar da sua graça.
 São preciosidades, verdadeiras obras de arte de uma infinita delicadeza e, no entanto, são de uma quase total facilidade.
Água com parcimónia, ambiente bem iluminado, um pouquinho de borra de café e é tudo quanto precisam para que a metamorfose aconteça.
Sem flor, estas plantas são de uma insignificância absoluta, limitando-se a um par de folhas sem graça.
Porém , cumprida a hibernação, transfiguram-se nestes seres magníficos que, ainda por cima, se mantêm exuberantes durante meses.


Esta, do exterior, é ainda menos exigente, apreciando chuva, vento e calor!

 Quando, como agora, abundam,eu,  num acessodelirante de milionária, pego numa e com ela enfeito a bancada da minha casa de banho.


Refletida no espelho, copia o ambiente de uma suite num hotel de 6*


Mas nem só de orquídeas se veste a primavera. De modo algum!
É que, no terraço, a sua presença é vísível e palpável.
Por exemplo, um arbusto de alperces / damascos, floresceu e foi lindo!



Mas, sublime mesmo, foi encontrar os primeiros frutos!
Parecem azeitonas!
Pela primeira vez desde que comprei a árvore, há 3 ou 4 anos, ela frutificou!
São muitos, ainda verdes e pequeninos, mas não interessa. O importante é que o milagre aconteceu!

Ei-la, à esquerda, a árvore dos damascos/alperces.
 E os bolbos que de ano para ano permanecem na terra, uma vez mais, floriram / explodiram.


São lírios e são lindos!
 Nos limoeiros, muitas flores e já alguns frutos:


Prontos para todas as limonadas, para todas as tartes de limão.

Comprei vasinhos de tomate cherry e transplantei-os para duas floreiras:
-Resultado:


Tomatinhos vermelhos, maduros e suculentos ...

Serão imensos, a avaliar pela floração.
 E terei peras, quilos de peras:

Que as pereiras estão floridas ...
 São duas qualidades distintas que assim me aconselhou o jardineiro.


No ano passado, tive uma pera! Deliciosa! Este ano, espero colher muitas mais.
 E vão nascer cerejas:

Que as duas árvores estão brancas de tanta flor!
Já frutificaram, embora timidamente.
Este ano a colheita promete.
E figos!
Eu que adoro figos, vejo a promessa ao vivo e a cores.
 Noutro canto, mais atrasadas, as macieiras - duas - começam a florir.
Com elas sempre colho maçãs!

As primeiras florziinhas que daqui por meses serão frutos ...

E, para terminar, o meu pessegueiro ...

... que, no último ano produziu um pêssego!
 E pronto!
Aqui está a inegável força da natureza!
Pode parecer insignificante, mas, para mim, este testemunho do ininterrupto ciclo da vida é o mais apaziguador argumento da verdadeira importância das coisas!
Nada de material é muito importante!
Importante é a sequência da vida, em que tudo passa, mas em que tudo se renova e reinventa.

Beijo
Nina