quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Gaivotas

Num ritual
outonal,
ocupam a praia
as gaivotas.


Serenas,
seguras,
maduras. 


Alisam penas
pequenas,
dezenas. 


Bebem a luz,
soltam o grito,
impunes,
imunes.


No ouro da areia,
na prata da água,


repetem gestos,
ancestrais gestos,


serenos,
pequenos,
cumprindo o destino.


Beijos,
Nina

Ressaca ...

... é exatamente o que sinto , depois que a tempestade se abateu sobre nós, no último domingo.
A primeira reação foi de pânico puro.
Como sobreviver sem o blog, este espaço, este tempo, estas pessoas que entraram na minha vida?
Se, assim, de repente, sumissem, deixavam um buraco profundo na minha alma.
Depois, sobreveio a confusão e, feita barata tonta, procurava em desespero, juntar os cacos, achar uma saída.
A dada altura, com a alma carregada de dor, conformei-me com a perda.
Depois, aos poucos, depois de descer ao inferno, vi uma estrela.
Tantas mãos se estenderam, tantas!
Obrigada, amigos, pelas sugestões, pelos alvitres, pelas soluções.
Do confronto saí mais forte, que é como sempre se sai, não é?
Mas tão cansada, tão fisicamente debilitada!
Em puro estado de ressaca!

Uma menina, Ila, dona de um blog incrível, http://ilaine-minhacasa.blogspot.com/ , afirmou , na perfeição, genialmente, naturalmente, com toda a simplicidade, o que senti:

Sem o blog, inexisto!

Beijo
Nina