segunda-feira, 25 de maio de 2020

Almoço de domingo

Quase só falo de comida, concordo. Mas nestes estranhos tempos que agora vivemos  quase mais  nada acontece. Felizmente. .. não espero grandes acontecimentos ou ínfimas novidades. Assim está bem. Tudo calmo, tudo seguindo uma monótona rotina.
Comento por isso um prato que comemos no almoço de domingo, porque merece ser comentado.
É fácil de confecionar, é barato, pode ser preperado com antecedência (gratinando apenas antes de ser servido) e, acima de tudo, é mesmo muito bom.



Refiro-me ao BACALHAU ESPIRITUAL


Com a ajuda da Bimby, é uma brincadeira de crianças.
Mas nada impede que seja preparado da forma tradicional seguindo as indicações DESTA RECEITA.


Claro que o almoço incluiu outros pitéus - obrigada meus lindos - todos deliciosos na sua variedade de sabores. Mas, o único da minha autoria, que vivamente recomendo, foi mesmo o BACALHAU ESPIRITUAL, todo ele leveza, todo ele sabor, todo ele perfume. Por isso faz jus ao nome - é mesmo espiritual.

Boa semana, meninas e meninos.

Beijo
Nina

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Animada q.b.

Agora que  pretendem convencer-nos a sair de casa, timidamente, receosa ( quase aterrorizada) saio.
Saio, mas sempre com máscara e mantendo a máxima distância de quem quer que seja. Até no elevador, uso máscara, visto ser um espaço diminuto, pouco arejado e dado a bichos maus. 
Portanto- repito - sempre com máscara.



Apeteceu-me contrariar a máscara cirúrgica com uma roupinha alegre e vesti - pela primeira vez - este conjunto de saia e blusa.

Dadas as circunstâncias, limito-me ao meu hidratante e protetor facial. Quando muito, dou um toque de maquilhagem nos olhos, o que, afinal  e pensando melhor, se torna desnecessário, uma vez que circulo com óculos.
Bem, só não sou confundida com uma múmia porque recorro ao vestuário colorido.
A combinação óculos/ máscara não é pacífica, porque os vidros se embaciam frequentemente.


À falta de ajudante, eu mesma fiz as fotografias.
Não estão desfocadas, mas limitam a visão do conjunto.


A saia de pregas é bem comprida e por isso calço mules.
Por instantes senti que tudo estava normal. Mas não está. Longe disso.
Porém, face à possibilidade de sair de casa e arejar, fiz questão de me aperaltar com um conjunto comprado antes da pandemia chegar.
E soube-me mesmo bem.

Beijo
Nina

quarta-feira, 13 de maio de 2020

My Art - The art of Rixa


Hoje venho partilhar um blog.

ESTE .







O seu autor é o Rixa.
O Rixa é dono de olhos abençoados.
Os olhos do Rixa dão cor ao mundo.






O Rixa tem alma de menino, lavada e simples. E assim cria.







O Rixa pinta como um anjo - se os anjos pintassem.





O Rixa, criativo e criador, descobre ouro nas pedras, no lixo.
E recicla.
E aplica.
E replica.
E faz milagres.
E a obra nasce.
Assim, simples e única.
Obrigada, Rixa!

Beijo
Nina




segunda-feira, 11 de maio de 2020

Junto ao mar

 Ontem, aproveitando a manhã com sol, dei um passeio de 1 hora junto ao mar. Foi revigorante. Nem o vento me incomodou. Incomodaram-me mais as gentes. Em magotes, sem máscara faziam como o caracol, que "põe os corninhos ao sol".
Mas será assim tão transcendente, tão inacessível, colocar uma máscara?
Depois, havia aqueles (energúmenos) que corriam e arfavam sem cerimónia.
Sem cerimónia, cobria o rosto e afastava-me da sua rota idiota.
É que não tenho paciência para quem se faz de surdo. Então ainda não entenderam? Não entenderam que sem tratamento ou vacina, o barco pode de repente afundar?


Foi um desabafo, porque a caminhada soube-me pela vida.
Notei uma diferença enorme nas dunas que, neste momento, se encontram revestidas por densa vegetação

Cheirava tão bem! A mar, a sargaço e a uma mistura de perfumes magnífica.

Ouvi dizer que esta paragem global permitiu o que há muito não era possível - avistar os Himalaias  a partir da Índia. Pena que a outra face da moeda tenha o terrível preço que tanto nos apavora.

E é isto!
Mais um dia em casa, ocupadíssima, de tal modo que não consegui cumprir todas as tarefas agendadas. Desconfio que estou a ficar com a mania das limpezas. Cruzes! Era só o que me faltava. O certo é que decidira passar a ferro o monte de roupa acumulada. Mas não! Ainda não foi desta.
Entretanto, descobri um artefacto guardado nas profundezas  da despensa - uma máquina de passar a ferro que, em tempos (muito) idos foi o meu braço direito, quando as crianças produziam roupa suja a uma velocidade estonteante. Agora, sem crianças, continuo acumulando roupa.
Amanhã trato-lhe da saúde se a maquineta ainda funcionar.
Ainda vou ser uma dona de casa perfeita. Receio.

Beijo
Nina

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Absurdo

Orquídeas. São fascinantes. Tão fascinantes que, à primeira vista sugerem profundos conhecimentos para delas tratar com sucesso.
Não é assim.
São simples, simples e agradecem não ser incomodadas.

Sabia também que uma das regras que exigiam (coitadas!) era viverem apertadas, sem luxos nem espaços excessivos - preferindo vasinhos modestos de exíguas dimensões.
Porém, dada a quantidade de exemplares que fui acumulando, pareceu-me aconselhável alojar algumas espécies num vaso grande, só para ver o que acontecia.
Aconteceu isto:



Um absurdo de flores

Cada uma da sua espécie ...

Todas poderosas, luxuriantes!
Gostaram da casa nova o que me leva a concluir que o "vasinho pequenino, apertadinho" mais não é que um mito urbano - mais um!



A própria folhagem adquiriu dimensão nunca vista, são folhas enormes se comparadas com as habituais

De modo que não hesitarei - logo que termine a floração - em agrupá-las



Porque são inquestionavelmente mais espetaculares se ocupando habitação condigna. Esta - pobrezinha - tenta agorar dar um ar da sua graça

Tem sido um consolo para os meus olhos, nestes tempos de reclusão.
Acredito até que os meus seres verdes apreciam a companhia humana, a minha em particular, que sou quem com eles priva de mais perto.

Os ingleses vivendo no seu clima agreste e tendo predileção pela jardinagem, mantêm em casa, num espaço envidraçado a que chamam Conservatory ou Green House ( quase uma estufa), as plantas que não suportam a intempérie. É um espaço magnífico.
Tenho a sorte de dispor em minha casa de algo similar. É aí que crescem as minhas orquídeas, as plantas de interior, onde me refugio quando prefiro estar só e também onde costuro.
É o meu espaço preferido.
É neste espaço que ocorrem os absurdos florais.

Beijo
Nina


sábado, 2 de maio de 2020

Para adoçar os dias


Diria que a atividade mais importante nos dias que passam  é comer. Como comemos! Quanto comemos!
Suponho que passa pela lei das compensações - tiram-nos tudo, mas não nos tiram o prazer de comer.
Pessoalmente e para dizer a verdade, o princípio não se me aplica absolutamente. Tenho dias! Dias em que não como, em que debico, outros, não. É uma gula incontrolável. Aí, todo o cuidado é pouco. Depois, para agravar a situação, tenho saudades das minhas pessoas, das nossas situações e cumplicidades.
Foi assim que, de repente , me ocorreu o Pudim de Alperce que, lá muito atras, devorávamos em dias especiais.
No fundo, pouco difere do super banal Molottoff (será que escrevi corretamente?), mas difere. Leva alperces e faz uma enorme diferença.


A base, o corpo, o sustentáculo são claras

A cobertura, ovos moles

O resultado, indescritível - porque não sei descrever.
É mesmo imprescindível degustar


Então, é assim:

6 claras
12 c. sopa de açucar
100g de alperces
raspa da casca de 1 limão

Cobertura

6 gemas
200g de açúcar


Estes os ingredientes.

Faz-se assim:

Barra-se com abundante  manteiga uma forma de buraco que, a seguir, se polvilha com açucar.
Batem-se as claras em castelo firme e vai-se juntando o açúcar. Depois, a raspa da casca de limão.
Entretanto, fervem-se os alperces. Escorre-se bem a água e picam-se (no 1,2,3 , por exemplo)
Junta-se às claras.

Entretanto, liga-se o forno a 180 graus.
Coloca-se um tabuleiro com água onde caiba a forma.
A mistura irá assar durante cerca de 1 hora em banho maria.

Para a cobertura:
Cobre-se o açúcar com água (sem exagerar na quantidade) e ferve até ponto de pasta. Quando arrfecer, juntam-se a s gemas, mexendo continuam,ente, em lume brando, até engrossar, sem deixar ferver (se ferver, talha!)

Depois de desenformado o pudim, cobre-se com os ovos moles.

Será que fui clara?
Qualquer dúvida, é só dizer. Esclareço imediatamente.
Este pudim é um milagre, uma nuvem que se derrete na boca. A doçura é quebrada pela acidez do limão e dos alperces.
É bom mesmo.
Melhor, bem frio.
 Façam para sobremesa no Dia da Mãe.

Beijo
Nina

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Perdida no tempo


Sem saber a quantas ando, aparentemente sem necessidade de relógio nem de calendário, assim se sucedem os dias. Dias cheios, muito cheios, diga-se. Sem ajuda, faço questão de manter a casa organizada e limpa. Esclareço que organizada sempre esteve ou não fosse essa a minha natureza. Limpa também, quando dispunha de ajuda. Agora, quando a ninguém é permitido entrar neste espaço,  confrontei-me com as limpezas e - confesso - a princípio perdi-me, soterrada na avalanche de afazeres. Mas tudo se aprende, tudo se organiza e, neste momento, apreendi a estratégia relativa às limpezas que não precisam nem podem ser realizadas diariamente. Vai-se limpando, sem pressa, sem colocar a fasquia demasiado alta.

Ontem aspirei e conclui que o (raio) do aspirador é um monstro pesadíssimo.
Lembrei-me que, em tempos, comprara um outro, no Lidl, que não chegara a desempacotar. Tinha-me esquecido completamente da compra.
Hoje saiu à cena e, afianço que é uma pena, uma pluma, super eficiente.
Parece que o problemão da aspiração se encontra, pois, resolvido.


Ainda fiz um bolo, coisinha muito simples, de iogurte para comer ao lanche e ao pequeno almoço.

Abasteci-me de fruta o que confere à cozinha um ar de festa, um ar de vida.

Esta não chegou por encomenda online. Não! Eu própria a escolhi e comprei num supermercado pequenino, quase deserto.
Foi bom. Foi excelente confirmar que dispenso as encomendas online, se tal for necessário.

E assim, aos poucos, construo esta nova normalidade.
Espero que estejam bem.
Pacientes e cientes que este caos que sobre nós se abateu acabará por passar.

Bom fim de semana.
As previsões apontavam para sol e calor, mas aqui ainda não parou de chuviscar.

Beijo
Nina