Seguramente uma das mais fantásticas invenções culinárias - com um um nadinha, uma sobra,
uma qualquer insignificância se elabora um prato bonito, agradável e até sofisticado.
No caso, duas fatias de presunto, esperavam, muito tristes, no frio, que lhes fosse dado uso.
Foram elas, pois, o motor desta delícia.
Por isso, indispensável se torna que, no frio, haja sempre um pacote de massa quebrada
ou folhada pronta a ocorrer numa emergência.
( Nomeei a "folhada", apenas porque há quem goste, porque, quanto a mim,desde que participei num curso sobre nutricionismo, no qual, a formadora assegurava que " comer massa folhada era o mesmo que ingerir uma lata de graxa para os sapatos - sic - impressionável e influenciável que sou, nunca, never, jamais, toquei na dita).
Temos, portanto, que um rolinho de massa quebrada opera milagres...
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... como este.
Fiz assim:
- Forrei a tarteira com a massa e deixei que assim, prontinha, aguardasse;
- Cortei em rodelas finas dois alhos franceses, mas poderia tê-los sustituido
por modestas cebolas;
- Levei ao lume e deixei que fritassem ligeiramente,
em lume brando - sempre em lume brando
que as pressas só para apanhar o comboio!
- Juntei 2 cenouras raspadas e 2 tomates maduros
cortados em cubinhos, continuando a fritar;
- Chegou a vez do presunto, que demolhei para retirar o excesso de sal e
cortei em tiras, fritando um pouco mais;
- Acrescentei as folhas muito bem lavadas de um molho de espinafres;
- Refresquei com 1 copo de vinho branco, fervendo lentamente.
Retifiquei os temperos e verti na forma que aguardava.
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Passei ao "aparelho", como dizia a chefe Inês, uma cozinheira brasileira de mão cheia,
em cujo curso me inscrevi - sim, sou pessoa de cursos!
Pois o dito aparelho faz-se misturando um pacote de natas com 3 ovos inteiros,
batendo bem e temperando com sal e pimenta.
Antes de verter esta mistura, decorei a superfície com pedaços de tomate seco e muiiiitas uvas passas!
Polvilhei com queijo ralado!
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Vai ao forno a 180 graus - a minha temperatura preferida - durante cerca de 40 minutos,
resultando na beleza que a imagem documenta. |
A versatilidade deste prato é infinita, sempre um recurso magnífico para aproveitar sobras que ninguém no mundo adivinha que o sejam.
Para os vegetarianos, basta excluir o presunto e temos um prato barato, elegante e perfeito, um luxo, diria.
Beijo
Nina