quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sophia de Mello Breyner Andresen

É uma poetisa contemporânea que venero.
Já faleceu, mas, para mim, continua bem presente, e nunca da minha boca se ouvirá que "foi".


Entrada

Anjinho adornando uma das taças da entrada
 A casa dos seus avós, onde ela própria cresceu, é um palacete imponente, rodeado dum espaço amplo, preenchido por árvores seculares, sombras intimistas e relâmpagos de cor que os canteiros de flores expõem.
O Jardim Botânico está aí instalado.
Neste momento, uma exposição sobre Darwin atrai grupos de alunos em visitas de estudo.
Estive lá esta tarde e senti o espaço de Sophia invadadido...
Acabei por me desinteressar pela exposição e preferi perder-me no silêncio dos jardins.
Aí, sim, é possível sentir a presença de Sophia, nos caminhos sombrios, no perfume dos canteiros de alfazeme, no garrido das rosas, nas fontes e estátuas.


Instante


Deixai-me limpo
O ar dos quartos
E liso
O branco das paredes
Deixai-me com as coisas
Fundadas no silêncio
Sophia de Mello Breyner Andresen



Pormenor da escadaria e, ao fundo, o jardim

Estátua de bronze no meio de um lago

Painel de azulejos no átrio da entrada


Alfazema ou lavanda

As rosas de Sophia
Sophia não se desvanece.
Neste espaço, circula, paira, deusa,  imortal!