sábado, 13 de julho de 2019

Sopa de peixe

Quando os comensais torcem o nariz ao peixe, uso uns truques, chamados açorda, empadão, almôndegas e sopa de peixe. Costuma resultar evitando conflitos e dramas. O grande e único inconveniente é que os tais truques têm os seus quês, são trabalhosos, desarrumam a cozinha, sujam louça, exigem tempo. Por isso quando os preparo, exagero na dose de modo a que sobre para segunda utilização.
No caso da sopa, do empadão e da açorda, limito-me a guardar o excedente no frio, em caixa hermética . Já as almôndegas, congelo.
As receitas abundam na net. Pessoalmente não sigo nenhuma, preferindo o saber de experiência feito. Saio-me sempre bem e os gourmet que não suportam peixe, comem-no sem protestar. Às vezes, chegam mesmo a elogiar o pitéu que batizo conforme a inspiração de momento, excluindo evidentemente a qualquer alusão à fauna marítima. Minto muito.
Essa - a mentira - é uma saída que aconselho, defendo e,  como já disse, pratico nesta área com a maior desfaçatez.
Funciona gloriosamente.
Amanhã vamos comer almôndegas de queijo que, na verdade são de pescada temperadas com queijo ralado.
Sou de uma esperteza assustadora.

Bom fim de semana.

Beijo
Nina