quinta-feira, 31 de março de 2011

Passeios Fatais

É este o título de um artigo publicado no Jornal de Notícias, no último sábado, 26 de Março, dizendo respeito ao perigo que podem correr as nossas "NUXES".



Concretamente, ao passear os nossos melhores amigos em zonas onde cresçam pinheiros, estes correm risco de vida se entrarem em contacto com umas lagartas peludas, que descem do  caule das árvores, conhecidas por processionárias, por se deslocarem em fila,  dirigindo-se para o solo.
O seu contacto com os cães pode ser-lhes letal, se não forem socorridos imediatamente.
O veneno destas lagartas, uma verdadeira praga para os pinheiros,  ao tocarem as patas dos animais, provoca-lhes uma severa inflamação, ocorrendo a situação mais grave  se estes tentarem abocanhá-las.
Os primeiros sintomas de que algo não está bem, manifestam-se dentro de 30 minutos:
 "O cão começa a babar-se e a sentir grande desconforto no focinho..." 
O animal deve ser levado imediatamente ao veterinário que lhe administrará diuréticos e cortisona por via intravenosa.
Nos casos mais graves pode surgir edema da glote ou necrose da língua.

É um quadro horripilante!

O que há a fazer para evitar situação tão extrema?
Entre Janeiro e Maio evitar, a todo o custo, passear os nossos cãezinhos em zonas onde cresçam pinheiros.

Reconheço que o tema deste texto, não podia ser mais horrível, mas, mesmo assim , optei por publicá-lo, porque, como diz o outro, mais vale prevenir ...e o que está em jogo é demasiado precioso para ser posto em risco.

Beijos,
Nina

quarta-feira, 30 de março de 2011

Tentações!

Cada um sabe das suas...
Uma das muitas a que não resisto, vem, fatalmente, ao de cima, quando entro numa loja de lãs.
Ontem, entrei.
Vou reproduzir o casaquinho  apresentado pela Teresinha, dasmaosdateresinha.blogspot.com, e precisava de comprar dois novelinhos, em tons pastel, para uma menina que vai nascer em Julho, filha de uma amiga minha.

Assim que entro naquele espaço colorido, espécie de arco-íris envolvente, perco o tino, esqueço-me do que vou fazer, e quero tudo, porque gosto de tudo e, de repente, tudo me é indispensável.
Levo lista de compras disciplinadora, mas a vendedora, velha raposa minha conhecida, sabe das minhas fraquezas e, como quem não quer a coisa, aponta em direção de uma novidade e eu estrebucho e  fujo com os olhos.
 Então, golpe baixo, convida-me a sentir a leveza, a maciez do produto e eu, fraca, caio sempre na esparrela.
Rasgo a lista e bebo o último copo ( parafraseando os alcoólicos...), jurando ser a última ( ou penúltima...) vez.
Ontem foi assim:
Três novelinhos para a Sofia, não vá ter vontade de além do casaquinho, fazer também uns sapatinhos:


Depois, o pecado concretiza-se. Não sei se da gula, se da vaidade, se da luxúria, mas que é pecado, lá isso é:


Quem poderia resistir?
Eu não presto!

Beijos (envergonhados...)
Nina

terça-feira, 29 de março de 2011

São as águas de Março fechando o Verão...

É promessa de vida no teu coração.
Tom Jobim


Aqui estão elas, as águas de Março, mas, ao contrário, fechando o Inverno.
A Primavera já no calendário, pavoneia-se à chuva.
Há que estar preparado, há que preparar tudo, porque, apesar do Abril de "águas mil", num rompante, apresenta-se Maio.
Tratemos da agricultura:
As Estrelas de Natal (ou Flores da Páscoa) cumpriram o seu ciclo de vida e, depois de nos dias frios , chuvosos, escuros e curtinhos, terem ardido em vermelho vivo em cada canto, de cada casa sombria, começam a perder as folhas, ou pétalas, não sei bem.
 Chegado é o momento de as transplantar para o exterior, onde, com vigilância mínima de rega moderada e sombra, nos dias quentes, crescerão em arbusto e de novo, no próximo Inverno, remetidas para o interior sombrio, prometem explodir em tons de vermelho.
Ei-las, as moribundas:


E agora, já "promessa de vida no teu coração":



Entretanto, de uma amiga, recebi estas  desfalecidas estacas de begónia, que, quando adultas, se lá chegarem, atingem proporções exuberantes:


Basta introduzir os caules em água e esperar.
Em breve aparecerão uns cabelinhos, umas raízes incipientes que alertam para a urgência de as plantar em terra onde, se tudo correr bem, se desenvolverão normalmente.
Enquanto dura a espera, numa jarrinha de vidro transparente, vão enfeitar a bancada de uma casa-de-banho, porque na natureza, como na vida, "nada se perde, nada se cria, tudo se transforma."


Beijos,
Nina

segunda-feira, 28 de março de 2011

Bordados

Era uma vez uma menina que sabia bordar.
Aprendeu com as freiras do colégio que, em criança, frequentou e, mais tarde, já noiva, numa instituição que se destinava a preparar as meninas casadoiras, para as prendas domésticas -- A obra das mães -- onde também recebi noções elementares sobre a gestão de uma casa e aprendi os rudimentos da culinária.

Gostava de bordar, tal como gosto de todos os trabalhos de mãos. E bordava, bordava assim:




Bordava e fazia crochet:


Cedo, porém, conclui, que tal como " a função faz o orgão", a perfeição no bordado só se atinge com a repetição e treino diário, que, há anos não realizo.
Continuo, no entanto, a adorar uma cama imaculadamente branca, coberta por lençóis bordados e rendados.
Tenho imensos, de um vastíssimo enxoval que a minha mãe fez questão em providenciar e que ainda perdura.
Às vezes, apetece-me peças mais modernas e frequentemente, não resisto e compro-as.
 Mas têm que ser muito especiais, têm que me encher as medidas e, a seu tempo, tenciono mostrá-las.
Considerando-me uma pessoa do meu tempo, reconheço, contudo, em mim, traços nostálgicos do passado, quando havia tempo para os detalhes e  para os pormenores requintados.
Serão resquícios do charme discreto da burguesia?

Beijos,
Nina

domingo, 27 de março de 2011

Momentos.




Estão à espera, ao alcance da mão, de um telefonema, de uma súbita decisão, para se tornarem únicos inesquecíveis.
Alguns fáceis, acessíveis, grátis.
Outros, nem tanto, mas não proibitivos.
Jantar no Portucale é um deles.
Já sei o que me espera, mas a emoção nunca é menor, começa em casa com a escolha da indumentária:
Há que ir bem, muito bem, ainda que fossemos apenas dois a jantar, o que jamais aconteceu.
Arranjo-me com tempo, tento que o resultado esteja à altura das duas ou três horas plenas de rituais que solicitam todos os sentidos.

Exteriormente o edifício é horrendo. Uma torre de vinte e tantos andares, semi-revestida de azulejos, numa rua que desdiz o nome -- Rua da Alegria --  feia, de passeios estreitos, muito movimento de carros e edifícios anónimos, despersonalizados.

Mais se aguça o apetite.
É como, imitando Alice, passar para o outro lado do espelho, ou, através dum túnel hediondo, alcançar o espaço mágico de todas as maravilhas.

O Portucale situa-se no 23º andar.
Existe há décadas e, após a morte do seu responsável principal, o Sr. Azevedo, quase naufragou.
Mas salvou-se, ressuscitou, recuperou a majestade.
A vista é aérea sobre toda a cidade do Porto e para além dela, para Gaia, cujo horizonte, de tão distante, não é identificável.
A visão é, assim, apaparicada, logo que se entra e ainda "a procissão vai no adro..."
No ar, paira uma música de fundo, audível no ponto certo. Está lá mas não interfere.
A decoração é correta, mas não excessiva, nas suas tolhas de linho, nas flores frescas, na louça imaculada, nas tapeçarias que revestem uma parede.
Os comensais são, maioritariamente estrangeiros, canalizados pelos guias e almanaques turísticos.
O serviço é perfeito, com uma bateria de empregados que se move como se dançassem e para quem "o cliente tem sempre razão".
A comida, tipicamente portuguesa, abundante, aposta na excelência das matérias-primas.
As sobremesas, ai!, as sobremesas, de raíz conventual dilaceram no momento de optar -- apetece todas.
Ontem, noite de chuva torrencial, fotografar o exterior era impossível...
Que pena, tenho que lá voltar!
Tenho que reviver todas as emoções, toda a gama de prazeres que tornam único este momento.

Beijos Nina

sábado, 26 de março de 2011

Oh! tempinho miserável!

Chove sem parar e estão 12 graus aqui no Porto.
Sem comentários!
Confinada à casa, resolvi aproveitar para pôr em dia a botânica.
Felizmente, as novidades são muitas, lindas e prometedoras.
Assim, uma das cerejeiras  de que  cuido, maternalmente, há quatro anos resolveu florir:



A outra, que não apresento, ou está atrasada, ou, pura e simplesmente, continua na letargia que, ano após ano, a mantem numa adolescência de folhas que não evolui.
Mas a das florzinhas encheu a minha alma de júbilo e o meu coração esperança.
Será que vou ter cerejas?
Seria a coroa de glória para a minha dedicação.
Estou preparada para tudo. Se não frutificar, quem sou eu para reclamar?
Vejamos o Japão ( esquecendo por momentos a tragédia em que está mergulhado ).
Lá, já começou a Sakura, o momento em que se inicia a floração das cerejeiras, um espétaculo deslumbrante e efémero que arrebata quem o contempla.
É  momento das festas ao ar livre, dos encontros nos parques, da celebração da vida.
E, no entanto, essas cerejeiras apenas florescem, não produzindo nunca frutos.
No meu "pomar", multiplicam-se as promessas:

Promessas de um pessegueiro
Figueira desabrochando
Num cantinho, as margaridas refrescam-se com gotas de chuva ...
Pereira em flor

Continua a chover, mas a neura já lá vai!
É o efeito apaziguador das plantas.

Beijos,
Nina

sexta-feira, 25 de março de 2011

Quando eu morrer ...

Não quero choro nem vela,
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela...


Reza assim a composição "Fita Amarela" de Noel Rosa.

Ocorreu-me este refrão quando, hoje, ao abrir as notícias no meu PC me confrontei com um texto relativo ao desaparecimento de Elizabeth Taylor, que morreu de insuficiência cardíaca, 4ª feira, 23/03/2011, aos 79 anos.
Morreu, mas, embora a causa tenha sido uma síncope, não estando a senhora propriamente a padecer de uma qualquer doença prolongada que ameaçasse um desfecho incontornável, tomara, antecipadamente,  providências a ser aplicadas, quando a fatalidade ocorresse.

QUERIA CHEGAR ATRASADA AO PRÓPRIO FUNERAL!

Assim, a tempo e horas, determinou que, como qualquer diva que se preza, teria uma " grande entrance".
 Para que tal ocorresse, e cumprindo as orientações previamente determinadas, o corpo fez-se esperar e o funeral  iniciou-se com um quarto de hora de atraso, no Forest Lawn Memorial Park, em Glendale, Califórnia.

Durante a cerimónia, Colin Farrell (ator participante em Miami Vice), procedeu à leitura de um poema, enquanto que Rhys Taylor, neto da falecida, tocou Amazing Grace, um conhecido hino cristão, impresso pela primeira vez em 1779, constituindo um louvor à graça de Deus.

A notícia não esclarecia se os detalhes musicais haviam também sido pré-determinados pela célebre Cleópatra, tal como, Noel Rosa, fizera em Fita Amarela.
Daí eu hesitar entre considerar esta atitude o cúmulo da programação ou o delírio do star sistem em todo o seu esplendor.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Governo demissionário.

Face ao "chumbo" previsível do PEC 4 que  ocorreu na Assembleia da República, o Primeiro Ministro apresentou o seu pedido de demissão ao Presidente da República, que o aceitou, foi-nos confirmado ontem, depois da lenta agonia que foi o desempenho deste governo.
 Vamos ter eleições legislativas no próximo mês de Junho.
E daí?
Daí, nada, NADA, o desencanto grassa.
Pessoalmente, sinto-me na pele daqueles tratadores de répteis venenosos, que ocasional ou frequentemente são picados. A picada, não sendo letal, imuniza, obriga o organismo a criar anti-corpos para o veneno e, em última instância, dessensibiliza.
Os políticos e a política em geral, aborrecem-me, cansam-me, entediam-me, mas não me perturbam, o que é grave.
 É gravíssimo que uma cidadã consciente caia, facilmente, na tentação de não querer saber, de apenas sentir desprezo pelos protagonistas desta triste encenação.

 Como se nada tivesse acontecido, hoje, como todas as manhãs,  fiz a minha caminhada.
O dia estava incerto, de sol coberto e descoberto, mas o mar, esse estava assim, imperturbável, mais calmo que nunca, glorioso na sua imensidão de lago, indiferente às intrigas palacianas, às "tricas" e ao "mais do mesmo" que receio bem, nos espere em Junho.






Durante os 60 minutos do percurso, ocorreu-me que algo tem de mudar drasticamente.
Infelizmente, é destas circunstâncias que se moldam as ditaduras.
Não forçosamente, lembraram-me.
Lembraram-me da inspiradora figura de Nelson Mandela, recentemente herói de todos nós no filme Invictus.
 Ele, que após uma vida de cárcere, gerou a ideia de um país, onde as diferenças se atenuaram em nome de um interesse superior, chamado Nação.
Precisávamos de alguém assim!

Beijos,
Nina

quarta-feira, 23 de março de 2011

Figueiras

Ontem, dei livre curso à minha vertente de jardineira/agricultora e plantei uma figueira da variedade pingo-de-mel, cuja estaca comprei, sábado, na feira de Cerveira.
Arranjei um vaso enorme e tratei do procedimento:
- Uma camada de cacos para facilitar a drenagem da água;
- Uma camada de terra misturada com turfa;
- Aparar as extremidades da estaca com uma tesoura de poda;
- Introduzir a estaca na terra, cuja raíz foi, previamente, mergulhada  em água, durante 15 minutos;
- Completar o preenchimento do vaso com a mesma mistura de terra e turfa, pressionando bem a   superfície;
- Regar abundantemente.

sistema de rega automático é um investimento de retorno garantido

O recipiente tem as dimensões mínimas exigidas - 40/40 cm

O passo seguinte consiste em regar moderadamente e esperar, com muita fé, que a natureza me seja favorável.

Beijos,
Nina

terça-feira, 22 de março de 2011

Azul, azul ...

da cor do mar!

Conclui este trabalho há semanas atrás. Só que o frio e a chuva não me permitiam vesti-lo, porque a sua manga a 3/4, não me agasalhava o suficiente.
Agora, chegada a Primavera, vesti-o pela primeira vez, mas tive imenso calor ( e imensa pena...)
Será que com as mudanças climáticas perdemos a meia estação, a Primavera e o Outono, saltando, sem transição, do Inverno para o Verão?

Seja, como for, o trabalho está concluído com grande orgulho por parte da autora.

Na abertura central, apliquei dois elefantes em missanga
A manga exigia este conjunto de tranças que sugere o tricot irlandês
O decote, sem ser amplo, é afastado do pescoço

Veste assim

Gosto muito do resultado final.
Uma vez mais, comprei uma lã fina, no Corte Inglês de Vigo, durante a época dos saldos.
O modelo, retirei-o da revista SANDRA Tendencias de Punto, nº5.
Na minha opinião, pode ser tricotado com manga comprida, sem que perca a graça.

Beijos,
Nina

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia Universal da Poesia - 20 de Março



Sofia de Melo Breyner Andresen




Um dia quebrarei todas as pontes
Que ligam o meu ser vivo e total,
À agitação do mundo irreal,
E calma subirei até às fontes.

Irei até às fontes onde mora
A plenitude, o límpido esplendor
Que me foi prometido em cada hora,
E na face incompleta do amor.

Irei beber a luz e o amanhecer
Irei beber a voz dessa promessa
Que às vezes como um voo me atravessa,

E nela cumprirei todo o meu ser.






Sofia de Melo Breyner Andresen[1] (Porto6 de Novembro de 1919 — Lisboa2 de Julho de 2004) foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.



Imagens de Sophia de mello Breyner Andresen





Merece ser lembrada e homenageada, sempre.


Beijos
Nina



domingo, 20 de março de 2011

Amigos

São quem nós escolhemos, quem por direito merece ascender a essa posição.


De certo ângulo, são mais importantes do que a família, porque não sujeitos à imprevisibilidade hereditária, biológica ou, se quiserem, aos laços de sangue.
Amigos, nós escolhemos, abrimos as portas de casa, da alma e do coração.
Numa multidão informe, encontramo-nos e decidimos que funcionamos no mesmo cumprimento de onda, tornando-nos inseparáveis, mesmo quando a vida se encarrega de nos separar.
Dou por mim, frequentemente, a pensar na minha melhor amiga dos tempos do liceu.
Chamava-se Gigi.
 Não nos vemos há muitos anos, seguimos rumos distintos e até suponho que ela, presentemente, vive no Brasil.
 Tenho, contudo, para mim, que a ela lhe ocorrerão as mesmas recordações, antecipando igual prazer, se um dia, as circunstâncias nos colocarem à mesma hora , no mesmo local, ainda que correndo o risco de,  momentos volvidos, chegarmos à conclusão, que foi num outro tempo, numa outra vida  , que a cumplicidade  nos atou.
Falo de amizades de adolescente, mas há outras.
Eu tenho a imensa felicidade de ter amigos, poucos, muito poucos, quatro ou cinco, mas muito bons, para o que der e vier.
Tenho também  muitos e muito agradáveis conhecidos, cuja companhia muito me enriquece e muito prezo. 

Mas  AMIZADE é outra coisa, outro cimento que nos ata, , mas  sustem.
É o ombro, é o colo, é o poço sem fundo onde despejo aflições, o espelho em que me desnudo sem pudor, a quem me dou, de quem recebo tudo ou nada, quem vejo diariamente ou revejo ocasionalmente, quem não me falha, a quem não falho!
AMIZADE é a mais elevada forma de amar.

Beijos,
Nina

sábado, 19 de março de 2011

Caminha

É uma encantadora vila, a 50Km ao norte do Porto.
Pertence ao distrito de Viana do Castelo, sendo limitada a nordeste por Vila Nova de Cerveira, a sudeste, por Ponte de lima, a sul, por Viana do castelo e a norte, por Espanha e pelo Oceano Atlântico.
É, normalmente, habitada por 2500 habitantes, mas esse número aumenta enormemente durante os fins de semana, devido às habitações de férias, que então são ocupadas pelos seus proprietários, oriundos, essencialmente do Porto.
O rio Minho que a separa de Espanha, desagua aí, no Oceano Atlântico.

Rio Minho. Na outra margem, Espanha
O Oceano Atlântico, ao fundo

Para atravessar o rio existe um terminal de barcos que transporta não só passageiros, mas também veículos.

Os  monumentos principais de Caminha são:

O chafariz do terreiro, obra renascentista

Casa dos Pitas, do século XVII,em estilo manuelino tardio, de fachada decorada com guarnições e molduras

Igreja da Misericórdia

Altar-mor

Altar lateral

Igreja Matriz de Caminha ou de Nossa Senhora da Assunção


Feirinha na praça central
Muralhas seiscentistas que, juntamente com o castelo, faziam parte do esquema defensivo da vila 


Muito mais há para ver e viver. 
Há excelentes restaurantes, com peixe fresquíssimo e lampreia (nesta altura do ano, para quem gostar...), uma rua com bares que garantem a animação noturna, lojinhas de comércio tradicional, esplanadas na praça central para ver e ser visto e imensas propostas de lazer e desporto, com a montanha para explorar e o mar de praia imensa, mesmo ali ao pé.

A poucos quilómetros, por auto-estrada, fica Espanha, primeiro Tui e depois Vigo, uma loucura de compras.

Caminha não tem defeitos, só vantagens.
Estive lá hoje.

Beijos,
Nina


sexta-feira, 18 de março de 2011

Tulipas

Espreitei uns cabelinhos verdes furando a terra, procurando a luz, o ar, fazendo pela vida.
 Anunciei:
- Estão a nascer!
Cada uma, seu ritmo...

Três fases de desenvolvimento.

Rapidamente, esses filamentos tomaram forma, engrossaram, ganharam corpo e adivinhava- se no extremo da haste, um novelo irregular que antecipava a flor.
Quase uma gravidez.
 Esta sem ecografia, à moda antiga... menino ou menina, brancas, amarelas ou vermelhas?
Vigiei-as, atenta, com cuidados de parteira zelosa.
Uma manhã, há apenas uma semana, desabrocharam. Primeiro, timidamente, depois competindo entre si na urgência de se exibirem, lindas, maravilhosas, inesperadas, surpreendentes como só as tulipas o são.
Assim:


Amarelas e vermelhas, num devaneio caprichoso!




Oferecem-se, abrem-se, pujantes, sem pudor!

Carpe diem (aproveita o momento, goza o agora...) proclamam num discurso sem palavras.
Porque sabem ( a natureza é sábia!) que a beleza é efémera, mas "... infinita enquanto dura.."
Será que o inevitável processo de decadência já se iniciou?
Não importa!
Os momentos de puro prazer, nada nem  ninguém apaga.

Beijos,
Nina