sexta-feira, 29 de março de 2013

TROMBA RIJA

É nome de restaurante. Fica em Marrazes, uma localidade nos arredores de Leiria.
Para lá chegar, ou se introduz o nome do local no GPS ou se pergunta, que quem tem boca vai a Roma.
Existe há décadas e quanto mais velho, como o vinho do Porto, melhor.
Os donos, o casal Real, um charme, fazendo jus ao apelido.
Nada acontece por acaso. Tudo, mas mesmo tudo, é pensado.


Desde a decoração, assentando num rústico português confortável ...

...às boas vindas dadas por rasgados sorrisos e, na circunstância, por irresistíveis amêndoas.

Tudo é tão bom, tão imaculadamente perfeito, que os comensais fazem questão de deixar registo escrito, testemunho da sua volúpia.
As paredes são documento vivo desse imenso prazer.

O drama, a verdadeira tragédia, reside na escolha. Como escolher se tudo é perfeito?
Esta mesa de queijos desceu do céu dos gourmets para perdição dos mortais.

Uma mesa de entradas oferece-se assim, sem peias nem preconceitos

... e não  há como resistir.

Os frios, bem frios, aguardam na sua superioridade de petisco perfeito, quem quer que os cobice.

Uma mesa de quentes, espera num recanto.
Os mais capazes provam tudo.
Eu fico-me pelas entradas e, ainda assim, sabendo que peco.

E as sobremesas?
As sobremesas não tem descrição na sua postura discreta, mas irrepreensível.


Quando tudo leva a crer que a orgia terminou, um prato de fruta avança, avassalador, a tentação mais que perfeita...

... com licores, digestivos e café!

O maracujá, fruta da paixão, acomoda-se discreto e perfumado, tentador e chique , repleto de simbolismo, num universo de delícias que exige uma visita.
Ainda que por uma vez, a visita impõe-se.
Se feita a primeira se resiste às seguintes, isso não posso assegurar.

Beijo
Nina