quinta-feira, 9 de abril de 2020

De agulha em punho ...


De agulha em punho, costuro. Não costuro, dou uns pontos. Pensei que seria tarefa monótona, mas não. É até bastante relaxante.
E, no entanto, tenho duas máquinas de costura. Uma, foleiríssima, de origem chinesa que, ainda muito nova, começou a dar problemas, desmotivando a quem nada motivada estava para a costura. No caso, eu. Era uma dor de alma de agulhas que se partiam, de fio que rebentava ... enfim, pura sabotagem aos meus intentos.

De modo que a substitui. Numa das idas a Inglaterra, decidi-me pela compra de uma Singer. Com ela a minha relação com a costura experimentou significativoa avanços.
Só que, ultimamente, as coisas descambaram e vi-me obrigada a tratar-lhe da saúde, isto é, entreguei-a a um técnico para que a reparasse.

Entretanto chega o Covid 19.
A máquina far-me-ia jeito e companhia. Mas está no hospital, encafuada em loja encerrada.
Entretanto fui contactada para a ir resgatar. Mas como? Como quebrar a quarentena? Impossível.

Daí que voltei às origens e de agulha em punho termino uma almofada (fronha) inacabada que, em pedaços, me estragava o visual da sala e me mexia com os frágeis nervos.

Informo que esta barra em crochê foi comprada  (a metro) na feira.
Palpita-me que seja obra chinesa.

Tenho utilizado este remate em tolhas e fronhas. O efeito é ingénuo mas agradável - e ninguém diria que foi, provavelmente, produzido  numa máquina.
Trata-se de um par de fronhas que já têm destinatária. A primeira foi cosida à maquina, já a segunda, pelas razões enumeradas, nasceu depois de muitos, muitos pontinhos.

Está quase pronta. E no serão desta noite ficará concluida.

Bom serão!
Beijo
Nina