quinta-feira, 7 de maio de 2020

Absurdo

Orquídeas. São fascinantes. Tão fascinantes que, à primeira vista sugerem profundos conhecimentos para delas tratar com sucesso.
Não é assim.
São simples, simples e agradecem não ser incomodadas.

Sabia também que uma das regras que exigiam (coitadas!) era viverem apertadas, sem luxos nem espaços excessivos - preferindo vasinhos modestos de exíguas dimensões.
Porém, dada a quantidade de exemplares que fui acumulando, pareceu-me aconselhável alojar algumas espécies num vaso grande, só para ver o que acontecia.
Aconteceu isto:



Um absurdo de flores

Cada uma da sua espécie ...

Todas poderosas, luxuriantes!
Gostaram da casa nova o que me leva a concluir que o "vasinho pequenino, apertadinho" mais não é que um mito urbano - mais um!



A própria folhagem adquiriu dimensão nunca vista, são folhas enormes se comparadas com as habituais

De modo que não hesitarei - logo que termine a floração - em agrupá-las



Porque são inquestionavelmente mais espetaculares se ocupando habitação condigna. Esta - pobrezinha - tenta agorar dar um ar da sua graça

Tem sido um consolo para os meus olhos, nestes tempos de reclusão.
Acredito até que os meus seres verdes apreciam a companhia humana, a minha em particular, que sou quem com eles priva de mais perto.

Os ingleses vivendo no seu clima agreste e tendo predileção pela jardinagem, mantêm em casa, num espaço envidraçado a que chamam Conservatory ou Green House ( quase uma estufa), as plantas que não suportam a intempérie. É um espaço magnífico.
Tenho a sorte de dispor em minha casa de algo similar. É aí que crescem as minhas orquídeas, as plantas de interior, onde me refugio quando prefiro estar só e também onde costuro.
É o meu espaço preferido.
É neste espaço que ocorrem os absurdos florais.

Beijo
Nina