terça-feira, 14 de março de 2017

Tróia

Tróia  situa-se no extremo de uma língua de terra ladeada pelo estuário do rio Sado e pelo Oceano Atlântico .
Seguindo em frente a viagem termina inevitavelmente junto à agua.

Vindo do norte, o percurso mais curto - diria mesmo, muitíssimo mais curto ... - é guiar até Setúbal onde se apanha o ferry para Tróia. 
Estes são muito frequentes, a viagem é rápida, cómoda e barata, pelo que, não se pretendendo percorrer toda a língua de terra esta é de longe a melhor opção.

Por distracção não fizemos esse atalho pelo que o percurso, já ao cair da noite, se tornou cansativo.

Chegados ao destino encontrámos o hotel sem a menor dificuldade já que a sinalização é excelente.

Nesta altura do ano quase não se vêem pessoas - apenas ao fim de semana aparecem os proprietários de habitações de férias.

O hotel encontrava-se igualmente despovoado.

Falamos do TRÓIA DESIGN Hotel, um 5* com SPA muito confortável, com serviço excelente e funcionários de uma simpatia absoluta.
Os quartos  - todos com vista - são amplos, insonorizados e muito bem mobilados.
O pequeno-almoço é igualmente de elevada qualidade.

Não jantei no restaurante porque preferi "uma coisa" leve.
 No Bar foi servida uma refeição ligeira mais que satisfatória.
Não experimentei a piscina nem o SPA, já que esse não era o objectivo da viagem, mas, pelo que sei, também aí a qualidade é elevada.






Terminada que foi aquela espécie de jantar saímos para caminhar junto à Marina sendo este o aspecto exterior iluminado do hotel 

Lá ao fundo, Setúbal


O movimento junto a qualquer Marina é sempre grande, mas não aqui!
Os próprios apartamentos que a rodeiam encontravam-se desabitados
 e só um ou dois restaurantes funcionavam fora do hotel.
Por acaso, no dia seguinte jantei muito bem num deles.






Sábado nasceu nublado e ventoso, mas felizmente não choveu.
Do hotel era esta a vista, uma paisagem quase aérea:








No interior, repleto de vidros e espelhos a perspectiva era igualmente interessante:


Quase não se consegue interpretar a imagem, mas é assim mesmo que se apresenta


Sábado foi dia de partir à descoberta, mesmo revisitando lugares, repetindo experiências que merecem ser repetidas.
Começámos por Carrasqueira, um porto palafita, perto de Tróia que, apresenta antigas construções de pescadores, erigidas sobre estacas enterradas na areia.
Entre elas circula-se por passadiços.
Estas estacas ficam mais ou menos submersas de acordo com a subida da maré.
Nestas construções os pescadores continuam a guardar o equipamento de pesca.
Eis as imagens:












Na povoação fez-se a pausa para o café, seguindo-se então para Grândola onde almoçámos -maravilhosamente, diga-se,  na "TALHA" - uma honesta comidinha alentejana onde predomina o porco preto e as migas.
O local é simples, mas confortável e serve muito bem a preços absolutamente normais.
Voltaremos de certeza.
Este o aspecto:














Para terminar o dia rumámos a Vila Nova de Mil Fontes.
O percurso junto ao mar é belíssimo, com paisagens fantásticas e a terrinha igualmente bonita.
Acredito (temo) que dado o seu exíguo tamanho, no Verão, se possa tornar claustrofóbica, pelos menos para mim que fujo de multidões.
Estas algumas das vistas:




E acabou o sábado.
Regressámos ao hotel, jantámos na Marina e na manhã seguinte iniciámos o percurso de regresso, atravessando o Sado no ferry, dando uma volta por Setúbal e apanhando a auto-estrada que rapidamente nos levou a casa.

A avaliação é francamente positiva, uma experiência a repetir, especialmente na chamada época baixa quando os preços são inesperadamente acessíveis. Só não iria se chovesse , Com chuva parece-me que este destino - como aliás quase todos os outros - é pouco ou nada atractivo.

Beijo
Nina