Eu, tão moderninha, ao contrário do que seria de esperar, tenho imenso prazer em fazer jantares para amigos.
Tem, no entanto um decisivo "mas"... exijo que retribuam, não em restaurantes, nada disso, quero que seja na casa deles, cozinhado e preparado pelos próprios.
E não faço segredo, ou cerimónia acerca desta minha posição... quando ofereço um jantar cobro a retribuição.
Há por aí uns quantos amigos, com quem saio frequentemente, jantando em restaurantes "xpto", que não escapam às mordidelas sorridentes da minha parte:
--- Então, quando é que me vamos jantar à vossa casa?
E, pode tardar, mas acabo por ir.
Ontem ofereci um jantar para 6 pessoas.
Comecei a prepará-lo na véspera e no próprio dia, estando tudo adiantado e mesmo pronto, o que era possível estar,consegui que, às 20 h, quando começaram a chegar, eu os recebesse linda e perfumada, embora tenha passado parte da tarde na cozinha.
Como metodologia, gosto de começar pela sala, pondo a mesa e preparando os aperitivos.
Este foi o aspecto final da mesa, já que era um jantar sentado:
Far-me-ão o favor de reparar que nada se compara a uma mesa branca.
As únicas excepções que permito são em festas de crianças e no Natal. De resto, a cor branca é a minha favorita.
Claro que há detalhes coloridos. Neste caso, os pratos apresentam uma margem em dourado e as flutes para o champanhe são a coisa mais linda, mais retrógada, mais decadente, mais elegante que alguma vez vi.
Comprei-as em Paris, numa loja presente em todas as cidades francesas, chamada Maisons du Monde.
São tão frágeis que só eu as posso lavar e, mesmo com todos os cuidados, já parti uma.
O gosto de servir os que me são queridos é tão grande, que mesmo correndo estes riscos, faço questão de os apaparicar como se de princípes se tratassem.
A toalha de crochet dá um trabalhão gigantesco para ser passada a ferro. É uma tarde de toalha, já sei, mas compreendo e não apresso a operação.
O menu eleito foi, na sua quase totalidade, já publicado na Cozinha da Nina:
Enquanto esperavamos e conversávamos, comemos uns CROSTINI DE TOMATE, que apareceram na página " Cebolas e alhos", regados com uma garrafa de Don Perignon, bem gelada, que nos havia sido oferecida... casamento abençoado.
Iniciámos as hostilidades, propriamente ditas, com um CREME DE COUVE FLOR COM AMÊNDOAS E CEBOLINHO, já apresentada e que aguardava no frigorífico, desde a véspera, o momento de ser servida.
Continuámos com o QUICHE DE CEBOLA E AMEIXAS, uma experiência gustativa inesquecível, assada no próprio dia, mas cujo recheio descansava no frio.
O prato principal foi um ARROZ DE PATO, receita que hoje postarei na Cozinha da Nina e cuja preparação pode e deve ser iniciada no dia anterior, por razões que exporei.
Terminámos com uma TARTE TATIN DE PÊRA, servida com morangos ao natural e que foi excepção, na medida em que foi o único prato cozinhado inteiramente durante a tarde de domingo.
Durante o café, ainda se arranjou espaço para uns sublimes BROWNIES.
A minha cozinha, como sabem, é mínima e por isso, não gosto de ajudas que só atrapalham. ( Aqui entre nós, mesmo que a cozinha fosse imensa, prefiro poupar os amigos à chatice do after dinner). Por isso, sentámo-nos todos, como se não houvesse amanhã e, só depois de todos partirem, é que eu fui à luta.
Não sou capaz de me deitar deixando tudo em estado de sítio.
Por isso, descalço os stilletos, mudo de roupa, ponho um avental, calço umas luvas e em meia-hora os vestígios do combate desaparecem.
Não que fique tudo reluzente e esterilizado, mas fica apresentável.
Quando hoje chegou a D.M., não deu por nada de anormal e se eu não tivesse referido que a cozinha precisava de um carinho especial como só ela sabe dar, aposto que não tinha pistas para o delito.
É muito giro!
Adoro receber de uma forma carinhosa e especial, mas reconheço que o hábito se está a perder e que a tentação do restaurante fala mais alto.
Mas, eu, repito, espero ( quase exijo) retribuição destes mimos.
Beijos,
Nina
Tem, no entanto um decisivo "mas"... exijo que retribuam, não em restaurantes, nada disso, quero que seja na casa deles, cozinhado e preparado pelos próprios.
E não faço segredo, ou cerimónia acerca desta minha posição... quando ofereço um jantar cobro a retribuição.
Há por aí uns quantos amigos, com quem saio frequentemente, jantando em restaurantes "xpto", que não escapam às mordidelas sorridentes da minha parte:
--- Então, quando é que me vamos jantar à vossa casa?
E, pode tardar, mas acabo por ir.
Ontem ofereci um jantar para 6 pessoas.
Comecei a prepará-lo na véspera e no próprio dia, estando tudo adiantado e mesmo pronto, o que era possível estar,consegui que, às 20 h, quando começaram a chegar, eu os recebesse linda e perfumada, embora tenha passado parte da tarde na cozinha.
Como metodologia, gosto de começar pela sala, pondo a mesa e preparando os aperitivos.
Este foi o aspecto final da mesa, já que era um jantar sentado:
Far-me-ão o favor de reparar que nada se compara a uma mesa branca.
As únicas excepções que permito são em festas de crianças e no Natal. De resto, a cor branca é a minha favorita.
Claro que há detalhes coloridos. Neste caso, os pratos apresentam uma margem em dourado e as flutes para o champanhe são a coisa mais linda, mais retrógada, mais decadente, mais elegante que alguma vez vi.
Comprei-as em Paris, numa loja presente em todas as cidades francesas, chamada Maisons du Monde.
São tão frágeis que só eu as posso lavar e, mesmo com todos os cuidados, já parti uma.
O gosto de servir os que me são queridos é tão grande, que mesmo correndo estes riscos, faço questão de os apaparicar como se de princípes se tratassem.
A toalha de crochet dá um trabalhão gigantesco para ser passada a ferro. É uma tarde de toalha, já sei, mas compreendo e não apresso a operação.
O menu eleito foi, na sua quase totalidade, já publicado na Cozinha da Nina:
Enquanto esperavamos e conversávamos, comemos uns CROSTINI DE TOMATE, que apareceram na página " Cebolas e alhos", regados com uma garrafa de Don Perignon, bem gelada, que nos havia sido oferecida... casamento abençoado.
Iniciámos as hostilidades, propriamente ditas, com um CREME DE COUVE FLOR COM AMÊNDOAS E CEBOLINHO, já apresentada e que aguardava no frigorífico, desde a véspera, o momento de ser servida.
Continuámos com o QUICHE DE CEBOLA E AMEIXAS, uma experiência gustativa inesquecível, assada no próprio dia, mas cujo recheio descansava no frio.
O prato principal foi um ARROZ DE PATO, receita que hoje postarei na Cozinha da Nina e cuja preparação pode e deve ser iniciada no dia anterior, por razões que exporei.
Terminámos com uma TARTE TATIN DE PÊRA, servida com morangos ao natural e que foi excepção, na medida em que foi o único prato cozinhado inteiramente durante a tarde de domingo.
Durante o café, ainda se arranjou espaço para uns sublimes BROWNIES.
A minha cozinha, como sabem, é mínima e por isso, não gosto de ajudas que só atrapalham. ( Aqui entre nós, mesmo que a cozinha fosse imensa, prefiro poupar os amigos à chatice do after dinner). Por isso, sentámo-nos todos, como se não houvesse amanhã e, só depois de todos partirem, é que eu fui à luta.
Não sou capaz de me deitar deixando tudo em estado de sítio.
Por isso, descalço os stilletos, mudo de roupa, ponho um avental, calço umas luvas e em meia-hora os vestígios do combate desaparecem.
Não que fique tudo reluzente e esterilizado, mas fica apresentável.
Quando hoje chegou a D.M., não deu por nada de anormal e se eu não tivesse referido que a cozinha precisava de um carinho especial como só ela sabe dar, aposto que não tinha pistas para o delito.
É muito giro!
Adoro receber de uma forma carinhosa e especial, mas reconheço que o hábito se está a perder e que a tentação do restaurante fala mais alto.
Mas, eu, repito, espero ( quase exijo) retribuição destes mimos.
Beijos,
Nina