terça-feira, 16 de julho de 2019

Museu do Caramulo


No meu cofre de recordações, guardada em perfeito estado, tenho a memória de  uma visita que, há muitos anos, fiz ao Museu do Caramulo.
 Retive a imagem de extraordinários automóveis,  pois, muito mais que carros, eram monumentos dinâmicos. 
- Seriam a sério, de verdade, transportariam gente, como eu que viajava num banal Volkswagen? - que, curiosamente, na sua banalidade, compunha também ele a coleção.
  Mas havia os outros, com impressionante currículo, os que transportavam reis e rainhas, líderes mundiais, estrelas de cinema que, ao descerem  à terra , circulavam em máquinas poderosas. Impressionante. Mesmo para mim que não dou a mínima importância a automóveis de quem apenas exijo que cumpranm a função de me transportar sem nunca me complicar a vida. Desde que não avariem, está tudo bem!

Com esta fantasiosa memória, repetidamente me ocorria voltar.
Voltei.
Foi na última sexta-feira.
De novo, me permiti o deslumbramento, o fascínio.

Desta vez, naturalmente, vi a coleção noutra perspectiva - constatando a rapidez da evolução. Aqueles automóveis são, decididamente, por inúmeros motivos, incompatíveis com o mundo em que vivemos.
Se perderam praticidade, ganharam sedução.


Que dizer deste brinquedo?

E deste?
Um luxo!
É certo que, provavelmente,  numa estrada atual seria   humilhado por um insignificante Fiat 500, mas, como muitas outras coisas na vida, este automóvel atualmente existe apenas para ser uma obra de arte, como de facto é.

Beijo
Nina