segunda-feira, 2 de julho de 2012

Fruta, compotas, poluição ...


A partir de Maio, começam a surgir todos os frutos deliciosos, perfumados e coloridos que alegram o final da Primavera e o início do Verão.
É então, porque na época própria, que são mais baratos e mais suculentos.
É então que os morangos sabem a  morango, os alperces a alperces, as ameixas a ameixas.
É então que, dada a avalanche de oferta apetece preparar compotas, aquela mistura fluída que, ao longo do ano, mesmo no pico do mais inclemente Inverno, adoça o nosso paladar com sabores e estivais e por associação de ideias, incrementa o bom-humor e alegra o cinza dos dias.
Adoro compotas e adoro confecioná-las. Não tem nada que saber ... para 1 Kg de polpa de fruta, um pouco menos de açúcar, deixando que a mistura ferva de mansinho até ao miraculoso ponto de estrada.


Gosto da mistura de coloridos, do samba dos odores ...
 Por isso, numa bancada da cozinha, sempre um variado conjunto se oferece.
No frio, guardo reabastecimento para evitar que o calor lhes deturpe a frescura, mas não gosto de trincar fruta gelada. Não! Tem que estar à temperatura ambiente e no ponto certo de maturação.

Há muito que recuso comer morangos e cerejas no natal e uvas no carnaval.
Não quero exemplares que voam vindos de outro hemisfério, se conservam não sei como e custam exorbitâncias irracionais.
 Adoro uvas, mas recuso as chilenas.
Espero pelas nossas que em breve aparecerão, com cor sabor e odor de uvas.
Os alperces, verdadeiros frutos de ouro, já por aí andam.
São maravilhosos para preparar compotas, porém, hoje, num ímpeto de organizar e arrumar, descobri que, do ano passado tenho muitas, muitas compotas à espera ... de alperce, morango, cereja, tomate, melão e marmelo.

Este frasco foi inaugurado hoje. Com queijo ou fiambre sobre uma torrada é manjar único.

De  chila, os frascos acumulam-se.
Uso esta compota para preparar outras sobremesa, mas, dada a contenção calórica que me esforço por exercer, continuam intactas.
Concluindo:
Manda o bom senso que não me entusiasme preparando mais doces enquanto perdurarem os do ano passado que ainda não foram consumidos e que, mais importante ainda, não caia na tentação de comprar qualquer exemplar que, para chegar às nossas mãos tenha sofrido os horrores do frio e das estufas, poluindo com o seu transporte o nosso tão mal tratado ambiente.

Beijos
Nina