quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Confinamento

 Se algo de bom me trouxe o confinamento - note-se e sublinhe-se que falo de confinamento, acto de permanecer em casa e não do maldito covid, essa criação do inferno - mas, repetindo, se algo de bom me trouxe o confinamento, tem sido o tempo de qualidade dedicado à leitura, a filmes e séries ( obrigada, Netflix) que simultaneamente desfruto empunhando agulhas de tricô. Admito que nem sempre isento - o tricô - de erros. Desmancho e componho desportivamente, com FairPlay quase britânico - está-se mesmo a ver que me encontro profunda e convictamente mergulhada em The Crown.


Feito que foi esta introdução, passemos a factos:




Terminei este casaco. Bonito, no seu azul celeste que a fotografia caprichosamente desmente. O método? Topdown, evidentemente, que se transformou no meu favorito desde que o descobri. Uma beleza tricotar, Já coser as partes que compõem a peça, é uma enorme maçada. Viva pois o topdown. O amargo de boca tive-o quando procurei comprar botões. O chinês, o santo chinês que sempre tem uma solução para os meus problemas, desta vez, falhou. Não, não tinha botões. Acabei numa retrosaria donde trouxe botões excessivamnete pequenos. Oh! vida! para quem não gosta de coser ... Há que descoser, procurar um tamanho maior, voltar a coser!
Tirando isso, todo o processo foi super agradável, de tal modo que estou tentada a repetir a experiência com uma cor diferente.


Entretanto ...

Metade das costas de um pulover masculino cuja razão de ser passo a explicar ...


Chegaram-me aos ouvidos, queixas, ressentimentos,  reclamações salpicadas de ciúme..

De quem, por quem? Pelo marido! Pois tricoto para toda a gente menos para ele.

Enchi-me de brios e coragem - que dado o tamanho do  pretendente a coisa promete, será obra de dimensão avantajada. Que seja, pois dos fracos não reza a história.

No caso abdiquei do topdown pois pretendo incluir um decote em V e não sei se para tal, seguindo o tal método,  para tanto  tenho capacidade.

E assim vamos, enfrentando garbosamente  desafio temível e  desconhecido.

Beijo

Nina