terça-feira, 5 de agosto de 2014

1179 - Cestos

À noite, reunem-se, no centro da terreola, uns quantos artesãos, vendendo produtos típicos da região. Agradam-me os doces de amêndoa, de figo, alfarroba, mas não me deixo tentar, tanto mais que os encontro depois de jantar, quando resistir às tentações gastronómicas, é tarefa fácil.
Há também umas banquinhas do chamado artesanato urbano, a que não acho a menor piada.
Pelo meio, ainda tropeço nuns óculos e numas malas de marca, perfeitamente intratáveis, com o seu arzinho pretensioso e super foleiro.
Posto isto, o que me resta comprar?



Cestos!
Vi um que me agradou. Queria dois. Nenhum problema, a artesã comprometeu-se a, no dia seguinte, me entregar o segundo.
Aqui estão, lindos e faceiros.
Vou dar-lhes um trato - pintura branca e forro adequado.
Irão para o meu atelier que será um local bem apessoado para inspirar a costureira atrevida que vive dentro de mim.
Entretanto refleti - um perigo para a economia doméstica - e conclui que deveria comprar mais, muitos, muitos mais, para esconderem o horror dos vasos em plástico.
Porém, esta ambição desmedida colide com o tamanho da bagageira do carro.
Problemas! Só problemas!
Foi então que me ocorreu - outro perigo - que em Cerveira, na feira, não faltam cestos.
Problema resolvido.
Me aguardem!

Beijo
Nina