quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Ich bin ein Berliner...

Berlim é um caso à parte entre todas as (belíssimas) cidades alemãs.
E é-o pela carga histórica que comporta.

Após o final da II Guerra Mundial, quando à antiga URSS coube o domínio da parte oriental da Alemanha, iniciou-se uma nova contenda, a Guerra Fria.
Do encontro dos vencedores resultou a divisão da Alemanha  que perduraria até  1989, ano em que foi derrubado o Muro de Berlim.

Churchill, Truman e Stalin ...
Tão amigos que nós éramos!


A contrução do Muro de Berlim viria a agudizar a tensão existente.
Foi então que apareceu um príncipe, um paladino, um herói que ainda hoje, muitos anos após a sua morte,sobrevive,  perdurando como mito:
John F. Kennedy!
O presidente sedutor!
O estadista!
O herói americano!
O sedutor, o sedutor, o sedutor ...


Da sua visita a Berlim, em 1963, do discurso inflamado que produziu, para a história ficou a declaração genial

-Ich bin ein Berliner!
(Eu sou um berlinense)

Com esta declaração, Kennedy incluia-se na Berlim Ocidental, um enclave no território comunista, cujos habitantes temiam a ofensiva e ocupação russa.

-Ich bin ein Berliner!
Isto é, como todos os cidadãos livres, onde quer que se encontrassem, também J.F. Kennedy enfatizava o seu apoio a Berlim Ocidental.

Foto da época.
O check poin Charlie, local de passagem entre as duas Berlim.

Neste ponto, existe hoje um museu notável.
Documenta os truques  utilizados para fugir da parte oriental para a ocidental.
Não é um museu "bonito"
É um museu épico.
Que emociona e arrepia perante a coragem quase absurda de quem punha em risco a vida para alcançar a liberdade.

O mapa da divisão ...
... que terminou, como sempre acabam por terminar, esmagadas pela própria brutalidade, as decisões despóticas e irracionais.

Este não foi, bem sei, um post que permita viagens ao pensamento.
Acontece que, às vezes, é preciso focar o julgamento, focar o raciocínio e ... vá lá! ... suspirar e repetir:
-Ich bin ein Berliner!

Beijo
Nina