sábado, 24 de março de 2012

João Pessoa, Porta do Sol


Saindo da zona antiga da cidade, dir-se-ia que um túnel do tempo é atravessado.


Para trás, são deixados edifícios preciosos, mantidos impecáveis no mais ínfimo detalhe ...

...alcançando-se uma zona super moderna, recheada de obras de arte contemporâneas, das quais, o cavalo marinho que ao fundo se vislumbra, constitui, apenas, um detalhe.

Nesta praça, junto à lagoa, uma rotunda ostenta um conjunto escultórico repleto de simbolismo.


Subindo, depois, uma suave encosta, atinge-se o Cabo Branco, local de uma exuberante beleza natural, ilustrada pelo soneto que, como guardador do espaço, assim nos acolhe.

E a vista é esta, magnífica, imensa, a perder de vista.

A paragem está prevista para antes de almoço, hora a que a fome aperta e a resistência sucumbe face à oferta de sublimes sorvetes.
O de caipirinha (com cachaça...) merece odes, epopeias!!! É divino!
Cai no estômago vazio e, diretamente, entra na veia.
O mundo torna-se, então, um local  de todos os delírios.
As asas irrompem no dorso e, na mente, instala-se a certeza inabalável que podemos voar!
Juro, sem sombra de arrependimento, que a experiência merece a condenação pelo pecado da gula!

É então que, documental e comprovadamente, adquirimos a certeza de que nos encontrámos na PORTA DO SOL.
Com efeito, este, o CABO DO SEIXAS é o local mais oriental do continente americano, o primeiro a ser tocado pelos raios do sol, na aurora.

Descendo, em direção ao restaurante, este fabuloso edifício de Nyemeir, cruza-se connosco.

E, lá ao fundo, vislumbra-se a cidade moderna, airosa, pujante de vida.

Concluído o almoço, houve tempo para vaguear e, por sorte, encontrávamo-nos bem perto do mercado de frutos que, confesso, exerce um fascínio profundo sobre mim.


É uma mostra dos costumes do povo, uma informação preciosa sobre os seus hábitos de vida ...

... mas é também um pólo de atrção onde brincam todos os perfumes ...

onde se conjugam todos os formatos ...

...onde se abraçam todas as cores...

... e se sugerem todos os sabores.

Não sei o que um museu, de portas fechadas e ingresso pago, tem para oferecer mais do que um mercado de rua.
Interessa-me muito mais o cotidiano atual do que as reminiscências do passado ... que me perdoem os puristas mais cultos.
Facto é que este amontoado de cores e sabores me hipnotiza e seduz.

Beijos
Nina