segunda-feira, 11 de maio de 2020

Junto ao mar

 Ontem, aproveitando a manhã com sol, dei um passeio de 1 hora junto ao mar. Foi revigorante. Nem o vento me incomodou. Incomodaram-me mais as gentes. Em magotes, sem máscara faziam como o caracol, que "põe os corninhos ao sol".
Mas será assim tão transcendente, tão inacessível, colocar uma máscara?
Depois, havia aqueles (energúmenos) que corriam e arfavam sem cerimónia.
Sem cerimónia, cobria o rosto e afastava-me da sua rota idiota.
É que não tenho paciência para quem se faz de surdo. Então ainda não entenderam? Não entenderam que sem tratamento ou vacina, o barco pode de repente afundar?


Foi um desabafo, porque a caminhada soube-me pela vida.
Notei uma diferença enorme nas dunas que, neste momento, se encontram revestidas por densa vegetação

Cheirava tão bem! A mar, a sargaço e a uma mistura de perfumes magnífica.

Ouvi dizer que esta paragem global permitiu o que há muito não era possível - avistar os Himalaias  a partir da Índia. Pena que a outra face da moeda tenha o terrível preço que tanto nos apavora.

E é isto!
Mais um dia em casa, ocupadíssima, de tal modo que não consegui cumprir todas as tarefas agendadas. Desconfio que estou a ficar com a mania das limpezas. Cruzes! Era só o que me faltava. O certo é que decidira passar a ferro o monte de roupa acumulada. Mas não! Ainda não foi desta.
Entretanto, descobri um artefacto guardado nas profundezas  da despensa - uma máquina de passar a ferro que, em tempos (muito) idos foi o meu braço direito, quando as crianças produziam roupa suja a uma velocidade estonteante. Agora, sem crianças, continuo acumulando roupa.
Amanhã trato-lhe da saúde se a maquineta ainda funcionar.
Ainda vou ser uma dona de casa perfeita. Receio.

Beijo
Nina