sábado, 27 de novembro de 2021

Sábado com sol




 Céu azul e sol a brilhar, porém o vento norte gelado, cortante transformou o dia num perfeito glaciar, um daqueles dias em que camisola/blusa, sobrepostas, mais casaco, mais cachecol, mais gorro, mais luvas, sem esquecer as meias de lã e as botas.

A máscara imposta pela pandemia era mais um acessório que, ao contrário dos outros dias, não incomodava, antes protegia o nariz, a boca e o queixo.
Não se podia andar na rua, literalmente.
Ainda assim, no decorrer de um passeio de carro até à Costa Nova, ainda arrisquei uma saída em Esmoriz  para fotografar um Oceano irado.
Agora gravo estas memórias frente a uma lareira de chamas reconfortantemente elevadas.
Boa noite!
Que seja quente e tranquila no conforto do lar.
Até amanhã.

Beijo 
Nina

sábado, 20 de novembro de 2021

Outono na montanha

 Acho que o fulgor do Outono está a terminar. As árvores que ainda há uma ou duas semanas eram douradas ou rubras, em fogo, em labaredas,  começam a despir-se, perdendo as folhas.

Hoje ainda encontrei algumas manchas coloridas, mas o que mais vi foi o solo recoberto por densa manta de folhas. Foi no Soajo, onde uma vez mais regressei.


São bolotas e muitas folhas mortas ...


No centro da vila revi os impressionantes, os majestosos espigueiros




Implantados sobre um penedo descomunal, são muitos. Interrogo-me se continuam a ser utilizados para guardar o grão dos cereais ou se apenas permanecem como testemunhas mudas de outros tempos


Bem perto, o Lindoso com o seu imponente castelo:








A entrada é livre e a vista a partir das muralhas, magnífica:




Aldeias perdidas na imensidão da serra. Se calhar desertas, mas, ainda assim, atrativas - como será viver no silêncio quase absoluto, longe da trepidação citadina?

No regresso, descobri um pedaço do paraíso - Entre ambos os rios - uma localidade perto de Ponte da Barca que, como o nome sugere é atravessdo por dois rios, o Lima e o Tamente.


A vista é esta, assim de paradisíaca




Os adoradores do campismo têm aqui um camping que entre outras vantagens, oferece esta vista

Quero voltar.
 Não para acampar que não é atividade que me seduza. 
Quero voltar para me perder por estes trilhos, quero voltar para encher os olhos com este espetáculo, quero voltar porque mergulhar neste ambiente de pura beleza, só pode fazer bem à alma.

Beijo
Nina






quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Chuchus

 Cheia de dúvidas - a começar pela grafia correta, “chuchu” ou “Xuxu” ,? chuchu, dizem os puristas -  porque cheia de chuchus:




Foi uma prenda, o tipo de prenda de que mais gosto - comida, comida da horta, sem conservantes nem aditivos.

Dois sacos enormes a que dar destino para que nenhum se estrague - que pecado!

Portanto tarefa pesada me aguarda - descascar  toda esta produção. Luvas são imprescindíveis porque, de tão adstringentes desidratam as mãos. 

Uma vez descascados e cortados em pedaços, serão congelados. A seguir, sopa com eles. Sopa porque é o único método que domino para os utilizar, mas se calhar há outros …

Sim?

Quais?

Como?

Vamos trocar informação?

Venham daí sugestões s.f.f.

Grata❤️

Beijinhos 

Nina 

terça-feira, 9 de novembro de 2021

E as moscas?

 Refiro-me às moscas minúsculas, quase invisíveis, mas profundamente irritantes que esvoaçam perto da fruta. Acho que são sazonais, as antipáticas! Porém este ano, persistem em enervar-me, as parvas. São as alterações climáticas, por certo, que, produzindo estes verões tardios, com dias ensolarados e quentes, que lhes baralham as ideias - a elas, às moscas da fruta.

Já desisti da minha composição colorida e perfumada na mesa da cozinha. Desisti! Rendi-me derrotada.

Agora toda a fruta permanece no frigorífico ou fechada na despensa. Ainda assim, as infelizes perduram. 

Não sei que lhes faça. Limito-me a detestá-las. Para mais, li algures, que cada uma pode reproduzir 500. É muita mosca para uma pessoa só.

Que fazer?

Que fazem?

Que aconselham?

Inseticida, não! Está-se mesmo a ver que não! Não quero cá inseticida na cozinha.

Terei que aguardar os rigores do Inverno?

Aí, sei que não sobrevivem, mas, convenhamos, em pleno século XXI é decepcionante concluir que não vencemos as moscas da fruta.

É isto que hoje me cabe dizer.

Fico à espera de sugestões, soluções, sortilégios.

O que vier será bem vindo.

Muito agradecida.


Beijo

Nina


segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Aspirador

 Sendo imprescindível, é um aparelho pesado que se torna muito cansativo. Exige uma série de acessórios, exige um local para ser arrumado, exige paciência. Detesto aspirar, melhor dizendo, detestava aspirar. Não é que agora goste, mas faço-o com uma perna às costas, desde que descobri a última geração desta geringonça - ainda as há que funcionam, como a seguir demonstrarei.

Comecei pelo robot que, sozinho percorria a casa. Eu assistia. Crítica. Muito crítica. É que a coisa funcionará  talvez, num espaço despojado, o que não é de modo nenhum o meu caso. Gosto de tapetes, adoro carpetes e sofás e poltronas e mesas de apoio e cortinas e cortinados, só obstáculos para o robot. Não, não aprovei. Despachei-o quando conclui da sua inoperância.

Falaram-me então de um vertical, sem fios, sem saco de lixo. Averiguei, troquei impressões com vendedores e proprietários e arrisquei. Comprei um Dyson. Carote,  sem dúvida, mas vale cada euro.

Exemplo vivo de uma geringonça funcionante, astuta, adapta-se ao pavimento, leve como uma pena desliza sem esforço, possui um depósito para o lixo que se esvazia quando necessário , sem fios, arruma-se sem manobras de espaço, em suma, a perfeição feita aspirador.


De uma amiga, Norma, recebi a informação que , para as janelas, adquirira um robot plenamente satisfatório. Vou averiguar, dedicar-me de corpo e alma a esse assunto, já que as janelas constituem o tipo de atividade  para a qual efetivamente sou uma nulidade.

Por aí, como resolvem o berbicacho das janelas?

Contem-me tudo, por favor.

Em tempos comprei um aparelhómetro constituído por dois ímanes que funcionava simultaneamente no interior e no exterior da vidraça, isto é, enquanto limpava o interior, graças aos imanes, o exterior ficava também limpo. Só que com janelas de vidro duplo o íman não funciona.

Os novos robot, pelo que vi, podem até ser bem sucedidos.  Não quero, porém, arriscar este tipo de compra on-line. Seguramente que em breve será possível encontrá- los fisicamente.

Até lá, esperamos que a chuva faça o papel que lhe compete e deixe os vidros cintilantes.


Beijo 


Nina

domingo, 7 de novembro de 2021

Sem empregada

Quando começou a pandemia e o confinamento nos foi imposto, dispensei a empregada que trabalhava comigo há anos. Na altura imaginava que seria uma situação temporária que ultrapassaríamos com a chegada das vacinas. E assim conversámos e assim combinámos. Restringi os contactos ao mínimo dos mínimos e até as compras do supermercado me eram deixadas à porta por funcionários tão espavoridos quanto eu.


Entretanto fomos quase todos vacinados e a hipótese de retomar as antigas rotinas - leia-se, admitir a presença de uma empregada, tornou-se profundamente incómoda. Teria que ser uma pessoa diferente dado que a a antiga, por razões várias, ficara indisponível.


A perspectiva de uma estranha a quem teria de mostrar o que dela esperava, a partir do zero, definitivamente não me agradava, não me apetecia ... nem de graça. Conquistei esta autonomia tão boa, esta privacidade tão preciosa que - está decido! - não quero empregada.

É claro que esta independência tem custos! É claro que o quotidiano exige , em média, 2 horas que dedico às lides domésticas. Não há como negá-lo! Mas tenho aprendido tanto, tenho desenvolvido uma capacidade de organização que não suspeitava possuir. Todos os dias faço descobertas. Todas elas no sentido de facilitar a vida sem abdicar de uma casa limpa e confortável, onde se está bem, se come bem e onde há tempo para tudo.


Eu que tão arredada tenho andado do blog, senti , de repente, o chamamento. Voltei. Sabia que ia voltar. Não me enganei.


A maioria das mulheres  vive esta realidade desde sempre, bem sei. Só para mim é novidade. Ainda assim acho que poderei partilhar dicas que facilitam o dia a dia e desdramatizar tarefas comezinhas que roubam qualidade ao nosso tempo. 

É o que tenciono fazer, sem pretenões de quem está a descobrir a pólvora. Pelo contrário, fico à espera de sugestões de quem, seguramente, é muito mais competente do que eu.


Beijo

Nina