quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Orquídeas, sem dúvida!


Neste capítulo, estou segura! Reconheço as orquídeas, sem hesitação, sem dúvida!
Rectificando ... reconheço as minhas orquídeas pois a variedade, nesse capítulo, é imensa e, quem sou eu, que dou palpites em tudo, em tudo descobrindo irresistíveis desafios, repito, quem sou eu, para afirmar do alto da minha ignorância, que sem medo de erro, identifico AS ORQUÍDEAS?
Rectificação feita, passemos aos factos.
Tenho alma de agricultora, vá, pelo menos de jardineira!
Gosto de terra, de sementes, de plantas, de me maravilhar com a sua evolução, de ter ideias!
Gosto!
Mas, bicho de cidade, vivo no último andar de um edifício de cidade!
Sortuda, no meio do asfalto, disponho de um terraço a que chamo, (tonta!) jardim.
Vaidosa, já o mostrei repetidas vezes.
E ele são alfaces, ele são rabanetes, ele são ervas de cheiro, ele são orquídeas.
Nos três vasos que as contêm, crescem lindas e pujantes as minhas belas orquídeas.
Sempre no frio, quanto mais frio, mais viçosas.
 É, então, por Dezembro e Janeiro que, no meu jardim, se faz festa!
A princípio, timidamente, em botões verdes que, em cacho, enfeitam caules carnudos.
Depois, uma espreita, abrindo, timidamente, as pálpebras cerradas. E o processo põe-se, imparável, em marcha.
Uma após outra, todas, se abrem em doces sorrisos, em meigos olhares.
Impante de orgulho, encho o peito de alegria e convenço-me que, de algum modo, participei na festa.
E lá ficam, semanas, meses, alegrando o meu jardim!


Acontece que este Janeiro foi o mês de todas as tormentas, de todas as inclementes chuvadas, de todos os vendavais.
Receosa, olhava com preocupação as minhas indefesas meninas.
Todas as manhãs havia baixas. Feridas, tombavam durante a noite.
Algo havia que ser feito.
Cheia de pena, com um nó na garganta, cortei-as.
Vieram para o meu quarto.

Parecem felizes.
Eu, ganhei sossego, tranquilidade e este bom dia assim que abro os olhos!

Beijo
Nina