Na sabedoria popular, as virtudes da canja de galinha são um dado adquirido.
Como as cautelas e os caldos, as canjas de galinha nunca fizeram mal a ninguém e, como se sabe, eram panaceia para uma imensidade de mazelas, desde as constipações e gripes, até ao tratamento retemperador dado às parturientes que, noutros tempos, quando havia tempo ( e parturientes que, dada a baixíssima taxa de natalidade, quase se extinguiram), durante um mês, eram alimentadas com a sopinha milagrosa.
Estudos recentes parecem comprovar o poder anti-inflamatório do caldinho!
Pessoalmente, acho imensamente retemperadora, a canja, quando, como agora, em estado pós-gripal, nada me apetece, como com gosto, uma canjinha!
Associo-a, ainda, a tratamento aconchegante da alma, mais ainda do que o chá, de que sou fervorosa apreciadora.
A galinha, bem cozida, é desfiada, flutuando, harmoniosamente entre "eles, emes, tês, e todas as letras do alfabeto" |
Não como regularmente canja. Deve ser por isso que me sabe tão bem quando a preparo.
Curiosamente, esta associação da canja ao bem-estar é um conceito muito amplo e não apenas português.
Neste momento, encontro-me mergulhada na ação de um "thriller" inglês com tanto de cativante quanto de assustador. Nele, a protagonista, uma mulher com distúrbio obsessivo-compulsivo, vítima de violência doméstica, encontra, a dada altura, apaziguamento para a sua angústia, precisamente na canja.
A leitura desta passagem de "O buraco mais escuro" despoletou em mim a vontade irreprimível de comer canja.
Fui para a cozinha e improvisei.
Piquei uma cebola e deixei que fritasse ligeiramente em azeite.
Acrescentei água e, quando ferveu, juntei a (parte da) galinha até cozer completamente.
Retirei a pele e os ossos e desfiei.
Na água da cozedura lancei uma mão cheia de massinha de letras. Temperei com sal e juntei a ave.
Servi com umas folhinhas de manjericão.
E confirmei:
- É absolutamente deliciosa e reconfortante, mesmo quando preparada assim, simplezinha, sem imaginação, sem pretensões!
E um ato da mais elementar justiça, tecer-lhe os elogios que merece.
Beijo
Nina
Ambas muito boas, mesmo: a canja e a narrativa!
ResponderEliminarAlegra-me saber que estás melhor.
Conheço muitas pessoas que põem hortelã na canja, por acaso eu ponho um pouco de sumo de limão, já no prato.
Tem uma noite serena.
Beijinhos
Nina querida,
ResponderEliminarNão aprecio muito a canja, mas devo dizer que a sua receita resultou deliciosa e decorada com folhinhas de hortelã ficou linda de se ver!
Amiga querida, desculpe minha longa ausência e fiquei muito feliz com sua visita, obrigada!
Quanto à lareira, explico: dadas as dimensões continentais do meu país ele tem características climáticas bem diferentes, dependendo da região onde se vive. Há regiões onde nunca faz frio (Norte e Nordeste); outras em que faz frio e calor, dependendo da estação do ano e outras ainda (Sudeste e Sul) onde há cidades em que o inverno é bastante rigoroso, chegando a fazer temperaturas abaixo de 10 graus e neve. Em Holambra o inverno é ameno, mas há semanas em que o frio é intenso e apetece acender a lareira. Mas, infelizmente, esse prazer tem dias contados e é somente uma vez ao ano! Mas próximo daqui há cidadezinhas onde o frio do inverno é áspero, intenso, como Campos do Jordão, área de montanhas. Lá, com toda certeza, lareiras são comuns!
À propósito, está fazendo um calor infernal por aqui!!! Ai, que saudade do inverno...
Beijão
Ju
Olá Nina.
ResponderEliminarDiz-se na minha terra que cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém.
Beijos**
Oi Nina!!!
ResponderEliminarAdoro canja!!! Aqui tb conheço por este nome!!!
Aqui em casa faço mais sopão, com tudo que tenho direito, até alho poró!!! As crianças torcem o nariz mas acabam comendo!!! Rsrsrs!!!
Espero que esteja bem!!! Depois dessa canjinha quente, não tem resfriado que resista!!!
Bjos!!! Tenha uma linda semana!!!
Olá, Nina, como vai? Eu adoro uma canja quentinha, especialmente no inverno. Faço do modo tradicional, com arroz e coloco umas batatinhas para ajudar. Achei muito chique o acréscimo da erva para perfumar o caldo. Eu também já li que há de fato propriedades terapêuticas na canja da vovó. Um abraço!
ResponderEliminarAcabámos e comer uma feita por mim com uma galinha do quintal dos meus pais.
ResponderEliminarAdorei saber-te melhor!
ResponderEliminarGosto de canja...cai sempre bem!
A tua receita deve ser bem saborosa.
As fotos estão belas e "apetitosas".
Beijinhos.
uauuuu, deu água na boca! Esta canja aquece o corpo e alenta a alma!
ResponderEliminaroi Nina,canja me lembra a minha infancia,quando as mulheres ganhava nene,as crianças fiicava dodoi,e uma delicia, a que minha vo fazia...a historia da canja e bem interessante...bom fim de tarde.bjus no coraçao!!!!!!!!cris
ResponderEliminarGosto muito de canja e normalmente faço-a com massa (aletria).
ResponderEliminarFico contente por saber que já estás a melhorar. Estas gripes deixam as pessoas completamente fragilizadas.
Beijinhos e boa semana.
Ai Nina, canja de galinha me lembra quando voltava pra casa depois de ter tido meus bebês e minha mãe me aguardava com uma canja de galinha deliciosa, não vejo a hora de ir para Bauru onde ela mora, saudades da minha "véinha".... beijosss!!!
ResponderEliminarOi Nina! Minha mãe faz uma canja deliciosa! Passei p desejar uma ótima semana, paz! Beijos doces!
ResponderEliminarEu adoro uma boa canja :)
ResponderEliminarSem Jeito Nenhum Blog
En el Perú, el caldo de gallina es un plato muy popular. Le dicen "levantamuertos", pues es costumbre servirlo al terminar fiestas de esas que duran toda la noche.
ResponderEliminarOlá nina!!! Adoro canja e já tinha lido que os ingredientes q são usados é ótimo mesmo...
ResponderEliminarbjinhos e boa semana
rose jp
Lendo isso, quase volto a cozinha, agora a noite para fazer uma canja, com arroz ou com macarrão para sopas.
ResponderEliminarAdorooooooo.
São nove da manhã, e cá no norte não destoa comer um belo prato ao acordar.
ResponderEliminarEu nunca o fiz, mas conheço quem o faça, e não saem de casa sem um pequeno almoço de colher e copo na mesa.
Eu adoro canja, mas como tu não a como muitas vezes.
Em casa da minha mãe era só em dias de festas. Por isso a associo a uma época especial, no entanto como-a sempre que me apetece e sabe-me sempre tão bem.
Por isso agora comia um pratinho, se faz favor.
Beijinhos
Bom dia Nina, uma delícia mesmo a canja com esses atributos todos que menciona! Também sou fã desse delicioso manjar (e que saudades das sopinhas de letras com galinha caseiira) cujo aroma e sabor me remetem para una canja a que Eça. se refere no seu romance A cidade e as Serras! Gostos e paladares tão nossos. Desejo que hoje já sinta os efeitos benéficos desse caldínho com tão bom aspecto que nos mostrou. Ótimo dia. Beijinhos Ailime
ResponderEliminarque bom! adoro!
ResponderEliminarGosto muito de canja e sempre tive a sorte de ter frangos caseiro para prepar tão belo manjar.
ResponderEliminarOh, Nina, your soup looks so delicious! I love basil with chicken soup - it's the perfect accompaniment, don't you think?
ResponderEliminarYou are such a good cook because you can put together a beautiful dish so easily!
Conheço o ditado citado pela aluap e concordo contigo, adoro canja e tb me remete a infância e claro que é o prato lembrado para qualquer que seja o reestabelecimento, agora eu já prefiro com o arroz mesmo.
ResponderEliminarMelhoras.
bjs
Edi
meuladoarteiroblogspot.com.br
Nina...por aqui fazem-se muitas canjas!
ResponderEliminarHabitualmente...a família gosta com cuscus...cebolinho...alho...salsa...coentros e galinha desfiada...umas maravilhas!
Adorei as sugestões!
Boa semana e tudo de bom!
Olá Nina! Eu também adoro canja, pena que temos poucas oportunidades de tomar sopinhas por aqui devido ao forte calor. Espero que esteja melhorando de sua gripe. beijos
ResponderEliminarHoje , não sabia o que fazer fiz , uma canja , que delícia,
ResponderEliminaré revigorante.
bjs
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Ah...canja... :) Um caldo para a alma, Nina!! Nunca de arroz! :) Beijinho
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