domingo, 6 de maio de 2012

Dia da Mãe


Sabendo muito bem que por detrás deste dia está uma muito bem montada máquina comercial, sabendo isso, ainda assim, não consigo deixar de me sentir um pouco nostálgica, vivendo este dia, não como uma homenagem a mim, mas como uma homenagem à minha mãe  que há muito partiu.
Mas estas são complicações secretas da minha cabeça que só aqui exteriorizo.
Assim, festa é festa e, portanto, reunimo-nos num almoço ou jantar festivo, preferencialmente em casa, que não tenho paciência para multidões invadindo restaurantes.
Este ano será jantar e tudo está a postos.


Mesa posta com sobremesas expostas.

Salada de fruta, aletria e um bolo de chocolate.

A aletria é um doce tradicional português, uma sobremesa de colher que sempre evitei por me desagradar a consistência demasiado sólida, de sabão...
Descobri, porém, como fazer aletria cremosa, que escorre da colher como se de ovos moles se tratasse.
É um sucesso!


Esta salada de fruta, variadíssima, fecha com chave de ouro o jantar e deixa-nos a impressão enganosa  de que não cometemos o pecado da gula.

A toalha que recobre a mesa é roxa , logo, as flores também o são.


Louça, copos, talheres e guardanapos são de uso diário. Apenas a argola lhes empresta um ar festivo.
Terminado o jantar, vai tudo para a máquina, sem complicações de lavar preciosidades à mão.

Umas velinhas emprestam sempre uma certa magia ao ambiente. Por que não usar e abusar delas?

Assim, com uns simples truques, a mesa de todos os dias ganha sortilégios de gala.

Feliz Dia da Mãe!

Beijo
Nina

sábado, 5 de maio de 2012

A austeridade!


Essa bruxa malvada está aí, por todo o lado, instalada, ameaçando ficar indefinidamente entre nós, aterrorizando, levando, mesmo os   mais afoitos, a levantarem o pé, a abrandarem a marcha do consumo, porque não se sabe como é que tudo isto vai terminar.
Apesar do cenário negro, a vida continua e todas as manhãs nos levantamos, saímos para trabalhar, convivemos, olhamos uns para os outros.
Ora, tenho para mim que o sentimento que socialmente  nos une é do mais contagioso que existe, sendo que, se negativo se espalha como uma praga.
Bom, bom, era que todos tivéssemos a auto-estima do Mourinho, que, ganhando ou perdendo, não perde a pose, aplicando-nos verdadeiras injeções de ânimo.
Mas não somos, somos apenas o que somos, mas, ainda assim, podemos gerir o que possuímos.
Vem este discurso a propósito das possibilidades de quase cozinhar omeletes sem  ovos, ou parecer bem com o que se tem, seguindo os sábios princípios das não consumidoras.
Não gastar é, portanto, a palavra de ordem, sem que tal signifique que, andrajosas e infelizes, circulemos entre os nossos pares.
Com uma roupinha secular ( esta tem muitos anos...), é facilmente possível sentirmo-nos bem o que é meio caminho andado para que os outros nos achem bem.
Não pretendendo ser modelo a seguir, mostro, apenas, um exemplo do que acabo de referir. 


Blusa azul e saia cinza, com adereços combinando entre si.

O blazer de veludo azul protege e completa o conjunto


Por acaso o anel, que já não sei como me chegou às mãos, é do mesmo tom ...

... assim como a écharpe ...

... enfeitada com uns berloques que reafirmam:
Aqui vai  uma mulher vaidosa,  que se cuida e que tenciona seguir em frente apesar da austeridade. 

Acho que é um estado de espírito, uma atitude, uma postura assumida, independentemente do dinheiro que se tem ou não.
Li hoje,  neste blog, um texto muito bem escrito,  que faz que pensar, cuja leitura aconselho e que desenvolve este mesmo tema.

Beijo
Nina

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A camponesa que habita em mim ...

... suspira por uma horta, um pedacinho de terreno onde pudesse mexer na terra, plantar e colher, libertando-me um pouco da ditadora das grandes superfícies onde compramos maçãs colhidas e mantidas em estufa há meses, onde tudo é calibrado,  sem sabor nem odor.
Inscrevi-me na HORTA À PORTA, que promete um pequeno talhão de terreno, na área da residência. Acontece que a procura supera a oferta e, por isso, encontro-me em lista de espera há mais de 2 anos.
À minha frente, tenho 50 pessoas, o que significa que continuarei a depender completamente dos  hipermercados, instituições com cuja política, alicerçada no esmagamento dos produtores, discordo totalmente.
A discussão sobre esta temática mantem-se viva, mas receio que por pouco tempo. É só aparecer outra promoção com 50% de desconto que tudo será perdoado.
Não me apetece falar mais no assunto, tanto mais que este já teve excessivo tempo de antena.
O que me apetece é reafirmar a minha apetência pelo tal talhão que permitirá soltar a camponesa que 
habita em mim.

Entretanto, de uma amiga querida, cujo horário de trabalho começa às 9 da manhã e termina quando pode, recebo estes mimos:

Alfaces e couve portuguesa, daquela com que se cozinha o verdadeiro caldo verde.

A minha amiga possui um terreno que cultiva durante o único período livre de que dispõe, o fim de semana.
Afiança que é o melhor antidepressivo que conhece.

As cebolas, ainda trazem terra. Estas cheiram mesmo a cebola.

Apetecia-me , com estas delícias, compor um centro de mesa ...

... mas não! Vou comê-las!

As cores das alfaces afiançam que o sol , o verdadeiro sol as iluminou e não uma qualquer luz artificial.
Vou telefonar para  A HORTA À PORTA!
Sou tão insistente que já me identificam pela voz, mas, creio que há, entre mim e a atendedora, alguma empatia, já que sempre me aconselha a não desistir e me anima com um "está quase...!
Beijos
Nina

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Aproveitamento de espaço

Confesso que tenho uma certa obsessão com a arrumação. Encanta-me a organização e o aproveitamento do espaço.
Pareceu-me genial, o verdadeiro ovo de Colombo, a sugestão de Martha Stewart que,  num ambiente super clean, relembra que debaixo da cama existe uma volumetria a explorar.


As gavetas com rodinhas, são caixas que comportam uma imensa quantidade de roupas dobradas.


Porém, pessoalmente, optaria por uma solução ainda mais convincente. Com caixas em plástico, que fecham hermeticamente, também dotadas de rodinhas, garante-se que as roupas guardadas se conservam sem  ponta de pó.
Talvez transmita esta sugestão a Martha Stewarty, como up-grade da sua proposta :-) ! 
Why not?

Beijos
Nina

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Era uma miragem ..


... que eu seguia e perseguia, lendo e relendo o PAP, tentando decifrar as instruções uma e outra vez.
Infelizmente, no final de cada leitura, dúvidas e mais dúvidas subsistiam no meu espírito e a percepção  final era que, grande parte das instruções não faziam sentido, atendendendo aos meus incipientes conhecimentos..
Foi aqui que encontrei o desafio.
Cinária Mendes é uma artista que visito assiduamente, uma costureira cheia de bom gosto e muito talento, capaz de despertar o interesse das caloiras mais iniciantes como eu.
Quando vi a CESTINHA DE TECIDO, foi assim como que uma espécie de amor à primeira vista.
O PAP é cristalino nas explicações que fornece e quem, como eu, se intimidar, deve arregaçar as mangas e ir em frente, porque entre instruções e fotos, acaba por chegar a bom porto.


Não é irresistível?

Cheia de detalhes! Os botões são um pormenor que completam o charme  do conjunto.

O interior é costurado num retalho de tecido que parece não ter fim e que custou cerca de 2 €

Se me fosse oferecida esta gracinha iria adorar.

Acontece que é minha e já tem destino.

Guarda, cheia de graça, toalhas na bancada de uma casa de banho.

Devo dizer que, por muito que me encante esta beleza, considero que posso fazer melhor, variar as dimensões e costurar muiiiitas mais, para mim e para oferecer, que, afinal, é o destino que costumo dar a estas coisinhas preciosas, únicas, irrepetíveis e impossíveis de comprar.

Beijos
Nina

IMPORTANTE !!!





Se me seguirem, por favor, deixem o vosso link na caixa de comentários para que possa seguir também o vosso blog!


Doutro modo, ser-me-á  impossível retribuir a gentileza. 

Obrigada!


Nina




terça-feira, 1 de maio de 2012

Faturando!

Já disse que costurar é um grande negócio, já fiz contas, somei o que não paguei à costureira e estou perto de amealhar uma pequena fortuna ... passo o exagero!
Mas continuo na minha, costurar compensa e quanto mais se costura, mais fácil é a empreitada e mais perfeito sai o trabalho. Aqui onde me vêem ainda sou menina para vir a confecionar umas roupinhas.
Pois bem, a saia linda, maravilhosa, coral/tangerina varria o chão de tão comprida. Havia que subir a bainha.
Há uns tempos atrás não me atreveria, com este tecido fininho e frágil que não admite batota, porém, longe vai o tempo em que tal ousadia me tiraria o sono.
Fui-me a ela, medi, alfinetei e alinhavei, assim:



Depois, copiei o acabamento:

Uma bainha feita à máquina.
 Numa palavra:
IMPECÁVEL!!!

Estas calças estavam demasiado compridas, talvez porque, atualmente, a altura dos meus saltos diminuíram.
Atendendo, porém, a que não foram baratas, dava-me jeito não as estragar...

... e não estraguei! Estão perfeitas!
 Precisava ainda de mudar o forro desta almofada cujo tecido, além de velho e feio, não condiz com o ambiente a que se destina.

Com as suas curvas e reentrâncias intimidou-me.

Porém, como não tinha nada a perder e tudo a ganhar, meti mãos à obra.

Ficou muito aceitável e encaixará como uma luva no meu mundo verde .

Os laçarotes, tontos, prenderão a almofada à cadeira.

Limitei-me a usar retalhos de retalhos que teimam em persistir.
Gosto do resultado final.

Para uma tarde de feriado passada em casa, o balanço é reconfortante para quem, até  há pouco tempo se limitava a partir agulhas e conseguia, frequentemente, o prodígio de mastigar  o tecido que era abocanhado e triturado nas entranhas da máquina de costura.
Vencida que foi a frustração e constatação humilhante da minha mais profunda incapacidade, aconselho este  desafio que, ultrapassados os inevitáveis fracassos, se torna imensamente gratificante.
Por favor, costurem!

Beijos
Nina