quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vento!


Está vento, muito vento.
Mesmo antes de, pela manhã, abrir a janela, sei que ele está lá, forte, quase irado, abanando e sacudindo as pesadas folhas das palmeiras.
Porém, desde que haja sol, depois deste inverno que invadiu a primavera, repito, desde que haja sol, está tudo bem.
E, apesar da ventania, o sol tem sido generoso.


Cá estão elas, enlouquecidas, dançando uma valsa caótica.
Na praia, o milagroso para-vento faz milagres. Na sua enorme fragilidade, produz mesmo uma zona calma, onde o vento não penetra e os banhos de sol, acompanhados de leituras empolgantes, são momentos deliciosos.
Para um mergulho, há que enfrentar a intempérie, mas, a seguir, o regresso à ilha de sol e calmaria é ainda mais apetecível.

Pelas 5 da tarde é o regresso ao hotel, ao banho, ao repouso antes do jantar.
Esta espécie de túnica/vestido compõe um visual bem estival completado pelo chapéu que protege cara e cabelo, escondendo a desgraça do seu mau aspeto, inevitável em tempo de praia.

Quando o sol se põe, o vento apazigua e o céu enfeita-se:

Colorindo-se desvairado!

Desafiando cada um a ler nas suas cores o tempo que o dia de amanhã nos trará.
Oxalá venha sol!

Beijos
Nina

terça-feira, 19 de junho de 2012

Nuvens ...

... montanhas de nuvens, nem um fiozinho azul se via esta manhã!
Mas não chovia!
Logo, tínhamos uma belíssima oportunidade para ler todos os jornais, numa aconchegante esplanada defronte ao mar.
Até ao meio dia manteve-se o cenário e, esgotadas as leituras, deu para uma longa caminhada no areal.
Depois, o sol rompeu, quente e lindo.
E com o sol, um gelado mergulho no mar.
Logo, o dia de praia, foi salvo.



Este vestidinho veio de uma loja chinesa a troco de 10 inacreditáveis €
Aproveito as fugas para a praia para dar uso a este género de vestimenta que, no dia a dia, são tudo menos práticas, enquanto que, neste ambiente, conferem um inegável  ar de férias.

Beijo
Nina

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Sol!


Finalmente!
Sol, praia, vestidos leves, roupinha alegre.



Este longo florido é meu há muitos anos.
Para além de todas as vantagens, controlar assim o peso, é um método muito reconfortante.
 Quando, no início de cada estação, me interrogo se me meterei nos modelitos passados e consigo, é das constatações mais felizes que se obtêm.

O cinto é opcional.
Mas  que atualiza o perfil, na minha opinião, atualiza.

Este é polivalente e usa-se em mil combinações.

Jeans ou um look hyppie, brincam direitinho com este acessório.

Por aqui, à noite, a diversão escasseia, exatamente como eu gosto.
Porém, desta vez, franzi a testa descontente com uma feira de artesanato, mas principalmente com um palco que ameaçava animação.
Ainda assim, fui espreitar:


A cortiça é a matéria prima.
Há de tudo, até a apologia de um clube de futebol.

Miniaturas de barcos, notáveis.



Linda, muito linda a olaria em peças coloridas

Frutos de massa de amêndoa, típicos do Algarve

Os figos secos, recheados com amêndoa

A mesma matéria prima conjugada de uma forma mais elaborada

Para dizer a verdade, não gosto particularmente destas feiras. Acho que os princípios são adulterados visando o lucro fácil. Para piorar a situação, todos os artesãos repetem as ofertas.
Suponho que o defeito é meu, face ao entusiasmo que estas feiras provocam nos estrangeiros.
O que eu gosto, nestas paragens, é de dias de sol, muita praia, muito banho, cerveja gelada, petiscos e muito sossego.


Neste hotel, encontro tudo.


Principalmente o sossego.
Praticamente, aqui, estou em casa.

A praia, aqui em frente, dispensa descrição.
Como nota discordante, a temperatura da água, que, com os seus 18 graus ameaça síncope.

Aqui ao lado, a Praia Verde.
Porquê?
A imagem fala por si.

Muito, muito agradável, paradisíaca, diria.

Automóvel?
Desnecessário!

Naquela doce hora dos poentes, aqui as bebidas que precedem o jantar são experiências únicas.
Estamos no restaurante Pézinhos na Areia

Que, gratuitamente, oferece esta vista.

E esta...
Ainda há locais assim por muito raros que se estejam a tornar.
Por isso vim, por isso venho e, enquanto puder, continuarei a vir.
Recarrego energias, enxoto neuras, descomprimo, solto-me e sou muito, muito feliz.
Esta, para mim, é apenas a melhor praia de todo o mundo que conheço.

Beijos
Nina

P.S.

Queria deixar o convite para que visitem este blog e tomem conhecimento deste post em particular,
porque acredito que se trata de um apelo meritório:

http://sandrafigcoelho.blogspot.pt/2012/06/juntos-pela-bi.html



domingo, 17 de junho de 2012

Já que o sol teima ...


... em não aparecer, fui atrás dele.
Rumei ao sul onde o termómetrlo marca 30 graus.
O meu hotel de sempre estava lotado e foi a hora de aplicar o plano B.
 Do outro lado do Guadiana, o Parador de Ayamonte, um reduto de todos os confortos foi a solução.


Neste símbolo pode confiar-se ...

... entregar-se ...

... a todos os mimos ...

... a todos os detalhes ...



As janelas abrem-se sobre o Guadiana ...

Deste lado a branca e andaluza Ayamonte ...

... enfeitada por tufos de todas as cores ...

Do outro lado, na outra margem Vila real de Santo António e Montegordo.
É do outro lado que está o meu lugar, o meu mar, a minha praia, o meu Algarve.
É para lá que quero voar.
Quanto antes!


Cheguei!
Neste hotel de todas as minhas férias, estou em casa.


Ao cair da tarde, uma música subiu até ao meu 6º piso.
No espaço da piscina  um solista enfeitava o poente.

E esta é a vista por onde foge o olhar.


Neste espaço tenciono perder-me.
Beijo
Nina

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Tempos houve ...


... em que nesta casa se comia diariamente sobremesa doce.
Por um lado, eu gostava de experimentar e arriscar novos desafios, por outro, os comensais devoravam e aplaudiam as novidades.
Repito, tempos houve...
Hoje, por força das orientações dos dietistas que não se cansam de falar dos malefícios do açúcar, a história é outra!
Hoje, há sobremesa "quando o rei faz anos!"
Bem bastam as compotas para o pequeno almoço! Sobremesas doces são acontecimentos raros nesta casa.

Por acaso, hoje é uma dessas ocasiões.
Preparei duas sobremesas, tão inofensivas quanto as sobremesas podem ser, para um almoço de sábado.

E já que é para pecar, que se peque com algo que vale a pena, como é o caso desta tarte de limão merengada.



Não sendo inocente, que não é, é comedida em termos de ovos .

Aparece assim, em camadas, em tons ténues, angelicais...


Ingredientes:
1 pacote bolacha Maria
125g manteiga

Com a bolacha reduzida a pó, misturada com a manteiga derretida, prepara-se uma espécie de massa areada com que se forra o fundo de uma forma de abrir.

Passemos ao recheio:

1 lata de leite condensado
Raspa e sumo de 1 limão
2 gemas

Liga-se tudo  e vaza-se na forma já forrada.
Vai ao forno (esperto) durante 10 minutos

Retira-se do forno e cobre-se com o merengue obtido das claras em castelo firme, com 2 colheres de sopa de açúcar.
Cobre-se a mistura semi - cozinhada e volta ao forno mais 10 minutos, vigiando a progressão da operação, não vá queimar ...

Resulta uma nuvem em camadas ...

Ligeiramente caramelizada e com sugestões de limão ...
 A descrição não faz justiça a esta delícia, não faz!
 Da minha cozinha repleta de odores, saiu ainda outra tentação que mais tarde divulgarei, não vá induzir alguém a uma overdose de açúcar.

Beijo
Nina




quinta-feira, 14 de junho de 2012

Uns dias chove, noutros dias bate o sol ...


... como garante  o genial e único  Chico Buarque, entoando 
 MEU CARO AMIGO !
Às vezes, muitas vezes, acordo com uma melodia na cabeça que persiste em lá ficar até me cansar.
Acordei , hoje, com Meu Caro Amigo.
Premonitório ou não, o certo é que ao abrir a janela enfrento um dia de chuva, depois do dia de sol de ontem.
Daí que, porque, "nuns dias chove, noutros dias bate sol ..."  nos podemos queixar de tudo menos da monotonia e da previsibilidade do clima.
Há, portanto, que desenterrar casacos, sempre com bom humor, que o dia não está para exposições e frescuras. 


Bege e verde tropa, gosto muito!
O blazer de homem, bem comprido em linho e calças de risca larga, também com corte masculino.


O toque feminino é dado pelo body frou-frou, semeado de rendas e folhos.
Colares e mais colares, num contraste com a linha predominantemente masculina.

Esta coisinha, salva o mais humilde conjunto.
Por isso acho que comprar uma boa mala é sempre um bom investimento que retribuirá por muitas estações a despesa feita.

Os sapatos/sandálias são da Zara, de há 2 estações atrás.


Assim, nos dias de chuva de verão, em que o equilíbrio entre as estações é precário, esta pode ser uma sugestão que convença.
Esquecia de referir o mais importante, de, uma vez mais, enfatizar  o princípio que vem conduzindo o meu dia a dia:
Nada do que visto é novo, nada!
Tudo tem uma história de vida de várias estações!
Aliás parei de contar os dias em que fiz a última compra, mas tenho a certeza que foi há muitas semanas e tenciono perpetuar a intenção.

Beijos
Nina

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Peixe ...


... tem que ser muito, muito fresco, porque se não for, melhor optar pelo congelado.
Cá dentro da minha cabecinha guardo esta máxima e às vezes, poucas, ponho-a em prática.
E foi assim que cheguei à fala com uns filetes de pescada congelados.
Cuidadosa, deixei que descongelassem dentro da própria embalagem, na prateleira inferior do frigorífico, de um dia para o outro.
Quando abri a embalagem ... cheirou-me a peixe congelado!
Não gosto, por muito rico que seja em nutrientes, por muito assética que seja a operação, não suporto  o cheiro a congelado.
Estes não tinham peito para serem servidos como filetes, quando apenas um fio de limão os perfuma e uma pitada de sal e pimenta os tempera.
Havia, portanto, que encontrar um plano B.
Lembrei-me dos croquetes de peixe, subterfúgio aplicado às crianças renitentes em comer o pescado.

Fiz assim:
Cozi os filetes em água temperada com um quase nada de sal, pimenta, 1 folha de louro, 1 colher de mostarda e meio copo de vinho branco.
Terminada a cozedura, reduzi o peixe a puré.
Aproveitando o líquido em que cozeu o peixe, fiz um bechamel bem grosso.
Envolvi.
Temperei com sumo de limão e nós moscada.
Levei ao frio durante 1 hora, para que a mistura ganhasse corpo, endurecesse e fosse passível de ser trabalhada.


Assim.
Juntei salsa picada.

Com uma colher de sobremesa, moldei os croquetes.

Passei-os por farinha, ovo e pão ralado.

Agrupei-os numa travessa e cobri-os com película.
Neste momento, congelados, esperam a oportunidade de serem comidos.
Gosto de ter refeições prontas para uma emergência ou apenas para um dia de preguiça.
Esta é uma saída airosa para um peixe económico, com a vantagem de seduzir os eternos inimigos do peixe.

Beijos
Nina