quarta-feira, 25 de julho de 2012

Tapetes


Falando de crochê, o fabuloso blog de Sónia Maria, ensinou-me como realizar o tapete em ondas. É tão fácil e tão viciante que, na minha hora zen, quando assisto à gravação da novela, olhando de quando em quando o ecrã, prossigo na teia dos meus tapetes.
Para uma casa de banho em granito rosa, optei pelo fio ... rosa e teci um enorme tapete que acompanha a bancada.
Ficou perfeito!


Assim!

Em perfeita harmonia com o pavimento e paredes.
Junto à banheira, insisti no mesmo tom, só que agora, aproveitando sobras de fio que me enchem gavetas.

Este tem um menor comprimento, mas alegre e vistoso, empresta um ar cozy que adoro.

A estrutura dos fios é variada o que não empobreceu o resultado final.

Tempos houve em que apenas admitia branco nos atoalhados.
Mas a verdade é que evoluímos e, atualmente, navego por tonalidades rosas, mais ou menos marcantes, combinadas com roxos, cinza e brancos.

Não é mais bonito, nem mais feio ... é diferente, é a minha cara, sou eu, inquieta, mudando de pele quando menos se espera.

Junto à banheira, estas ondas rosadas emprestam ao ambiente um toque único, muito intimista.

Aviso desde já que estes tapetes são perigosíssimos  ... viciantes, porque maravilhosos!
Sónia Maria, já agradeci mil vezes e nunca acho de mais repetir o agradecimento.

Beijo
Nina

terça-feira, 24 de julho de 2012

Vamos tingir sapatos, sapatilhas e ...



Martha Stewart, genial como só ela, sugere que mudemos a cor das sapatilhas sem graça, através do tingimento.
Acho que esta ideia tem muitas potencialidades, começando por mudar-lhes a cor e incrementando o resultado final com a aplicação de missangas.


mld104271_0609_dyed_shoes.jpg
Cá estão elas, como novas!



mld104271_0609_shoe_ht1.jpg


O procedimento está todo explicado aqui

O recurso ao tingimento passou de moda, o que é pena, pois pode proporcionar resultados inesperados.
Lembro-me que se compravam umas carteirinhas com pigmentos, nas drogarias, o que permitia  renovações constantes.
Mais surpreendente, ainda, é a técnica do Batik que , infelizmente, não domino ... por enquanto.
Palpita-me que não tardarei a pô-la em prática.

Beijo
Nina

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A menina na FALÉSIA



É o meu novo livro, ou deverei antes dizer, a minha nova perdição?
Para ser rigorosa, a segunda hipótese retrata fielmente o papel dos livros na minha vida.
 São uma estrada sem fim por onde caminho surda ao mundo exterior.
Entrego-me, mergulho inteira, sem horário e sem limite assim escapando da realidade e vivendo mil vidas, numa espécie de eternidade adquirida em cada leitura realizada.
Leio, ou como, ou bebo, ou deixo-me impregnar pelo texto?
Que entrega é esta?
Já em criança sentia este fascínio que, atualmente, interpreto com objetividade, agradecendo aos céus a ferramenta com que me dotou, o arco-íris em que mergulho, o oceano em que me liquefaço, o firmamento em que me diluo.


Ei-lo! 600 páginas de deleite!

De uma amiga recebera a sugestão para comprar, desta autora, "A casa das orquídeas"

Fui procurar esse título na FNAC.
No seu registo não consta. Por isso me indicaram esta "menina" que, nos 3 capítulos que li, se apoderou de mim.
Delicio-me antevendo as experiências que me esperam nas palavras que se juntam, associadas segundo uma lógica que, no final, me deixará muito mais sábia, muito mais rica, acrescentando novos valores à pessoa que hoje sou.

Beijo
Nina


domingo, 22 de julho de 2012

E não é que o domingo se está a finar?


O que vale é que, enquanto durou, foi muito bom.
Como dizia Vinicius,  ... que seja infinito enquanto dure.
Com o sol a brilhar o clima é sempre mais festivo e, ontem, o jantar às 8 horas, dia claro, foi muito simpático.
Reincidi nos petiscos portugueses que, em casa, não são possíveis, dado o forte cheiro que se infiltra por cada nesga de porta aberta.


As azeitonas, apareceram assim, gordas e luzidias e com elas foram iniciadas as hostilidades.

Depois, um prato de petingas fritas, estaladiças, no ponto certo, sem espinha detetável, são o que se chama um petisco irresistível.
A elas me referia quando falava da impossibilidade de as cozinhar em casa.
É que não há, de facto, bela sem senão, sendo que, no caso dos peixinhos, deixam no ar um rasto intolerável de coisa frita.
Assim sendo, comê-los, só no restaurante.

A acompanhá-los, de novo, os pimentinhos padrão que estamos no tempo deles.
Não toleram imposições fora de época.
Quem insiste em cultivá-los à força, em estufa, colherá uns frutos de aspeto inocente, mas com as brasas do inferno nas suas entranhas.
Já vi homens de barba na cara, desfazendo-se em lágrimas por ousarem comê-los fora de tempo.
É um incêndio nas tripas que nada apaga e muito menos a água que apenas força a propagação da labareda até aos olhos.
É então que as lágrimas jorram em caudal.
Fica o aviso...
  

Enquanto esperava o peixeinho fresco, entretive-me, portanto, com estas delícias tão nossas, tão portuguesas.

Como vizinhos de mesa, muitos estrangeiros, em êxtase com a qualidade da nossa comidinha.
  

Às nove horas, jantar terminado, quando o poente desce lentamente e o mundo se veste de rosa, a vista da Foz do Douro, era esta, um quadro, uma pintura que em nós penetra e nós faz agradecer a dádiva da vida.

Enquanto durou, o fim de semana foi infinito de prazer, como se exige a cada minuto que passa.

Beijo
Nina

sábado, 21 de julho de 2012

Já é sábado outra vez!!!



O tempo voa, não corre, não se apressa, não! Voa!
Já é sábado outra vez!
Este nasceu azul, quente, ameno, preguiçoso, sugerindo praia.
Acontece que este é o dia de todas as multidões, de todas as enchentes, de todas as confusões junto ao mar.
Assim sendo, passo!
Vesti-me de branco, rendado e fresco, de bordado inglês dos vestidos de infância e saí.


Rumo ao norte, claro!
Cerveira, hoje, estava impossível, tomada de assalto por uma multidão de espanhóis que, na sua exuberância, apequenavam o recinto.

Então, se eles se mudaram para Portugal, a solução é rumar a Espanha, na outra margem do rio Minho.
Aqui, em primeiro plano, um coração especial. Veio do Dubai, da feira do ouro e mais não é do que uma cópia descarada do original da Chopard que os árabes, sem problemas de consciência copiam e nós, europeus, comprámos dada a tentação do insuperável baixo preço.
Nos pulsos as incontornáveis pulseiras.
Confesso que me fazem calor, mas, como diz o outro, "quem tem brio, não tem frio!"

Nas unhas, continuo a apostar no turquesa, alegre e estival.
Tento-me com outras cores igualmente inesperadas e exuberantes, mas, aprendi às minhas custas, que uma vez aberto o frasco, há que gastar o esmalte ou, se o deixar esperar,deitá-lo, seco e imprestável, no caixote do lixo. 

Esta aliança composta por vários anéis  tem tudo a ver comigo. Sóbria e moderna, adoro-a.

Nos pés, as sandálias já exibidas, muito frescas e simpáticas.

Na mão, esta mala que diz com tudo e onde cabe sempre mais alguma coisa.
Veio de Itália, de um outlet, e vale cada euro que custou.
 Fiz estas fotos enquanto esperava o almoço que não tardou.

Pimentos Padrón, daqueles que " uns picam, outros não..."
Estes não picavam e ...

... acompanharam este delicioso pãozinho ...

... regado com este, não menos delicioso, branco gelado.

Como prato principal, esta obra de arte:
Pescada grelhada, servida sobre uma cama de molho de tomate com mexilhões, que repousava num fofo colchão de puré de batata.
Anéis de alho francês finíssimo, frito em azeite quente, completavam a composição.
Magnífica, sem defeito!


A escolha da sobremesa recaiu sobre um Flan de castanha ...

... e um sorvete de limão.

Isto e muito mais pode ser encontrado no LAGAR EN EIRAS, que merece realmente ser visitado.

Já em casa, antes de me instalar de livro em punho, faço absoluta questão de por ordem no local.
Acho que é um defeito tresandando a perfeccionismo, mas, de facto, não consigo desfrutar do lazer no meio do caos.
Vou, então, proceder a uma arrumação sumária e só  depois descomprimir.

Beijo
Nina

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A pequena loja de Blossom Street


Foi por aqui, na blogosfera, que encontrei a primeira alusão a este livro.
Sabia que "a pequena loja" vendia lãs e que nela se aprendia a tricotar, o que espevitou a minha curiosidade, já que a atividade em foco me tem proporcionado momentos de grande prazer.
Este é um best-seller com uns impressionantes 75 milhões de exemplares vendidos.

Terminada a empolgante aventura que foi a leitura do Tempo entre costuras, uma história que nos agarra desde a primeira página, primorosamente construída, envolvendo-nos em atmosferas exóticas e de perigo letal, este novo desafio terá que ser muito especial para competir com o anterior.

Tem cerca de 400 páginas e , neste momento, já ultrapassei o meio.
Se não leram o Tempo entre costuras, este oferecerá momentos de tranquila e agradável leitura, mas ... não se compara com o anterior.

Ainda assim, merece o investimento!


Dele retive que uma hora de tricô equivale ao mesmo tempo de meditação, em termos de benefícios físicos.
É uma informação importante, convenhamos!

Numa outra leitura que fiz, que defendia e fornecia as linhas mestras para uma vida longa, saudável e feliz, três tópicos eram incontornáveis:

- Alimentação saudável
- Exercício físico regular
- Meditação, como exercício de descompressão capaz de afugentar pensamentos negativos e com bater o stress

Posto isto, conclui-se que, tricotar faz muito bem à saúde!
Já o suspeitava, dado que essa atividade me deixa relaxada e descomprimida.
Mas vamos ao livrinho!
Lê-se bem e entretem, desde que não se espere uma grande obra de literatura.
Até, a própria situação da protagonista, me agrada. É ela a dona da loja das lãs onde decorrem os cursos de tricô e três personagens secundárias interagem.
Acho que me agradaria ser proprietária de um espaço semelhante. Encanto-me, perco-me, perco o tino numa loja de lãs. A sucessão de cores fascina-me e hipnotiza-me.Não entro sem uma lista a que me comprometo obedecer cegamente, ou será o descalabro.

Suspeito que no Brasil poderá ter outro título e outro aspeto

Repito, merece o tempo de leitura despendido, não sendo, porém, um grande livro.

Beijo
Nina

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Um nicho ...


... é um local mágico.
Já em criança criava nichos em locais e na alma e neles guardava tesouros.
Não me passou a mania e, por isso, crio nichos.
Neles conservo objetos que são lembranças e que são preciosos porque são lembranças.
Não há nada como um nicho!
Melhores, mil vezes melhores que o mais impenetrável cofre.
Guardam e mostram. Mostram e enfeitam e alegram e fazem nascer sorrisos nos meus lábios.
Por isso, adoro  nichos!
Só eu, mais ninguém, sabe,ler o conteúdo dos meus nichos.
Com eles viajo no tempo e no espaço, aperto aperto laços, envolvo abraços, encontro e reencontro momentos, deixo voar o meu louco pensamento.



Neste nicho repousam pedaços turcos, russos, holandeses e agora, um afago, um leve toque de dedos da minha querida Adriana.
Foi ela, foram as suas mãos, a sua mente quem criaram esta sucessão de roxos e lilases que comportam luz, me envolvem a alma.
Sempre que o olho penso em Adriana, a querida Adriana, tão linda, tão doce, tão amiga...

Juntam-se sugestões de Veneza, na ânfora verde, bem como o impressionante rigor alemão, de Dusseldórfia, na jarra em degraus verdes.
A vermelha veio de Ulm, uma minúscula e magnífica cidade de artesãos vidreiros alemães.
Em primeiro plano, repito, um pouco da minha linda Adriana.

Da Índia, da Tailândia, de Cuba, da Grécia, de França, outros momentos se exibem.
Todos lindos, todos importantes, todos com raízes profundas no meu ser.
O mais recente, repito, recebi-o das mãos da doce Adriana.
O nosso reencontro será logo, será já, que o tempo dissolve-se face à eternidade e ao cruzamento de duas vidas com muito de irmãs.
Até já, linda Adriana!

Beijos
Nina