terça-feira, 7 de agosto de 2012

Gent, Bélgica ...




 Saindo de Portugal, de automóvel, o que realmente custa é atravessar a Península Ibérica. São cerca de 1000 Km que se fazem de uma assentada, mas que não deixam de ser a parte chata da viagem, talvez por que tudo já foi visitado e revisitado.

Após atravessar a fronteira que separa Espanha de França, a situação modifica-se totalmente, pois, ainda que se conheça este país, há sempre algo de novo a descobrir, muitas vezes, onde menos se espera.
Depois, estar em França é estar no coração da Europa e tudo fica bem perto...
Por exemplo, a partir do norte de França, entra-se na Bélgica e, logo a seguir na Holanda, quase sem se dar por isso.
Daí que, já visitei a Bélgica repetidamente, mas, por influência da querida Patrícia da Maison du Chocolat , incluí Gent no meu percurso e não me arrependi.
É uma belíssima cidade.



As construções são magníficas, apesar de desvalorizadas pela presença constante dos fios elétricos que alimentam o Metro de superfície.

Como todas as catedrais, esta, na sua imponência, intimida e convida à visita devota.

Os telhados pontiagudos denunciam os invernos gélidos ...

... aliás, apesar do calendário apontar para Agosto, o calor é bem moderado, se não ausente.

Esta praça é  espantosa, com os edifícios perfeitamente preservados.
Apesar do veículo ao fundo, esta é uma zona peatonal.

Mas, lindo, lindo, são os canais que atravessam toda a cidade e por onde circulam, continuamente, barcos.

Nas margens, como quem está na praia, vive-se sem relógio, à toa ...


Numa curva do caminho, outra construção majestosa. Esta com detalhes bálticos na cúpula em cebola.

Vigilante e ameaçador, este anjo faz questão de recordar que, um dia, se fará justiça ...  e que o bem acaba sempre por vencer ... (o que nos levaria a outras questões...)

Já que a água é uma mais-valia, há que tirar dela todo o partido, como faz este restaurante.

Outra praça, outra rua, outra esplanada para os adoradores do sol.

Come-se bem, nesta cidadezinha.
Este é um prato de "spare ribs" de que muito gosto, mas cuja técnica de confeção, infelizmente, não domino ... ainda!
(Aceitam-se explicações, esclarecimentos, lições...)

Muitas flores.
 Todo o local é bom para as cultivar.
 Estão por todo o lado.

Debruam o canal que, como um espelho, reflete o casario.

Mais flores, numa exuberante combinação de cores e cheiros.

Foi uma muito agradável visita, que recordarei como exemplo do cuidado posto na preservação de tudo quanto é insubstituível.

Deixando Gent a caminho da Alemanha, cruzei-me, numa estação de serviço com estas preciosidades.
Dois ingleses que, nestas incríveis e impecáveis máquinas, depois de atravessarem o Canal da Mancha, se propunham a deambular pela Europa.
Pedi-lhes para os fotografar e desejei-lhes boa viagem, a que certamente não faltará emoção.
E, entretanto, a viagem continua.

Beijos
Nina

Catedral de Amiens...

... o gótico perfeito!

Perante tal classificação, as palavras não cabem.






















UAU!!!!
É tudo quanto me apraz dizer!

Beijo
Nina

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Granville



Berço de Christian Dior!
Só por si, o facto empresta glamour a esta pequena cidade  normanda, estendida ao longo do mar.




A arquitetura testemunha o altíssimo nível económico dos seus frequentadores.
Tudo é caríssimo, exorbitante...

Praia, aquilo a que chamo praia, extensões imensas de areia branca, não existe.

Há barcos que transportam para alto mar os seus multimilionários proprietários ...

...uma imensa marina que abriga os brinquedos dos veraneantes ricos.

Não gosto particularmente de barcos ... enjoo só de pensar no seu balanço, mas, como documentário de um certo estilo de vida, pareceu-me interessante.

Beijos
Nina 

domingo, 5 de agosto de 2012

Recanto, verde canto, vida!



poderia viver, muito feliz, exercendo esta atividade:

Dedicando-me à venda de plantas!
Circulo confortavelmente no mundo verde que me rejuvenesce e tonifica quando, seguindo as estações, reafirma o eterno ciclo da vida.
Neste, a matéria é energia e, sendo-o, nunca desaparece totalmente, nunca morre, apenas se transforma ... pode ser que seja noutra planta, aqui, ou levada pelo vento ou pelo voo de um pássaro, lá longe, num espaço desconhecido.
E, ainda que este ciclo não se cumpra, outro se origina ... será luz, será vento, será ...
É, definitivamente, a derradeira vitória sobre a morte como fim.
É apaziguador!
É tonificante!
É vida!

Beijos
Nina

sábado, 4 de agosto de 2012

Bayeux!


Prometo!
Esta é a última série de fotos de Bayeux!

As imagens falam por si ... daí não poder de deixar de as partilhar.



Século XXI, planeta Terra ...

... ainda existem locais como este ...

... na parte antiga de uma cidade...

... que, vaidosa, senhora de si, assim se preserva, indiferente à idade, sublime na sua beleza madura.

Beijos
Nina

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Notre-Dame de Bayeux


Quem haveria de imaginar que uma cidade tão pequenina, perdida na Normandia, guardaria tais tesouros?

A Catedral de Notre-Dame é extasiante.


Assim,  mesmo quando, em banda desenhada, numa vertente didática, é apresentada a jóia da coroa.

As explicações multiplicam-se para  que, num percurso com fundamento cognitivo, as emoções se fundamentem.

Porque são emoções avassaladoras as que invadem o visitante assim que atravessa a entrada.

A amplitude, a luz, o mistério, atmosfera  que por séculos perdura, reduzem o ser humano às suas verdadeiras dimensões.

É pedra, é vidro, é branco, é preto , é cor ... tudo contribui para o resultado sobrenatural.

Em cada catedral me maravilho, mas a emoção mais recente sempre é a mais punjente.
E a alma eleva-se, quase se liberta do invólucro perecível ... e reza!

Beijos
Nina

Era uma casa molto carina...


...com teto azul, onde passeiam nuvens de algodão, branquinhas.

Como um sol de cristal, um lustre e pingentes em lágrima, ilumina este mundo.


Estrelas, flocos de neve, pedaços de arco-íris pairam no alto.

No balcão envidraçado, jóias!
Jóias doces!

Subindo nas paredes, doces e laços e cores e delícias.


Espelhos, muitos espelhos multiplicam o espaço, num jogo de repetições que se reproduzem ao infinito.

Mesas brancas, louça pastel e macarons ... de todas as cores, de todos os sabores.
Este, Praliné, magnífico, fofo, desfazendo-se na boca, acompanhando o acre do revigorante café.

Aqui e ali, em destaque, obras-primas.
Esta dedicada à rainha Mathilde.

Foi em Bayeux, une petite ville de charme, perto de Caen, que se pode desaguar neste paraíso!
Tão importante como um museu, tão marcante como uma catedral, são estes momentos de puro prazer.

Beijos
Nina