quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Costura e jardinagem



São 18:00 horas e continua dia. Tão bom ver os dias a crescer! Há 2 meses, chegavámos às 16:00 e começava a escurecer.
É claro que todas as estações têm o seu encanto, mas, quanto a mim, prefiro os dias compridos, aqueles com luz natural até às 21:00 horas.
Esses é que são mesmo bons!

Hoje, temos também sol, embora muito frio e o ambiente no meu "atelier" torna-se muito convidativo quando através das paredes de vidro se vislumbra pleno céu azul. Daí que aí passei grande parte da tarde, terminando definitivamente a MANTA.

Já "quiltada" - manualmente - faltava o remate em todo o perímetro e, fazendo absoluta questão de utilizar os tecidos em stock, optei por um bege com coraçõezinhos vermelhos e não ficou mesmo nada mal.

Sobraram "corações" que tenciono aplicar em almofada(s) - a ver o que dá, sem projeto definido.

Não há dúvida que este é projeto trabalhoso, com muitas etapas ...

... que se inicia com o corte dos tecidos. Para esse efeito acho absolutamente indispensável o cortador circular, a régua e a base de corte  que facilitam a tarefa e garantem razoável rigor .

Razoável, repito!
Há que aceitar os milímetros de desvio sem drama, porque cedo aprendi que "o bom é inimigo do ótimo"!

Quem a si próprio exigir o ótimo, provavelmente nunca se aventurará em nenhuma iniciativa - e não falo apenas na costura, mas no mundo em geral - e não provará a delícia que é desfrutar de um trabalho por si realizado, com empenho, com todo o empenho, mas também sem absurdos ( e psicóticos) rigores de absoluto.

Sobre um sofá, enrugada, convida ao repouso, ao conforto doméstico, a um quase estado de felicidade.

A minha manta, com os seus milimétricos erros, está linda e confortável.
Nela gastei horas, muitas horas, mas valeu a pena.
Se pretendo embarcar de imediato em aventura similar?
- Não! De modo nenhum!
O prazer transformar-se-ia em dever e disso não gosto.

Mas foi bom!
Foi uma lição. Aliás foram muitas lições!
Sei que a vontade de embarcar em nova aventura acabará por surgir e desta aplicarei "os truques", as manobras que facilitam a obra.





Acrescento que alguns, poucos, remates manuais estão ainda por executar.
Lá iremos!


A jardinagem do título deste texto foi muito simples.
Tratou-se apenas de trocar plantas.
Os jacintos, já murchos, deram lugar a orquídeas (antigas) que começam a florir.

São brancas, as minhas preferidas ..

... e, só por si, mudam tudo.

O espaço revitaliza-se.

O cachepot de crochê, ajuda!
Veio da loja chinesa que, como se prova, não vende apenas horrores.



Beijo
Nina

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Poirot e crochê!


O serão é uma boa hora do dia, diria mesmo que é a melhor e quando aplico o singular, não me refiro a 60 minutos. Longe disso! Aliás, gosto de prolongar o serão e deitar-me tarde - sempre depois da meia noite.
Deixo que o "dono" do telecomando "brinque" um bocadinho - será que esta é mais uma particularidade dos homens? Refiro-me à atividade enfurecida do dedo mudando de canal, à qual também se chama zapping.
Pois, como dizia, deixo! Um bocadinho. Pouco. Depois imponho regras.

Gosto particularmente do Fox Crime e delicio-me com Hercule Poirot, aquele belga janota, cheio de maneirismos e com uma incrível quantidade de hiperativas celulazinhas cinzentas!

Só que, olhos no ecrã e mãos desocupadas é sono garantido.
 Colapso de sono!
 Nem sei contar como acontece.
 Mas é!

Por isso, mãos ocupadas e olhos na TV.
Muito bom.

Tenho um cestinho que me acompanha ao serão:



Este!
 No topo, vislumbra-se o crochê que agora me mantem acordada.
Coisa muito simples ...


Uns quadrinhos sem mistério ...


... mas que, uma vez ligados, funcionam com certa graça.

O fio foi comprado em saldo e sendo a sua textura irregular, numa mistura de linho e seda, poderia até funcionar bem como blusa.
Mas tenho blusas suficientes e, a aumentar o stock teria que ser com peça muito sedutora.
Por isso, à blusa disse não e iniciei uma mantinha para sofá.
Estes quadradinhos, se trabalhados com fio mais fino, dariam uma cortina linda.
 Ou uma toalha de mesa para quem aceitar o desafio - pois é empreitada para muito tempo.



Com o fio disponível idealizei uma manta com 25 quadrados.

Depois, gostei tanto do resultado que decidi aumentar o tamanho.
Fui, portanto, à loja procurando mais fio. Infelizmente, tudo quanto consegui foi uma mísera meada de 50 gramas e o esclarecimento de que " não há nem vai haver!"
Paciência!

É por estas e por outras que os saldos- com raríssimas excepções - não me convencem.

Beijo
Nina

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Avental / Apron


DAQUI, trouxe esta beleza de avental!
Assino a newsletter deste site porque, de facto, dele recolho mais valias em termos de inspiração. O PAP não me é particularmente útil - não me entendo com as medidas ... - mas "a olho", consigo tirar os modelos que me interessam.



Acontece que tenho a sorte de poder gerir o meu tempo e as minhas atividades de acordo com os apetites de momento, calhando que, no momento estou na onda da costura.
Tecidos não me faltam e a inspiração está aqui, "dando sopa".
Habemus avental - brevemente!

Beijo
Nina

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Cheesecake de Manga




Publiquei esta receita quando ainda mantinha o blog Na Cozinha da Nina, que há muito fechou!
Como amanhã é Dia dos Namorados, deixo a sugestão, tal e qual a publiquei na época.
Não estamos no Verão, não temos calor, mas continua a ser uma excelente sobremesa.
Eu vou prepará-la!


" É uma sobremesa muiiito agradável, deliciosa, atrevo-me a afirmar.
Claro que não é para comer todos os dias, mas de vez em quando, é divina.
Então agora, com este calorão fora de época, recomendo.
E, já se sabe, o que é bom dura pouco, engorda ou é pecado.
A definição, admito, assenta-lhe como uma luva."


INGREDIENTES

Base:

200g de bolacha tipo Maria
150g de manteiga

Recheio:

500g de polpa de manga em lata
150g de queijo Mascarpone
1 lata de leite condensado
2 dl de sumo de laranja
6 folhas de gelatina incolor
3 dl de natas frias






PREPARAÇÃO

Triture as bolachas e acrescente a manteiga derretida.
Coloque esta massa no fundo de uma tarteira, pressionando bem.
No copo , coloque a manga que se bate com o queijo.
Em seguida, acrescente o leite condensado e o sumo de laranja, continuando a bater.
Coloque as folhas de gelatina num pouco de água para que hidratem, por 2 minutos.
Escorra-as e leve ao micro ondas para derreter durante 1 minuto.
Junte-as ao preparado da manga, continuando a bater.
Bata as natas até solidificarem e misture-as na fruta, misturando bem.







Verta o recheio na tarteira forrada com a bolacha e leve ao frio até solidificar.
Decore com fatias de manga.
E coma, coma como se não houvesse amanhã e, muito menos, balanças!

Beijos,
Nina

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O meu novo brinquedo


Chegou o meu brinquedo novo!
A Bimby!

Foi com desconfiança, vencendo a antiga resistência que aderi ao projeto!
Confesso, estou absolutamente rendida e só lamento não a ter comprado antes.
Tive direito a duas sessões de esclarecimento - é da praxe - e logo na primeira dissiparam-se as dúvidas:
- Sim, quero! - declarei com a convicção de casamento para a vida!




A espera, dado o sim, foi de 10 dias!



É que a resposta não chega para as encomendas!
Não retive o número - foi muita informação ... - mas ascende aos milhões os usuários!
Aliás, não entendo a minha relutância!
É que, em mais que um processo de divórcio - situação banal nos tempos que correm - a posse da Bimby é disputada com afinco igual ao aplicado à casa, ao carro e a outros bens do casal!

Irritantemente, trauteio ...

Podes ficar com a casa,
Com o carro, com as contas bancárias ...
mas não fiques com ela (a Bimby) ...

Ok! Sei bem que na melodia original, de elevado recorte literário,  o intocável não é a Bimby ... sei-o bem! Mas, nos dias que correm, até que poderia ser.
Conheço, de conhecimento íntimo, um casal desavindo que, no momento de pacíficas partilhas perdeu a compostura na licitação da máquina (mágica).
A sério! Não exagero!

E isto por quê?

Apenas porque a perfomance da maquineta é notável.
Admito, rendida.


Sem rede - sem supervisão da técnica - lancei-me no primeiro voo.
Correu bem!
Melhor, correu muito, muito bem!

Fiz um bolo.
Este de iogurte, a receita convencional que já forneci AQUI.

Só que hoje demorou metade de metade de metade do tempo, sem sujar louça, sem pesar ingredientes, sem complicar.


O bolinho não tem segredo, bem sei.
Ainda assim faço questão que perfume a casa, que fofo, cresça e que saiba a bolo para acompanhar chá - tudo quanto apetece neste Inverno que ameaça não ter fim!
Um pouco antes da hora de jantar, prepararei uma sopa! Uma graça! Uma delícia!
Que se há prato onde a Bimby brilha é nas sopas, que atingem qualidade suprema, o paradigma das sopas.
Apetecia-me brincar mais, moldar biscoitos e bolachas e bater espumas de frutos vermelhos e pães ...

Por aqui se vê a perigosíssima adição que, incauta, desenvolvo.

E não, não vendo Bimbys, não ganho nada com a divulgação!
Não!
É apenas entusiasmo!
Puro!

Beijo
Nina

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

A (nova) manta de retalhos


A nova manta de retalhos - a que pomposamente chamei patchwork, sem o ser ... - já tinha sido mencionada Aqui e Aqui.
E digo que não é patchwork porque essa é uma arte que exige profundos conhecimentos, rigor de arquiteto, acutilância de construtor de pontes, que não sou, nem tenho!
Sou aventureira, é isso!
Enfrento desafios sem temor nem pudor apenas porque sei que se correr mal as consequências são nulas!
Não me tenho dado nada mal com a estratégia .
 Esta fez de mim o que sou ... um pouco génio, um pouco médico, um pouco louco - que, diz a sabedoria popular - dos três, todos temos um pouco.
Portanto arrisco, imune a rigores que definitivamente não cumpro.
 E mais, além de prevaricar, aconselho a que todos o façam!
Foi assim com a cozinha, com a pintura (de telas e de móveis), com  o tricô e o crochê e também com a costura - só não me atrevo (ainda) a consertar carros!
Esta é, portanto, a história da minha vida.

Feita esta introdução, debrucemo-nos agora sobre a manta de Patchwork - vou chamar-lhe assim pois é assim que a percepciono!
Costurada, aguardava!
O quê?
Melhores dias - isto é, que me apetecesse pegar nela.
O apetite chegou!
Chegou na tarde de terça-feira de Carnaval, dia de chuva intensa em que apenas apetecia ficar em casa - sempre que posso, muito coerente,  sou escrava dos meus apetites!
Em casa fiquei.

Oportunamente tinha comprado a manta térmica para concluir o trabalho - oh! tarefa detestável!
Aquela sanduiche de três camadas é um verdadeiro teste à paciência e à perseverança!
Na loja, uma grata surpresa me esperava, uma novidade espetacular, fantástica, formidável!




Existe esta modalidade - manta térmica já forrada, o que equivale a dizer que a sanduiche se faz apenas numa operação

Sobre o pavimento estiquei a manta térmica e sobre ela o tecido.


Conclui que é imprescindível deixar uma margem de segurança na manta térmica, porque o tecido, deve ficar o mais esticado que for possível.
Portanto, como a imagem documenta, deixei uma considerável margem de manobra.

E saquei dos alfinetes!


Depois, "de gatas" foi alfinetar e alfinetar e alfinetar ...
Cedo conclui, que os ditos eram insuficientes - que chatice!
Para alguma coisa, porém, servem as lojas chinesas, que não fazem pausas nem intervalos!


Lá fui!
Ouvi o  "Olá amole!", do costume, por parte da simpática dona, mas consegui, o material!

Depois de muitos, muitos, muitos alfinetes, de lancinantes dores nos joelhos- apesar da almofada protetora - dei por concluída a tarefa.
A seguir recortei o excesso de "recheio" e pronto!

Assim contado, até parece que foi simples ...

... foram, porém horas de alfinetes.

Quando me preparava para coser à máquina as costuras ao longo das emendas, que constatei?
Apenas isto:
- A manta é excessivamente volumosa, não "costurável" à máquina!
- Que fiz?
- Iniciei a tarefa cosendo as costuras manualmente!
Estou tão feliz com a empreitada!
Vendo, porém,  o lado positivo da coisa, concluo que em nada sou superior às mulheres que chegando à América aí iniciaram a técnica.

Olha! Sinto-me quase estrela de "uma casa na Pradaria"

Beijo
Nina

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Pintura de móvel


Finalmente, hoje dei por concluídas as hostilidades, no que à pintura do  MÓVEL diz respeito.
Vencida, depois de ter gasto quase duas latas de tinta, aceitei a inevitabilidade de ter um móvel branco / rosado e não branco / branco.
Explicou-me a Mi, do BLOG decoração e invenção, pessoa com conhecimentos profundos na matéria,- explicou-me - dizia - que por vezes ocorre este fenómeno estranho, isto é, a seiva da própria madeira pigmenta a tinta que é aplicada. Se for branca, como era o caso, mais pigmentada fica.
Para evitar este tipo de contaminação deveria ter aplicado uma primeira camada de uma espécie de selante. Não o fiz e não me apetecia voltar ao zero, que era lixar de novo a peça - todos sabemos que lixar é uma agonia, não tem nada de divertido. É chato. E sujo.
Portanto, não lixei.
Insisti na tinta.
 Esta seca rapidamente e não cheira.
Apliquei várias camadas o que não evitou um ligeiro rosado, que, a dizer a verdade, não me desagrada. 
Até gosto.


Não pretendia criar um look branco total ...

De modo algum!
O que pretendia era "repaginar" o móvel em muito mau estado para combinar com os restantes elementos da sala.

Neste nicho, espécie de vitrina,  guardo recordações, lembranças de lugares por onde andei.

Se não fosse o vidro que as protege, estas coisinhas miúdas seriam um monte de poeira que acabaria por fechar em hermética caixa.
Assim, estão expostas e relativamente desempoeiradas.

Curiosamente foi o interior do móvel que mais rosado ficou. Além disso, para além de rosado, apresenta-se ligeiramente manchado, em gradações de rosa, o que acaba por lhe dar graça e evitar o aspeto de armário para quarto de menina.



Ainda pintarei de branco um ou outro elemento ...


Mas não todos!

Por exemplo, está arca rústica, com madeira encerada, assim continuará.

Neste espaço, elegi o azul como cor predominante na decoração - whatelse?

Gosto muito e funciona como linha condutora na lógica  deste espaço ...

Que herdou peças antigas, assimilando novas numa alegre confraternização.

Lembram-se desta MESA ?
Pertencia ao mesmo conjunto do móvel - chamemos-lhe "rosado" - mas esta querida ficou branca/branca ...

De novo, no tampo, apontamentos azuis.
 Esta não é propriamente uma sala de estar. É um local de trabalho, de papéis e de livros, que, ainda assim, pretendo acolhedor.


Na parede, muitos quadros.
Alguns recordações de viagens, outros de pintores amigos e um meu!
Não digo qual, que tenho vergonha!

Por fim, mais uma espreitadela para a coleção na vitrine ...


... vinda nem sei bem de onde ...

... e um olhar para esta bandeja que protege a madeira de qualquer excesso de rega.
Gosto muito dela.
Aliás, delas, que tenho duas!

Continuo incapaz de resistir a este tipo de descobertas!
Trouxe-as da Corunha, de uma lojinha qualquer, por quase nada e ainda bem que as trouxe.
Encantam os meu olhos todos os dias.

Por isso repito que a decoração de uma  (da minha) casa, nunca estará concluída.

Beijo
Nina