sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Mais azul ...

Não há dúvida de que " ... uma coisa leva a outra ...", isto é, na decoração impõe-se uma lei do tipo "vasos comunicantes", o que equivale a dizer que alterando uma parte essa alteração se reflecte no todo..
Quando recuperei AS CADEIRAS, sabia que outras alterações ocorreriam porque:
- Me sobrara tecido;
- Outras peças sugeriam upgrade

Nada a fazer se não acomodar-me à força dos elementos ... e continuei as reformas.



Em boa hora!

Um banquinho insignificante - comprei-o na Feira de Cerveira por 5€ - ganhou visibilidade e estatuto.
Recebeu um tampo acolchoado forrado com tecido igual - o tal que sobrara.

E não é que funcionou?

O banquinho insignificante ganhou ares de peça estilosa, bem como este ...
... em vime, que já foi banco de apoio em casa de banho, já teve cor natural,  finalmente foi pintado, terminando com assento acolchoado..

No mesmo espaço, dois puffs centenários - centenários, sim! Vieram de casa de antepassados longínquos, de uma "sala de visitas", como então se usava - mas estavam com muito má cara, nada bem de saúde, sugerindo lixo.
Pena que não os tenha fotografado - sempre me escapa o "antes".
Decidi tomar uma atitude ...


Teria de ser em azul e branco, mas, o que aparentemente é fácil, revelou-se extremamente complicado, isto é, não encontrava tecido que me agradasse.
Finalmente achei!
Branco com estrelas azuis!

No "meu senhor estofador" deixei os moribundos.
Hoje resgatei estas belezas!

Tenho ou não razão em preservar e reciclar?
Poderia simplesmente ter comprado dois puffs novos, - pois podia! -  mas ...

-Não teria metade da alegria;
- Com certeza compraria uns de uma série de milhares - que agora tudo é feito assim mesmo - em série!
-Os meus velhinhos desapareciam sem préstimo nem glória - que ninguém os aproveitaria.

E como já antes dissera a propósito do "sistema de vasos comunicantes", palpita-me (tenho a certeza) que outras reformas virão - que isto de dar cara nova ao velho, vicia, vicia mesmo!

Bom fim de semana.

Beijo
Nina



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

A minha praia


Sei que sou uma privilegiada  vivendo muito perto do mar!
Habituei-me de tal forma à sua presença que tenho a certeza  que me seria imensamente difícil viver longe dele.
Vivo perto , como disse, e da janela avisto-o, ao fundo,
Tenho-o como tão certo, como tão garantido que deixo passar dias, às vezes semanas, sem dele me aproximar, sem o  aproveitar... uma pena. um desperdício!

Ontem, com aquele  dia de sol esplendoroso , de manhã, fui até à praia, até ao passadiço que liga extensa distância em quilómetros.
Estacionei.
Na orla marítima vários autocarros de turistas - parecera-me franceses - olhando o mar. Se calhar, pensei, para eles, este é um espectáculo  único, diferente ou mesmo uma experiência nova !
Certo é que valia a pena olhar, mas de longe, de um local seguro.
É que o mar estava bravo e ameaçador, com ondas alterosas que rebentavam na praia com imensa violência.


Há quem arrisque e se aproxime, há quem pratique o turismo da catástrofe, como já ouvi chamar-lhe ...

É que a segurança é enganadora e ondas desgarradas, fortíssimas, já este ano fizeram vítimas ...

Numa praia do norte, um grupo de pessoas praticava um ritual religioso, na areia, perto do mar.
De repente, uma onda avançou sobre elas e arrastou 4.
3 conseguiram salvar-se, mas uma mulher desapareceu e creio que até hoje o corpo não foi encontrado.

Quando caminho junto ao mar tenho bem presente as precauções a tomar .
Assim sendo, a caminhada transforma-se numa actividade revigorante para o corpo e para a cabeça.

Sem trânsito, sem bulício, sem pressa, envolvida pela voz do mar e fustigada pelo vento, termino a caminhada com as hormonas da felicidade na sua plenitude.
É uma sensação boa que perdura pelo resto do dia.

Por isso me considero afortunada, gozando deste SPA natural, mesmo aqui à porta.

Beijo
Nina

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Azul e branco!

Esta é uma das mais felizes combinações na decoração!

AQUI, encontrei estas imagens  que falam por si:

Movéis brancos, tecidos azuis ...


Porcelana chinesa azul e branca!
Adoro!
Possuo algumas peças que gosto de agrupar.
As tulipas brancas completam o conjunto, na minha opinião, melhor do que quaisquer outras flores.



Sofá e cortinas com o mesmo padrão - tão lindo!




Aqui, continua a porcelana chinesa azul e branca que, mesmo num móvel em madeira, consegue alegrar e tornar mais leve o classicismo da mobília .
Agora a história - porque aqui há sempre uma história!

Encontrei há meses, junto à porta da garagem onde existe um contentor para lixo , encontrei - dizia - duas cadeiras. 
Deduzi que alguém estivesse a renovar a decoração ou a mudar de casa e se quisesse desenvencilhar das ditas que me pareceram em muito bom estado e de modelo muito agradável - pena que não tenha fotografado...
Decidi - foi uma decisão repentina ... - metê-las na garagem onde, desde então permaneceram enquanto, inconscientemente, eu amadurecia a ideia.
Que destino lhes dar?
em última hipótese serviriam para alimentar a lareira!
Mas, não!
Felizmente, não!

Resolvi pintá-las de branco e mudar-lhes o estofo - esclareço que apenas decidi, já que nenhuma etapa do trabalho foi minha.
Foi uma feliz decisão:



 








O tecido, um retalho que encontrei por acaso e estava guardado esperando destino que acabou por acontecer ... sempre acaba por acontecer, eu sei!
Resumindo e concluindo, eu que gosto tanto de azul e branco, dei mais umas pinceladas neste espaço - e mais virão - adianto que até já estão em andamento.
Me aguardem!

Beijo
Nina









domingo, 5 de fevereiro de 2017

Vintage



Reconheço!
Tenho muita dificuldade em desfazer-me do que gosto.
Tenho!
Eu bem sei que devemos praticar o desapego e que se não vestimos uma peça há 1 ano provavelmente não a vestiremos nunca mais e que assim se cria espaço para coisas novas e que alguém apreciará(?)  a dádiva e que ...
Pois sei!
Pois será!
Mas, ainda assim, há (muitas) coisas de que não consigo desfazer-me - refiro-me a peças do vestuário.

Contrariando esta tendência, já embarquei em cruzadas de destralhamento e ... arrependi-me!
Isto porque, se a roupa não está impecável, não a doo, seguindo para o lixo. Se está, confronto-me frequentemente com reacções estranhas da parte daqueles a quem destino a doação - ou não gostam, ou não sabem apreciar, ou preferem vestir-se nas lojas chinesas segundo o princípio do "use e deite fora!"
Nessas ocasiões, lamento profundamente a minha decisão - sei que dei, sei que não posso voltar atrás, sei que quem recebeu não apreciou e sei principalmente que me precipitei.
Mas isso, foi ontem, foi passado, que aprendo depressa ainda que seja com os erros.
- Então guardas tudo? - perguntarão!
-Não! selecciono criteriosamente.
E reciclo!
Vejo vestidos e saias que se transformam em mantas, em bolsas ou, simplesmente aguardam, fora do armário, o destino que o destino para eles traçou!

Vem isto a propósito de umas quantas peças de marca, muito, muito caras, que comprei por muito, muito bom preço em Outlets.
São simplesmente intemporais e quase exclusivas, como é o caso deste casaquinho Carolina Herrera que faz conjunto com uma saia - o clássico saia e casaco.
O conceito não me agrada - refiro-me ao saia e casaco - e por isso visto sempre as duas peças separadamente.





No caso, combinei-o com umas calças em xadrez da zara.
Gosto do ar rústico das calças, com um não sei quê de British Country e o casamento das cores não poderia agradar-me mais.




Neste Inverno rigoroso, para enfrentar a intempérie,  cubro-me com um casaco/ gabardina e parece-me muito bem!



Aprendi, depois de muitas decisões precipitadas, a criar os meus próprios conjuntos, valorizando a (minha) slow moda.
Há quem lhe chame vintage, mas a tanto não me atrevo!

Boa semana.

Beijo
Nina

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

A minha sexta-feira ...


A minha sexta-feira está quase a chegar ao fim - melhor dizendo, encontra-se prestes a entrar numa fase muito boa, a fase melhor,  a do jantar e serão. Em casa, é claro, que a tempestade lá fora convida a ficar.
Ficaremos!

O dia foi ocupadíssimo, com a manhã preenchida com tarefas inadiáveis, daquelas pouco  agradáveis,  como é a ida ao banco e ao supermercado .
Fez-se!
Dever cumprido!

Já em casa, organizei-me e cozinhei para o fim de semana, a saber:

- Feijoada ... 
- ...e bolo de limão.!

Não é possível preparar pouca feijoada.
 Não!
 É um prato que exige muitos ingredientes , resultando num imenso panelão de comida.
 O que não é defeito!
 Pelo contrário, é até muito bom, porque a feijoada ganha sabor se "aquecida".
Temos portanto Feijoada para, pelo menos, duas refeições do fim de semana e, como sobrará, será muito bem congelada para, mais tarde ser comida.


On Friday, whenever I have availability, I like to cook for the weekend. That's what I did this afternoon.
I cooked Feijoada - pork bean stew - and baked a lemon glaced Yogurt Cake .



Cá está ela, espreitando.

Foi preparada numa panela Le Creuset e não me canso de repetir que esta marca, em ferro e esmalte confere um sabor especial à comida, um sabor à moda antiga, o que me torna sua fã incondicional, embora reconheça o seu preço excessivo - acontece que tenho adquirido as minhas num Outlet perto de Barcelona, por metade do preço - continuam caras, bem sei, mas, ainda assim ...



Cá está ela, a Feijoada ...

Esta leva carne de porco e feijão branco, mas é um prato muito versátil que pode ser preparado com toda a variedade de carnes e de feijão.

Não gosto de feijoada aguada.
 Por isso, quando pronta, sempre engrosso o molho com 1 colher de sobremesa de Maisena .
É um truque simples que vale a pena aplicar, porque confere uma deliciosa cremosidade ao prato.
Não esquecer que após a adição da Maisena é imprescindível rectificar os temperos ... sal, pimenta e cominhos.


Enquanto a feijoada levava o seu tempo a ficar pronta, na Bimby preparei o sempre infalível Bolo de Iogurte!


Que nunca falha, nunca me deixa ficar mal!


Desta vez, porém, incrementei o dito e, garanto, está diferente, mais sofisticado, irreconhecível.
Para o conseguir, preparei um "glace" de limão que mais não é do que a mistura do sumo de 1 com icing sugar, misturada até se obter um pasta com alguma consistência.
Deixei que arrefecesse e cobri-o.


Ficou assim...

... mais bonito, mais refinado ...

...porque os olhos, como sabemos, são os primeiros a comer.

Feliz serão de sexta-feira!
E que bom que amanhã é sábado. Ainda que chova continua a ser muito bom.
Aproveitemos o fim de semana.

Beijo
Nina

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Que é feito de Janeiro?


Já passou um mês do novo ano!
Tão depressa!
Assustadoramente depressa!
Inacreditavelmente depressa!
Por quê esta sensação de velocidade vertiginosa?
Não sei responder!
Sei que os 31 dias que assim voaram, foram muito bem, exaustivamente bem, aproveitados.

Olhando para o blog onde registo (apenas alguns) desses momentos, verifico que tricotei e crochetei, passeei pelos meus locais preferidos, cozinhei, experimentei receitas novas, repeti antigas, em suma, estive sempre ocupada.

Recapitulando:

No campo do crochê ...


... conclui o VIRUS SCHAWL

Conclui, finalmente a camisola/blusa em jacquard que na verdade representou um grande, um enorme desafio ,,,

Pode ser (re)vista AQUI


... e AQUI!

Cozinhei pães, bolas,  bolos e bolinhos:


Bola ...



Bolo ...



MUFFINS



PÃO DE BANANA



BOLO DE IOGURTE


Experimentei sopas, inventei purés, frango, bacalhau e muito mais.
Experimentei novos restaurantes, repeti antigos, passeei por cidades e serras- é espreitar o blog e recapitular o percurso, s.f.f.

Afinal, feita a revisão, sei muito bem o que fiz com o meu tempo, o que não deixa de ser reconfortante e apaziguador.

Em Fevereiro quero gastar horas costurando, o que não deixa de ser um fabuloso propósito.

Beijo
Nina


terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Mais tricô - casaco!


I discovered in an old magazine, in this case a Rakam, this jacket model which pleases me a lot. As a matter of fact, ancient knitting magazines are real treasures that we must explore. This jacket, knitted with number 6 needles, according to the thickness of the yarn, has advanced at very good rhythm, although I only knit after dinner, during the evening. Who wants to follow me?


Não é que precise, mas, desfolhando uma revista Rakam muito antiga  (resgatada da garagem da casa dos meus pais, prontinha para seguir para o lixo ...) encontrei este casaco e não lhe resisti.



Não é lindo?

Aliás, tenho descoberto propostas incríveis em revistas antigas e, quando penso que um número imenso foi descartado, sinto uma profunda pena. Nesse aspecto (e noutros ...) não me venham cá com a conversa do desapego. Desapego pode muito bem significar um corte de laços sentimentais e bem bastam os cortes que a própria vida se encarrega de nos impor.
Assim sendo, guardo com desvelo todas as Rakans que consegui salvar de destruição certa.


As instruções aparecem, naturalmente em italiano que, infelizmente, não domino, mas no caso tal não é impedimento ...

O esquema é simplicíssimo, a sequência das cores é clara, os pontos são elementares e o corte quase inexistente - sem cavas, requer apenas uns quantos  mates no decote.


O jacquard, um desafio quase infantil - depois de ter tricotado a ÚLTIMA CAMISOLA


Com agulhas nº6 e fio correspondente, as costas avançam a muito bom ritmo 

... tendo em conta que só lhes pego depois de jantar.


Isto do tricô exige clima, isto é, exige frio. Não consigo dedicar-me às lãs e às agulhas se o tempo estiver quente, daí que me vejo neste afã, neste desassossego, a querer tricotar este mundo e o outro, no conforto do meu serão.
Não existe programa melhor!
A sério!

Beijo
Nina