quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

É sempre possível ...


... manter as mãos ocupadas e, principalmente, os olhos abertos em frente à televisão.
Trata-se de uma questão de sobrevivência mental. Refiro-me à programação televisiva! Uma pastilha, um sedativo dos fortes, é o que é!
Só resisto se tiver as mãos ocupadas e quando não tenho nada, invento.
Com latas vazias, neste caso de cogumelos, uma agulha de crochê e uns restos de fio.


Vesti a lata ...



... melhor dizendo, as latas.
Um fundo plano e depois, sempre à volta com ponto baixo.

Servem para organizar a bancada da casa de banho, que detesto bagunça.

A ideia não é minha!
Circula à solta pela net!

Agrada-me o ar arrumadinho, organizado e branquinho da minha bancada.
Às latas vazias, retira-se o rótulo, lavam-se e depois vestem-se.
Ficam irreconhecíveis.
Numa noite de tédio fazem-se várias.
Quando já forem suficientes, continuam-se a fazer, para oferecer aos amigos, para surpreender os conhecidos com este talento básico, mas de grande efeito visual.
Depois é só pôr na cara um ar de modéstia e saborear os piropos!

Beijo
Nina 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Há precisamente 2 anos ...


... escrevi e postei o primeiro texto no meu blog.
Não imaginava, então, o quanto receberia em troca, depois desse primeiro gesto.
Têm sido momentos de alegria, de emoção, de ânsia e , de novo, de muita alegria.
Valeu a pena. Valeu cada minuto aqui despendido.
Realizando o balanço, acho que só tenho ganhos a registar.
Nenhuma perda.
Apenas lucros, lucros chorudos.
Ocupei-me, desafiei-me, conquistei espaço, amizades, profundos afetos.
Valeu, valeu mesmo a pena.
E, claro, é para continuar, asseguro, sem a menor hesitação.

Referência feita à efeméride, passemos aos factos.

Hoje, terça-feira de Carnaval, o dia nasceu tristonho.
Oh! tempinho chato que nunca mais melhora!
Estou assim a modos que farta, mas,já que  impossibilitada de reverter a situação, procuro dela tirar partido.


Então, vendo esta chuvinha de "molha tolos!, miudinha, quase farinha caindo do céu, decidi torná-la útil.
Deu um pouco de trabalho,é certo,  subi e desci escadas umas quantas vezes, mas as minhas plantinhas carentes de humidade, foram transportadas para a sua, digamos, sauna terapêutica.

Nesta varanda, agradecem a chuva fina, que limpa as folhas e hidrata o solo.

Veio o antúrio ...

... as rosinhas  ...


... as avencas e os bonsais.

É o que se chama, "se não podes vencê-los, junta-te a eles!"

Como continua frio, muito frio mesmo, é altura de aproveitar e trabalhar com lãs em frente da lareira.
Abasteci-me de cores.
Delas sairá uma manta para um sofá azul escuro:

Se calhar, precisa de uma pincelada em branco, a decidir à medida que o trabalho cresce.

Logo veremos, pois ainda não escolhi o modelo, sendo que todas as sugestões serão muito bem vindas.

Beijo
Nina

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Bolo de Nozes com Babá de Moça




Era o tal bolo que ontem pretendia fazer.
É que ainda dispunha de alguns minutos antes do jantar e tenho para mim que o tempo é o mais precioso dos bens que não pode, em caso algum ser esbanjado. Acontece que no afã de fazer, de realizar, de concretizar, fácil é deslizar para uma perigosa rampa que conduz ao deserto impiedoso da ansiedade.
Daí que, desfrutar do tempo, pode muito bem limitar-se a sentar, olhar em frente, ou para dentro, ou para o ar, ou para o vazio, assim como que se de uma operação de recarregar baterias se tratasse.
Foi a opção.
Recarraguei baterias! E que bem me soube!
O bolo , esse, ficou para hoje.
Terminado o almoço, quando a cozinha ainda se encontra bagunçada, custa menos. Trata-se de acrescentar bagunça à bagunça e não bagunça á arrumação impecável.
Assim fiz.
A receita, como muitas outras, tirei-a desta blog delicioso:

http://deiaspmachado.blogspot.pt/2010/04/bolo-de-nozes-com-recheio-de-baba-de.html

De momento, o bolo pronto, encontra-se em compasso de espera para ser recheado.



É que obrigatório, imprescindível, é deixar que arrefeça, ou o corte sairá esfarelado, exasperante.


O bolo, portanto, entretanto, arrefece!


O creme, pronto, suculento, aguarda.

Será sobremesa do jantar.
Minuciosa e minúscula degustação, que nestas coisas sou impediosa.
Para continuar a vestir o mesmo tamanho há que ser estrita. Uma prova é uma prova ... não são duas, nem três.
Depois, congelador com o excedente que para isso se desenvolveu a técnica, para não dar desculpas a barrigadas de doces.
A seguir, paulatinamente, servirei um pouco mais, fazendo, entretanto, por distribuir a excedente tentação por quem me rodeia.
Era o que faltava, que uma fatia de bolo nas ancas ( que é para onde vão todas as fatias de bolo) me obrigasse a aumentar o tamanho exíguo ( mais ou menos, confesso) da roupinha que visto.
Por mais delicioso, mais irresistível , mais tentador que seja, está para ser inventado o bolo que me obrigue a aumentar o tamanho das calças!
A sério!

Beijo
Nina

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Domingo de Carnaval






Bonsai abençoando as gotas de chuva!

Chove, chove toda a chuva que os céus albergam.
Ruas desertas.
Cafés e esplanadas vazios.
E faz muito frio.
Descomprometida com a folia carnavalesca, não me perturba o dia invernoso.
Tenho planos.
Tarde passada em casa.
Testar nova receita de bolo.
Passar moldes para novo projecto.
Costurar, sem assessoria, trabalhinho fácil, acessível mas que promete resultado vistoso.
Assim sendo, o post crescerá ao longo do dia, que aprecio documentação fotográfica dos feitos.
Continua, portanto, dentro de momentos ...


Como cresceram!
Começam a revelar as cores. Uma benção para os olhos.

Lá fora, chuva inclemente! Aqui, festa!

Fim da tarde.
Parte do programa cumprido. Parte, porque a ambição desmedida atrapalha os cálculos da gestão do tempo.

Comecei pelos moldes.
É coisa demorada, embora, vaidosa, assuma que domino a técnica com mestria.
Se toda a costura assim fosse, aqui, onde me vêem, seria autosuficiente! Mas não! As linhas, alfinetes e agulhas exigem outra perícia. Exigem, não tenho a menor dúvida, insistência e persistência, num fazer e desfazer sem desistir. Tenho para mim que essa é  a estratégia, a da repetição incansável que, eventualmente, conduzirá, se não à perfeição, ao menos à competência aceitável.

O vestido, obra da Mira em 95% do trabalho desenvolvido, está lindo, lindíssimo.

Um cheirinho, não mais que um cheirinho para espevitar a curiosidade.
Não o vesti porque o frio não o permite. E ele, aquela coisa linda, merece acessórios, merece detalhes que façam sobressair a sua graça.
Logo que o sol volte, mostro. Com a mostra, nascerá, por esse mundo de Deus onde tenho a sorte infinita de ser lida, nascerá, repito, o ímpeto de comprar tecidos, de lançar mãos à obra, desfrutando do imenso prazer de ver concretizado um sonho.

Ao bolo, agora que a noite já caiu, não me aventuro... ou será que sim?
Neste ritmo corrido em que a vida se alegra, se enche de cores, importante mesmo é não pôr travão às decisões, deixando que o tempo flua como uma onda no mar, sempre vivo, sempre disposto a ser vivido.

Beijo
Nina




sábado, 9 de fevereiro de 2013

La Guardia ...

... em castelhano, A Guarda, em galego, idioma que assumem orgulhosamente nuestros hermanos, do outro lado do Rio Minho.
É uma terrinha de pescadores.
Debruça-se sobre o Atlântico bravio, de onde retiram o sustento.


Na encosta do monte cresce a aldeia, eufórica, com casas  em cores berrantes, quase gritantes, competindo entre si,
através do exuberante colorido.
A localização é privilegiada, virada a sul, cheia de sol, com os olhos à solta no mar imenso.


Os restaurantes, em grande número para tão escassa superfície, oferecem peixe e marisco.
Tudo muito bom, tudo muito fresco, "al vapor" ou " a la plancha", sem invenções ou adereços que apenas prejudicariam a frescura imaculada da matéria prima.
Para dois, uma travessa imensa que nem a maior das boas vontades consegue esvaziar.
Mas a culpa é dos comensais, uns piscos, que com pouco se satisfazem.
Um bom par de comilões, senter-se-ia no paraíso ... marítimo.
O vinho é local. Um Albarinho branco, frutado e muito gelado. Um perigo. Por isso, só bebe quem não guia. Quem guia, baba-se de frustração.

Para lá chegar, um pulo.
É só atravessar a ponte nova de Cerveira e seguir as indicações. São 10 Km de boa estrada. Um excelente investimento como comprova a imagem anexa.
Para sábado de Carnaval, parece-me bem!

Beijo
Nina

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Uma teórica ...

... é o que eu sou.
O que me salva é ter consciência das minhas limitações, que há quem as não tenha.
Eu não! Eu sei assumidamente que sou uma teórica, uma teórica entusiasmada e destemida, quase inimputável nos picos de entusiasmo.
Não sei dizer se é qualidade, esta ânsia de experimentar coisas, de destemidamente me lançar em experiências,  sendo, verdadeiramente, o mais perfeito(a) e acabado(a), homem dos sete instrumentos.
Em meu desfavor tenho ouvido e engolido que, quem tantos instrumentos arranha, nenhum domina com mestria.
Crítica pertinente, receio.
Mas, nada a fazer!
Embarco assim, esfuziante de entusiasmo, nos desafios.
Já fui oleira, enterrada em argila até aos cotovelos, sarapintada de barro até às sobrancelhas, guiada pela Amélia, mestra na arte; frequentei cursos de culinária brasileira com a querida, a queridíssima Chefe Inês; durante anos, pintei a óleo, momentos mágicos em que descobria o traço, na combinação exacta de pigmentos, guiada pela Marília, minha amiga querida; sôfrega, seguia os movimentos precisos da professora Regina que me iniciou nos bordados; sozinha, lancei-me no mundo delicioso do tricô e do crochê ... para não referir outras experiências.
Gosto de aprender, não resisto ao chamamento de um desafio.
Vai daí que, me vi, a costurar a sério.
Com a Mira, a minha Mira, tão doce, tão de bem com a vida , tão genial na arte que domina como ninguém.
Sou uma mulher de sorte!
Encontro as pessoas certas prontas a abrir-me as portas de tantos mundos diferentes.

Portanto, a costura anima-me!
Enche-me, preenche-me!
Dizem que vicia ... se calhar é isso.

Hoje, dia de compras, de reabastecimento:

Tecidos, montes, resmas de tecidos, de todas as cores, todos os estampados, todas as texturas.
Todos ridiculamente baratos se comparados com o preço do pronto a vestir.
A custo, moderei-me.


Papel vegetal, químico e uma base de corte, que me informaram ser imprescindível.
Logo descobrirei para quê, mas, humilde não me atrevi a questionar a vendedora


E os tecidos.
Ei-los, em toda a sua glória.
Serão casaco e calças que o modelo está escolhido e, na minha cabeça, perfeitamente definido.
Agora é começar a trabalhar e deliciar-me!

Beijo
Nina

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Orquídeas, sem dúvida!


Neste capítulo, estou segura! Reconheço as orquídeas, sem hesitação, sem dúvida!
Rectificando ... reconheço as minhas orquídeas pois a variedade, nesse capítulo, é imensa e, quem sou eu, que dou palpites em tudo, em tudo descobrindo irresistíveis desafios, repito, quem sou eu, para afirmar do alto da minha ignorância, que sem medo de erro, identifico AS ORQUÍDEAS?
Rectificação feita, passemos aos factos.
Tenho alma de agricultora, vá, pelo menos de jardineira!
Gosto de terra, de sementes, de plantas, de me maravilhar com a sua evolução, de ter ideias!
Gosto!
Mas, bicho de cidade, vivo no último andar de um edifício de cidade!
Sortuda, no meio do asfalto, disponho de um terraço a que chamo, (tonta!) jardim.
Vaidosa, já o mostrei repetidas vezes.
E ele são alfaces, ele são rabanetes, ele são ervas de cheiro, ele são orquídeas.
Nos três vasos que as contêm, crescem lindas e pujantes as minhas belas orquídeas.
Sempre no frio, quanto mais frio, mais viçosas.
 É, então, por Dezembro e Janeiro que, no meu jardim, se faz festa!
A princípio, timidamente, em botões verdes que, em cacho, enfeitam caules carnudos.
Depois, uma espreita, abrindo, timidamente, as pálpebras cerradas. E o processo põe-se, imparável, em marcha.
Uma após outra, todas, se abrem em doces sorrisos, em meigos olhares.
Impante de orgulho, encho o peito de alegria e convenço-me que, de algum modo, participei na festa.
E lá ficam, semanas, meses, alegrando o meu jardim!


Acontece que este Janeiro foi o mês de todas as tormentas, de todas as inclementes chuvadas, de todos os vendavais.
Receosa, olhava com preocupação as minhas indefesas meninas.
Todas as manhãs havia baixas. Feridas, tombavam durante a noite.
Algo havia que ser feito.
Cheia de pena, com um nó na garganta, cortei-as.
Vieram para o meu quarto.

Parecem felizes.
Eu, ganhei sossego, tranquilidade e este bom dia assim que abro os olhos!

Beijo
Nina