quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Graz



Graz é linda!
Detalhes sobre população, rendimento per capita, recursos económicos e outros dados burocráticos, é favor procurar na  Wikipedia, que estão lá todos, enquanto que eu não os domino, já que não irei prestar provas sobre o tema!
Sei apenas o que disse:
-É linda!

Sei ainda - informação totalmente irrelevante - que é local de nascimento desse monstro da sétima arte que responde pelo nome de Arnold Schwarzneger!
Esclareço que a palavra "monstro" tem para mim significado real ,literal, denotativo,  já que as peripécias em que a criatura se envolve, no cinema e na vida real, ou  me incomodam um bocadinho ou, o que é ainda pior, me deixam numa indiferença profunda.
Disse!
Esquecendo o senhor referido, falemos de Graz, essa sim, linda!

A parte antiga, sobe as ladeiras de uma colina, em ruelas estreitas, empedradas, partindo da margem do rio Mur1

Na ponte, os cadeados!
São juras de eterno amor, declarações deixadas pelos enamorados que no rio jogam as chaves.
Há muitos jovens, muitos universitários, ou, apenas, muitos turistas que não resistem ao ritual.

É que, como já referi, Graz é antiga, digna, quase majestosa e, no entanto, afável, simpática, acolhedora e linda, o que, como sabemos, constitui o cenário perfeito para conceber um amor eterno!

Como se não lhe bastasse afagar o nosso olhar, também embala o nosso ouvido!


Em cada esquina, música!
Ligeira, popular ...



... ou erutita.


... a solo ...




... ou em grupo!

E os bares?
Que dizer da frescura, do conforto de bares e esplanadas?


Ao virar de cada esquina, lá está um, oferecendo cadeira, refresco, tempo para ver o tempo passar.

Como se fosse a coisa mais natural do mundo, esta esplanada encosta-se a parede toda ela um magnífico mural.

Não é lindo?
As pessoas vivem assim, aqui! No meio de beleza sólida que respeitam e preservam.
A isto chama-se civilização!

Se pretendesse ilustrar a arquitetura não o conseguiria, já que cada edifício, dada recanto, reclama foto!
Por isso, ao acaso, das dezenas que registei, deixo esta:



Uma sequência de edifícios, todos admiráveis, sob os quais corre uma galeria ...

... com lojas e montras para admirar.


Esta com louças, com roupas de casa, com rendas, com bom gosto, com elegância.

Para terminar, um testemunho inusitado:


Uma bela padaria ...

... com esta data!

A sério ...
Graz é linda!

Beijo
Nina


terça-feira, 11 de agosto de 2015

Baden


Viajar de automóvel tem, como já disse imensas compensações, sendo que, possivelmente, a liberdade de escolha é a maior de todas.
Escolhe-se tudo, desde a hora de acordar ( pormenor importantíssimo ou não tenha eu já sido sujeito a impediosas madrugadas, sobre a déspota tirania dos guias ...), à hora e local das refeições, às paragens, aos desvios e por aí fora - a lista das vantagens é imensa!



Ocorreu, dada essa liberdade, que saindo de Viena em direção a Graz, nos desvíamos ao sabor do improviso, para Baden, uma cidade pequenina, com universidade e consequente vitalidade dos jovens, ruas peatonais, esplanadas simpáticas e jardins frondosos e coloridos, especialmente agradável nesse dia de calor infernal.


Tudo impecavelmente, imaculadamente, limpo, nas ruas reservadas aos peões.


A igreja, com a dignidade da sua torre ... simples, despretenciosa, capta seguidores simplesmente.


Arquiteura clássica, muitíssimo bem conservada, que não há nada pior que confundir o antigo com o velho, em ruínas!


A praça principal, branca, clarinha e muito limpa.

Por quê esta casa banal?


Apenas porque aqui passou férias este "Senhor". Aqui compôs a nona sinfonia.
Convenhamos que não é coisa pouca ou pequena!

Repito, estava calor, calor tórrido!
E estando calor, há que preparar-se para o enfrentar:


Sem a menor maldade, sem sombra de malícia, gostei de registar a total e louvável falta de preconceitos desta senhora ...

Vagueando,continuando a vaguear,  rapidamente chegamos, levados pelo nariz, ao Tschibo, uma loja adorável que, entre muitos tesouros, serve um café fantástico.

Nesta loja, presente em todas as cidades alemãs e - confirmei-o agora - também austríacas, o stock é renovado cada segunda-feira, com ofertas variadíssimas que vão do vestuário, às peças para casa, tudo de muito bom gosto e muita qualidade - posso testemunhá-lo porque há muitos anos que lá faço compras. Só tenho pena que a marca não exista em Portugal!



O interior da loja , organizadíssimo, muito clean, muito fresco.
Adoro!
Fiz algumas adoráveis comprinhas  que talvez venha a mostrar aqui.

Depois encontrei lojinhas tradicionais adoráveis. Nada de shoppings, nada de Zaras!


Aqui, panos, paninhos, fios, botões e outras irresistíveis coisinhas.



Na rua, em promoção, novelos de lãs!
Não comprei! Mantenho-me fiel à minha querida Dona Helena!

Roupa usada.
Alguém interessado?


Eu, não!
Mas valia a pena!
Os casacos são atuais, lindos e em muito bom aspeto.


Aqui um requintado bar/café!
Ótimo pretexto para uma pausa.


Curiosamente, na praça principal, uma surpresa nos aguardava!



Um espetáculo no foro do Programa Erasmus!
Acho que nenhum dos jovens era português ...


... mas animados!




... com muitos espectadores ...

... numa atuação de música e movimento!

No final, os aplausos!


Este, foi apenas um dos muitos felizes acasos!
Acaso abençoado!

Beijo
Nina

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Os meus belos e sedosos cabelos!


Já explico este título promissor!

Faço um interregno na narração da viagem, não só porque demasiada informação cansa, mas também porque o tema que aqui hoje trago é candente, digamos que muito próximo de um drama existencial - que cada um saberá dos seus, com todo o direito e legitimidade.

Falo de cabelo, no caso, do meu!

No meu dia a dia é acessório que muito prezo e que - faça-se justiça ... - não me dá desgostos.É uma idazinha semanal ao cabeleireiro para lavar e secar, o corte das pontas cada dois meses, as madeixas 2 vezes ao ano, uns retoques quando a (Drª) Márcia determina e hidratação segundo prescrição da mesma.
Então sim, mantem-se lindo e sedoso.

Longe da Márcia, carrego múltiplos produtos, artefactos e a sensação de absoluta incapacidade para tratar do assunto de forma minimamente aceitável. Não sei, não tenho jeito, o meu cabelo é difícil, em suma, só impossibilidades e estradas sem saída.

Durante a primeira semana circulo livre e solta, sem remorso e sem vergonha.
 Depois ... depois é que são elas!
O meu belo e sedoso cabelo transforma-se em juba indómita de leão - sem ofensa para o leão!
É que não me obedece, selvagem!
É que me desafia, pérfido!
É que não há nada a fazer ... a não ser ... 



Isto!
Sobre cabeleira de palha, chapéu da mesma!

O chapéu até dá jeito, durante o dia, com o calor tórrido que tem feito.
O pior são as noites! O jantar!
Sinto-me mesmo infeliz.


O meu marido (bonzinho ...) diz que eu sou muita injusta com o meu pobre cabelo e que até prefere este arzinho natural (leia-se, desgrenhado), ao meu look impecável.

Só que não me convence!
E - confesso - já cheguei a sonhar com a Márcia!


Não entendendo o meu drama e desistindo de acompanhar o meu (tortuoso) raciocínio, vencido, aconselhou:
- Vai ao acabeleireiro! A um qualquer! Por favor, vai!

Mas eu não! Eu carrego estoicamente a minha cruz de cabelos indomavelmente encaracolados!
Nasci para sofrer!

Beijinhos
Nina

domingo, 9 de agosto de 2015

Viena


Viena, como qualquer outra capital europeia, fica descaracterizada no mês de Agosto, assaltada por milhares de turistas, de todas as nacionalidades, que, literalmente, ocupam cada centímetro dos  emblemáticos locais.
Agosto é, portanto, o pior de todos os meses para conhecer uma cidade, um país. Ainda assim, não há como evitá-lo quando este é, por excelência, o mês das férias.
Tenho tido a sorte de gerir os meus lazeres com certa liberdade, mas, infelizmente, parte deste mês é inevitavelmente assim aplicado.
Por isso, com a disponibilidade que viajar de carro me permite, vou tentando descobrir tesouros fugindo das multidões.

De LINZ, de que ontem falei com alguma decepção, parti para Viena!

Aproveitando o percurso, parei aqui e ali, que tudo é motivo para descontrair, deixar passear os olhos e, na memória, guardar inspirações:


Outro avental - gosto tanto de aventais!
Este com um folho diferente e um tecido deliciosamente ingénuo.

Foi numa estação de serviço, daquelas muito civilizadas, com livraria, café, restaurante e lojas!
Uma tentação para o viajante cansado e enfadado com os quilómetros.
Vou resistindo!
Se não contar com as revistas que compro compulsivamente.


Não faltam sugestões - gostei das toalhinhas bordadas ...


... dos caquinhos, nem tanto! Dispenso bujigangas ...

Aqui, há-as para todos os gostos.

E, por falar em gosto, acho que o bom - o bom gosto! - se vê nos deatalhes:


Verdade?
Era apenas um carrinho imprestável + 1 vaso normal!
Virou esta graça!

No caminho para Viena, um pequeno desvio para Wochau, nas margens do Danúbio.
É um local imensamente frequentado por austríacos que aí passam férias.
A cidade de Melt com a sua impressionante abadia é talvez a mais famosa e mais visitada.


A abadia ao fundo e o Danúbio em primeiro plano.
O percurso até Viena, desenrola-se sempre junto ao rio ...

... uma paisagem bem mais agradável do que a auto estrada ...

Curiosamente, esta é uma zona de imensos pomares de damascos- Amarillen, em alemão!
Vi compotas, licores, os mais diversos bolos e, é claro, os frutos vendidos ao quilo, estranhamente  - ou tavez não - muitíssimo mais caros do que em Portugal.
É que viver aqui não é mesmo nada barato!

Finalmente, em Viena, cheguei de Metro ao centro - ou deverei dizer ao manicómio?
Tanta, tanta gente, tanta confusão!!!!


Ptrincipalmente aqui, junto à Catedral!

Linda com um telhado particularmente atrativo.


Cheirava a cavalo!


Porque eles, puxando carroças, circulam ...

... e circulam ...

.. e cheiram (mal!)


Fugi, fugi rapidamente do centro ...

... para junto do Danúbio ...

... com a sua espécie de praia!
Pobres austríacos milionários!
Praia?
Isto?

Quanto ao Danúbio, já não  tão azul, como um dia foi, inspirador de melodia imortal!
Dois dias volvidos, deixei os 37 graus e a multidão enlouquecida de Viena, rumando a outras (mais) aprazíveis paragens!

Beijo
Nina

sábado, 8 de agosto de 2015

Linz




Já estive na Áustria diversas vezes, mas sempre me limitei à sua fantástica capital, Viena.

Desta vez, pretendendo uma visão mais ampla e mais verdadeira sobre a realidade do país, inclui, para além da capital, duas outras cidades, começando por Linz, que, conserva a triste memória de aí ter vivido, durante alguns anos, na sua juventude, o horrendamente famoso Hitler.

Aí passei uma tarde e dormi uma noite, tempo mais que suficiente.

Na realidade , não gostei!
Trata-se de uma cidade anónima, sem alma nem identidade, que rapidamente varrerei da minha memória.


Um metro de superfície percorre a rua principal, um tipo de ruído auditivo e visual que muito me desagrada.

Edifícios bem conservados, com alguma imponência, mas desinteressantes.



Esta a praça principal, ampla, mas com pouca vida.
Onde estarão as pessoas, numa tarde de canícula?
Não se sentam nas esplanadas?
Não comem gelados?
Estranho!

Interessante, o rio!
O belo Danúbio, embora a milhas do meu Douro, único e irrepetível!


Cruzado por moderna ponte, é, de longe, o local mais interessante da cidade!





Foi decepcionada - mas informada - que deixei Linz!

É, então, favor registar:
- Não merece a visita!
( Pena que ninguém me tenha informado ...)


Beijo
Nina