quinta-feira, 14 de julho de 2016

O quarto das bonecas


O título deste post poderá levar a pensar que nesta casa existe um quarto de bonecas. Não! Não existe! O que existe é um espaço  - sem bonecas - em que "brinco" às casinhas e ensaio decorações. Decorações que são fruto de coisas que vou criando.
É um quarto sem compromissos.
É um quarto íntimo. Meu. Que se transforma rapidamente em quarto de hóspedes sempre que as circunstâncias o exijam.
Aqui trabalho, aqui escrevo.
É um espaço muito meu, onde me permito não cumprir regras - cumprindo apenas as que eu própria dito.
- E não é assim no resto da casa?
- Em parte! Isto é, na zona "pública" - hall de entrada e sala - conservo algum formalismo. Apenas aí! Nas restantes áreas permito-me todas as loucuras.


Por isso, à medida que - por exemplo - invento almofadas, lá vêm elas para aqui, para o quarto das bonecas.

Esta, linda e colorida, nasceu para dar fim a muitas sobras de algodão.
 Comecei por fazer as flores.
Depois liguei-as com algodão branco.
A toda a volta, uma fiada de pompons que, até prova em contrário, são para mim o acabamento mais fantástico até hoje inventado.

Almofada muito colorida não cabia no formalismo da sala. Por isso - lá está - veio juntar-se ao monte que ocupa o sofá azul deste quarto.


O conjunto das flores foi aplicado sobre este tecido, também ele florido e o resultado foi muito feliz!


Não apliquei fecho e decidi-me pela fronha envelope.Para um toque ingénuo e romântico, juntei um laçarote.


E pronto!
Lá está ela convidando ao conforto fofo do sofá.

Aqui reina a descontração ...

Sacos - cada um com seu projeto - exibem-se sem cerimónia ...
... pendurados em portas

Em cestos - este de trapilho - material aguardando a hora de ser aplicado ...

Não faço a menor ideia do destino que darei a tanto fio


Mais uma cadeira convidando à leitura ou ao trabalho e mais uma almofada ...




Aqui um ângulo alargado do quarto das bonecas ...

... que, afinal, sempre guarda uma boneca - esta a Nina assim batizada pela sua criadora - Ju, uma amiga muito querida que ma mandou do Brasil.

Mais cestos, mais bolsas, mais sacos ...
 ... que são a prova viva que, sem formalismos se pode criar um espaço onde nos sentimos bem.

Continuo em velocidade cruzeiro concluindo projetos apenas iniciados.
Seguramente que alguns virão parar ao quarto das bonecas.

Beijo
Nina

terça-feira, 12 de julho de 2016

Para o calor ...

O calor, definitivamente, chegou!
Sendo muito bom, colide, no entanto, com as minhas atividades durante o serão, quando gosto e preciso de manter as mãos ocupadas, sob o risco de cair inanimada, morta de sono.

O tricô,- que adoro - torna-se impraticável, dada a natureza dos materiais.
Resta-me o crochet ou uns pontinhos de bordado - atividade que ocupa o último lugar na minha lista de preferências.
Tenho investigado, pesquisado sem grande sucesso, sem o "clic" fundamental que é premonitório do sucesso da empreitada.
Depois de muito "garimpar", senti o tal "clic".
Descobri-o, no Pinterest,  AQUI!

Now that 's hot and it becomes impossible to knit , I found on Pinterest this lovely quilt made ​​with fabric scraps and some crochet careers.





Crochet and fabric Quilt 2
Uma colcha!
Linda de morrer!

Uma conjugação de tecidos e patchwork com crochet.
Há que cortar quadrados e quadradinhos, aplicar uma volta de zigzag e começar a ligá-los, usando este esquema ou outro qualquer.
Nos vértices, uma florzinha!
Lindo, muito lindo!

Vamos procurar retalhos, vamos cortá-los, recheá-los com manta térmica, forrá-los e, finalmente, ligá-los  com umas carreiras em crochet.
No caso, contorna-se a dificuldade que é o "quilting" e, a meu ver, obtem-se uma colcha maravilhosa.

Por mim, estou mesmo feliz com a descoberta e pronta a pô-la em prática.

Quem me acompanha?

Beijo
Nina

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Amarante




Gosto muito de Amarante e desta terra guardo muito boas recordações.
Em criança, quando o passeio rumava a Amarante, lembro as delícias da Lailai, uma confeitaria fantástica, especializada na doçaria conventual de Amarante.
 Um dia, tão entusiasmada estava com a perspetiva dos belos docinhos, que entrei, desaustinada na Lailai - sem abrir a porta de vidro da entrada - ganhando de imediato, volumoso "galo" na testa, muitas lágrimas e algumas reprimendas pela falta de cuidado.

Atualmente não existe Lailai. Fechou. Disseram-me que por desentendimento entre os herdeiros após a morte dos proprietários. Uma perda irreparável! Uma enorme pena!

Sem Lailai, perduram, felizmente, os fantásticos doces, na Pastelaria da Ponte, por exemplo.

Na semana passada, de regresso a casa vindo de Vila Real, esbodegada de calor, fiz uma pausa em Amarante.
Ainda bem que a fiz!



Returning to Oporto, coming from Vila Real is mandatory to stop at Amarante .
There we can eat the delicious conventual pastry , stroll along the banks of the Tamega River , visit the Cathedral and the Museum and admire the well-preserved architecture.


A vista do rio Tâmega é, por si só, refrescante.

Na sua margem, a Confeitaria da Ponte, a tal que vende maravilhosa pastelaria local

Depois, a ponte.
Linda, sobre o Tâmega, conduzindo à área monumental da Sé e do Museu

Neste edificio amarelo localiza-se um dos mais medalhados e mais caros restaurantes do país 


De novo o rio tão refrescante

... a Sé e a parte histórica muito bem preservada





E, nas margens do Tâmega, muita sombra, muitas árvores apaziguando o calor infernal

É, portanto, para reter:
- Do Porto, sempre por autoestrada até Vila Real e, no regresso, pausa obrigatória em Amarante!

Beijo
Nina

domingo, 10 de julho de 2016

Vila Real (Trás-os-Montes)



Toda a minha vida vivi perto do mar, umas vezes mais perto do que outras. Daí o meu fascínio e quase dependência face a esta proximidade.
O mar é lindo sempre, quer esteja manso como um lago, quer enfurecido e ameaçador.
Ocorre que, aqui no norte, nos meses de Verão, o nevoeiro matinal e a forte nortada durante a tarde, são companhia com que se deve contar.
 É assim!
 Nada a fazer!
 E continuo a fazer questão de viver perto da praia.

Neste Julho que finalmente trouxe o calor, com céu limpo (e nortada ...) dá vontade de ver como se vive mais para o interior, fugindo à influência do oceano. Foi com esse espírito que - continuando a tentar descobrir um Portugal desconhecido - rumei ao interior norte, concretamente a Vila Real.

Apenas percorridos que foram menos de 10Km, o vento desapareceu e o verdadeiro calor caiu sobre nós!

Com ar condicionado ligado, a viagem de cerca de 100Km faz-se bem, mas, alcançado o destino, percebe-se  bem o que são os Verões do interior - um forno, quase um inferno.

A cidade estava morta, adormecida e as ruas quase desertas.

Neatas condições, a melhor forma de realizar o ro teiro pela cidade é no aconchego refrigerado do carro.

Seguiu-se o almoço, uma simpática surpresa no restaurante Cais da Vila, instalado em antigas dependências da estação de caminho de ferro.



Decoração muito agradável, muito bem conseguida.

Chegando cedo, antes da chamada hora de ponta, é-se muito bem atendido, com toda a disponibilidade, quer no serviço de mesa, quer no da cozinha. Aprendi a duras penas esta enorme vantagem e, por isso, se possível procuro ser a primeira ou das primeiras clientes.

Havia serviço "à carta" e um "menu executivo", compreendendo uma entrada, um prato, uma sobremesa e água, com o custo de 12,50€.
Essa acabou por ser a escolha, uma boa escolha:


Começando com um creme de alho francês ...

... prosseguindo com carne de porco à portuguesa ( igual à alentejana, mas sem ameijoas ...)

... terminando com uma cornucópia com chantilly e fruta.
Foi muito agradável.

Não dei por mal empregue a viagem - até porque "inaugurei" o Túnel do Marão, mas, desaconselho a visita no tórrido calor transmontano.

No caminho de regresso ao Porto, revisitei Amarante, que é sempre, sempre, uma decisão acertada e de que darei notícia no próximo post.
Tenham um bom fim de domingo e que viva Portugal!



I've lived all my life near the sea, almost looking at the beach and I' m sure I couldn't live away from it.
However, I have to admit that Summer inside the country, is much warmer, no fog or north wind.
Last week I visited Vila Real and there I could felt true tropical heat.
There, I had lunch at Gare da Vila restaurant, a very nice place,  I recommend. 



Beijo
Nina

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Tanto calor!


For these hot days, a very comfortable long dress and sandals. The colors? Black and white, the perfect combination .



Está mesmo muito calor!
Demasiado calor, para minha preferência - pessoa moderada!

Apetece vestir confortavelmente, tecidos frescos e cortes atuais que garantam um look agradável.
Para meu gosto, os vestidos compridos usados com sandálias são fantásticos, como por exemplo este:


Latest fashion trends: Summer look | Monochrome striped maxi dress with flat sandals:
Cabelo apanhado - morro de calor com "cachecol" à volta do pescoço - sandálias abertas, quase pé descalço, óculos de sol e mala a condizer ...


As cores?
Preto e branco!
Basta!
Se acrescentar estraga!

Encontrei o "boneco"  AQUI! 

É a minha cara.

Beijo
Nina

terça-feira, 5 de julho de 2016

Leitura(s) para férias.




Sou leitora constante. Este o adjetivo que melhor me caracteriza. Isto porque não vivo sem um livro. Não que dedique à leitura horas do meu dia (que não tenho ...), mas porque leio, no mínimo, um livro por mês. Faço-o como ritual,antes de dormir e, às vezes, quando o sono não vem, uso o livro como sonífero - levanto-me e leio. Funciona razoavelmente.

Situações há, porém, em que estes "costumes" são adulterados. Falo das raras ocasiões em que a leitura me devora, muito mais do que eu devoro a leitura. Isto é, sinto-me presa nas redes da trama, do discurso envolvente, em que me vejo e revejo, como mulher e como ser humano, plena de certezas, de incertezas, de dúvidas e de contradições, mas sempre em busca da minha verdade.

São momentos iluminados em que não desligo, me enredo na intriga e, paradoxalmente, receio e temo o fim que velozmente se anuncia.

Ocorreu com o último livro que li - na verdade um conjunto de quatro, que, como por milagre - dada a raridade de tal situação - mexeu comigo de um modo íntimo, profundo e absolutamente enriquecedor.

Falo da obra de ELENA FERRANTE - retenham o nome!

Provavelmente este é o pseudónimo de uma escritora genial.

A obra?

- A AMIGA  GENIAL - livro 1
- HISTÓRIA DO NOVO NOME - livro 2
- HISTÓRIA DE QUEM VAI E DE QUEM FICA - livro 3
- HISTÓRIA DA MENINA PERDIDA - livro 4



Este o livro de todas as alegrias, de todas as penas ...
 Quase íntima da autora - afinal este foi o 4º volume "vivido", "ingerido" de uma assentada, quase de rajada , foi, dizia, a leitura de toda a intimidade, mas também de toda a pena - acabou! Agora é revisitar, reler, reviver.

Com a maior convicção, com todo o mais profundo entusiasmo, aconselho.
- Para férias?
- Sim!
Não que seja depreciativamente considerado levezinho, sem conteúdo. Nada disso!
Para férias, apenas porque sendo tempo de lazer , será para muitos(as) o tempo de todas as disponibilidades.

Esta manhã, na FNAC, deambulando entre estantes e mostruários, que vi?



Nova obra!

Veio comigo, evidentemente!
Contenho-me para não me lançar imediatamente na leitura, contenho-me a duras penas!

Antevejo, porém  e já a fantástica viagem que, mais logo, me aguarda.

Para terminar, diria:
- Se mais nada puderem/quiserem ler, leiam Elena Ferrante.

Beijo
Nina

domingo, 3 de julho de 2016

Os deliciosos desastres do fim de semana






Durante o fim de semana esqueço a contenção e escolho comer o que muito bem me apetece.
Vale a pena, tanto mais que o prazer não é momentâneo - serve de inspiração para reproduzir em casa tudo quanto se defina como delícia.

Hoje, domingo, dia de muito calor, foi tempo de bom comportamento alimentar e de retiro doméstico - as praias estão tão apinhadas por veraneantes fartos de frio, que apenas se vislumbram pedaços de areia.
Assim não me apetece e prefiro ficar por casa entregue às minhas coisinhas - já li (aliás terminei um livro de que mais tarde falarei), já costurei e agora, antes de me sentar frente à TV, deixo este registo gastronómico.




Chuletitas de cordero lechal - assim dizem os espanhóis, onde , em Vigo as provei deliciada.

Pescada com pistáchios  - fresquíssima e cozinhada no ponto.

Gelado de coco e ananás



Fondant de chocolate com gelado de tangerina

Tudo excelente.
Foi um almoço para dois, em Vigo (como já tinha dito), no restaurante do El Corte Inglês, onde, na última sexta-feira começaram os saldos - as rebajas, como eles dizem.

Comprei o que tinha planeado, com desconto considerável e almocei muito bem, conforme as imagens documentam.
Come-se muito bem em Espanha.
Na Galiza, divinalmente.

Fica pertinho do Porto e em menos de 2 horas estamos lá.
É programa que muito me agrada.

Boa semana!
Beijo
Nina