sábado, 14 de março de 2015

The simple life

Já há muito que sigo com um misto de curiosidade e interesse este conceito:
-The simple life!

Como o nome indica, trata-se de um modo de encarar e gerir a vida de uma forma que exclui tudo quanto é supérfulo, desde a alimentação, ao vestuário e aos cuidados elementares de manutenção de uma casa.

Olho com curiosidade, como disse, e também com admiração, a capacidade que algumas pessoas manifestam de quebrar as cadeias que as aprisionam à feroz sociedade de consumo. E, não deixo de compreender e, até, simpatizar com os seus pontos de vista. O que, só por si, não significa que os abrace e aplique ao meu dia a dia. Mas, já se sabe, conhecimento e abertura de espírito não fazem mal a ninguém. Só nos enriquecem, elevam e abrem o leque de opções que cada um decide adotar.

Neste contexto, tenho-me documentado em aspetos comezinhos que passam da produção dos detergentes domésticos, à realização de arranjos de costura - nunca mais recorri às lojas de costureiras para subir ou descer bainhas ... - à produção das próprias compotas - as minhas incomparávelmente melhores do que as da loja - conservas e congelação de legumes, produção do próprio pão e tantos outros items que, no meu dia a dia, eu própria produzo.

Há, porém, quem faça desta teoria um modo de vida:


Aqui, onde nos meses de verão funciona um parque de estacionamento automóvel, nasceu uma aldeia de avantajadas dimensões.
Uma aldeia de caravanas!

São alemães, franceses, holandeses e suecos, na sua maioria..
Aqui montam a sua habitação fugindo aos rigores do inverno nórdico.

Não é um camping!
Não têm energia elétrica. Para isso recorrem a painéis solares próprios.
A própria água é recolhida nos chuveiros que servem a praia.
 Também aí lavam  as roupas que estendem ao sol junto às caravanas.

Com eles trazem o cão, o gato, o periquito e até os vasos com plantas.
E, como uma perfeita comunidade, entre si convivem com jogos, conversas e risadas.

É, mais que uma forma aprazível de ultrapassar o inverno, é, dizia, uma forma de estar na vida.
Uma forma curiosa! Quase radical, diria!
Se eu aderiria?
Não! Nunca!
Estou ainda e sempre - receio - agarrada ao conforto da minha rotina, dos meus sofás, das minhas torneiras de água quente.
Como testemunho do exequível - afinal é possível viver assim! - tem o seu valor!

Beijo
Nina