domingo, 13 de março de 2011

Batalha, Fátima, Algarve ...

Foi o motivo da minha ausência ontem, quando estava planeada uma fuga até ao Algarve, se o tempo permitisse.
Pela manhã, muitas nuvens, uma ameaça latente de chuva, mas o hotel estava pré-pago e a desistência tinha preço.
 Por isso, fui.
A ideia era postar assim que chegasse, mas "problemas técnicos no hotel" inviabilizaram os meus planos e deixaram-me frustrada. Para piorar a situação, no sul, o tempo estava bem pior que no Porto e, por isso, o que estava previsto ser uma estadia de 3 dias transformou-se numa noite ( ainda por cima, mal dormida) e numa viagem de ida e volta.
Valeu pelo percurso que teve paragens muito agradáveis e pelos excelentes almoços e jantares que estou morta por compartilhar.

A começar, tive o privilégio de, a 200Km do Porto, fazer uma primeira pausa na Batalha, uma vila do distrito de Leiria, com cerca  de 16 000 habitantes.
Nela foi erigido, durante dois séculos, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido por Mosteiro da Batalha. 
D. João I de Portugal foi o responsável por esta obra, edificada como prova de gratidão a Nossa Senhora, que terá protegido os portugueses, na Batalha de Aljubarrota, quando estes defrontavam um muito mais poderoso exército espanhol.
Em causa estava uma crise dinástica que punha em perigo a perda da independência de Portugal a favor dos Castelhanos.
Comando por D. Nuno Alvares Pereira, o exército português acabou por expulsar o castelhano, numa luta tão desigual, que só a intervenção divina explicava o sucesso dos primeiros.
Como prova de gratidão, surge esta jóia em estilo gótico, património mundial da Unesco e considerada em 2007, como uma das sete maravilhas de Portugal.


Vista lateral


Porta principal


Detalhe da porta principal



Figuras sobre o arco da porta principal



D. Nuno Álvares Pereira


Túmulo de D. João


Detalhes de outros túmulos

Não foi a minha primeira visita.
Lembro-me que, em criança, no âmbito de uma visita de estudo organizada pela escola, já lá estivera.
Mais tarde, adolescente, voltara.
Mas só agora é que verdadeiramente me emocionei com o jogo de rendas, do crochet delirante executado por mãos iluminadas, em pedra.
No interior, o jogo de luz e sombras não é captável pela objectiva. Transcende a visão, invade-nos, respira-se o mágico e o maravilhoso.
Sempre lá estiveram. Eu é que era cega, incapaz de me desprender das amarras do banal e ascender, por minutos, ao sublime.
Esta é, porventura, uma das vantagens de amadurecer, de acumular anos...

Beijos,
Nina

4 comentários:

  1. Que lugar lindo!!

    Tem coisas que a gente só percebe depois que visita o lugar mais uma vez.

    Beijos

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  2. Nina,
    Realmente definiste bem - uma renda - é lindo e tem algo de divino. Como o ser humano pode ser capaz de obras tão maravilhosas?
    Um beijo, bom domingo

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  3. Olá Nina!!
    Que lindo, assim vou conhecendo um pouquinho de Portugal. Bjs.

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