sábado, 4 de outubro de 2014

1215 - Uvas com queijos ...

... são como beijos!




A frase é do Miguel, do restaurante  O LAGAR EN EIRAS, um dos meus restaurantes preferidos.

Existe comparação mais perfeita?


Ele há beijos e beijos, já se sabe!
Mas a combinação de uvas muito doces com o ligeiro travor de queijo em minúsculos cubinhos, é algo que transcende a imaginação!
Com vinho branco, por favor! Estupidamente gelado, obrigatoriamente!
Só experimentando!

Beijo
Nina

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

1214 - Dicas!


Decidi mostrar os saquinhos utilizados para lavar, na máquina, roupa delicada, já que, o último texto que publiquei - sobre os afazeres de uma dona de casa - mereceu variadíssimos comentários e algumas perguntas, concretamente, sobre os ditos sacos.
Não há o menor segredo:


Têm este aspeto.
Este, em particular, é excelente e serve até para lavar ténis.
É forte e muito bem acabado.
Comprei-o na Alemanha, numa loja irresistível, onde me perco, do mesmo modo que outras pessoas se perdem nas sapatarias... é que tenho sapatos em excesso e a fixação de outros tempos, hoje, apenas me cansa. Mas isso será conversa para outra ocasião.

 Voltando, pois, ao belo saco (o Mercedes, o Porsche dos sacos ...), trouxe-o de uma das muitas lojas Tchibo, que vende café sempre, e utilidades variadíssimas cujo stock renova cada segunda-feira.
É meu há muitos anos, sendo de uma eficiência garantida.

Mais tarde, em Portugal, comprei vários como este, em diferentes tamanhos.
Não tendo a qualidade do primeiro, vão, ainda assim, cumprindo o seu papel protetor.
Encontram-se em qualquer grande superfície, na secção de detergentes e acessórios para tratamento de roupas.

O tecido fininho, é uma espécie de rede, quase tule, fechado por ziper -  já me têm dado alguns desgostos. Não tenho dúvidas de que eu própria os vou costurar assim que necessário e, já que falamos em economia doméstica, aconselho as destemidas costureiras a que façam o mesmo.
Dos comentários que recebi, todos super simpáticos, adoráveis de ler e que muito agradeço, destacarei dois, por razões diferentes:

Da  TERESINHA, recebi esta delícia:

" ...E vou acrescentar uma dica, porque também só uso atoalhados e lençóis brancos: se estendidos ao ar
livre e estiver luar, ficam mais corados do que se apanharem apenas sol. Como moro no último andar, uso essa técnica: experimenta agora na próxima lua cheia."

Não é uma maravilha?
Obrigada, Teresinha!
Experimentarei com toda a certeza.

Da  MARIA JOÃO, pessoa muito prática, chegou o ensinamento:

"Ainda faço melhor, como não tenho especial interesse em mudar o visual da cama sempre que mudo os lençóis, no verão, lavo-os de manhã para ao fim do dia estarem prontos a voltar à cama, com o seu cheirinho de acabados de lavar e secar, que por vezes se dilui na arrumação"

Obrigada, amiga.
Pratico o mesmo sistema com toalhas de mesa, daquelas que, pela sua natureza, passam bem sem ferro e para dizer a verdade, também com guardanapos, que só uso em pano (dobradinhos e enfiados numa argola ficam perfeitos).
Já nos lençóis não consigo ser tão expedita. É que ainda sou do tempo dos enxovais, dos lençóis em linho bordados e, às vezes, para complicar ainda mais o assunto,  rematados com rendas. Nesses casos, o ferro de engomar é imprescindível. 
Dá trabalho, claro que dá trabalho, mas são tão lindos que merecem o esforço.

Beijo
Nina

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

1213 - Tratamento de roupa

Sempre que a máquina de lavar fica cheia ( e nunca antes!), lavo a roupa em programa adequado, tendo como principal cuidado a separação por cores.
Tendo particular predileção por lençóis e atoalhados de cor branca, a tarefa simplifica-se.
Depois, há a considerara as peças que, pela sua fragilidade exigem especiais cuidados na temperatura e na centrifugação as quais, nesses casos podem chegar  à água fria e à centrifugação nula.
Comprei para a roupa delicada - porque fui tola e precipitada, não me ocorrendo que eu própria os poderia costurar - uns sacos em rede que protegem a lingerie. Aconselho-os, vivamente.
Em resumo, praticamente não lavo nada à mão.
A excepção ocorre com guardanapos  e toalhas brancas cujas nódoas de fruta resistem a qualquer lavagem. Nesses casos a lixívia é fundamental e, sujeito-as a um banho prévio antes de entrarem na máquina.
Mas, como disse, são excepções.
Lavada a roupa, há que secá-la e embora disponha de uma excelente secadora, raramente a uso - a dizer a verdade não me lembro da última vez que a utilizei.

Porquê?
Porque é desperdício desnecessário.
As máquinas de secar gastam balúrdios de energia elétrica - bem me lembro das contas astronómicas quando os meus filhos pequeninos sujavam toneladas de roupa.
A razão económica é forte, mas a ecológica também.
Desde que haja o cuidado de estender a roupa muito bem esticada, grande parte dispensa o ferro - atoalhados de banho, panos da louça e até pijamas e peças para o desporto.
Faço questão de  ser eu a realizar a tarefa, pois tenho a certeza que fica bem feita.
Abro a janela da lavandaria e deixo que a minha roupa lavadinha e perfumada seque ao ar.

Quando a apanho, seleciono imediatamente. A que precisa de ferro fica dobradinha neste cesto. A outra, segue imediatamente para o seu local de arrumo, que nada me aflige mais que uma montanha de roupa para passar.
O detergente e o amaciador vai variando de acordo com as promoções oferecidas no supermercado.
Este - Doussy - tem um cheirinho particularmente agradável.

Faço, pois, como fazia a minha avozinha:
Estendal, molas para a roupa e brisa fresca.
Amanhã, a tarde será  para  passar a ferro.
Confesso que odeio.
Confesso que pago para que o façam por mim.
Mas uma coisa garanto, seguindo este método passa-se apenas 1/4 de toda a roupa lavada e poupa-se 3/4 de energia elétrica.
Se é para gastar, gastemos com inteligência.

Beijo
Nina

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

1212 - Plantas sem luz!



Quando digo "sem luz", quero dizer em quase total obscuridade!
Uma impossibilidade!
Há umas,algumas,  poucas, que se adaptam à sombra, mas são raras e suportam a falta de luz por muito tempo.
Em locais mal iluminados, o ideal seriam as flores frescas e digo "seriam" não fosse dar-se o caso que o seu elevado preço impossibilite a aquisição.

Acontece que o meu hall de entrada, além de pequeno, é sombrio, quase escuro.
Acontece igualmente que a primeira impressão é a mais importante e, por isso, gosto de, apesar das limitações, ter uma entrada minimamente agradável.


Abrindo a porta de entrada, dá-se de caras com este conjunto:
- Na parede, um óleo de um pintor amigo - o grande aguarelista António Joaquim -  de quem possuo inúmeros trabalhos.
Um clássico , que conjugo, calmamente, com o  moderno.
 Tenho elevadíssima estima por este artista e, por isso, orgulhosamente  e cheia de gratidão, exibo as suas obras em diversas paredes.

Sobre a cómoda um vaso Costa Boda que há muitos anos trouxe de Estocolmo.
No vaso - e agora chega a inovação - coloquei ramos de um Ficus gigantesco que precisava de poda.
Entre os ramos, o truque:
-Rosas brancas de tecido!

Vistas de perto, não enganam ninguém, mas ...

... à luz ténue destes candeeiros, conseguem formar um conjunto agradável.

A cómoda, de castanho antigo, tem o destino traçado e, mais dia menos dia, vai ser pintada  numa qualquer cor clara , para escândalo dos puristas!

O que pretendia sublinhar neste texto é que a mistura de ramos naturais, sejam eles verdes ou não, com flores artificiais, resulta razoavelmente, ainda que por tempo limitado.
É que, embora tenha acabado de compor o arranjo, não tenho ilusões - dentro de pouco tempo mudarei tudo, tanto mais que, um passeio pelo campo, neste outono glorioso, oferece múltiplas opções coloridas para alegria dos olhos.
Saiam, cirandem pelo campo e regressem com braçadas de folhagem e flores silvestres.
É bonito e barato!

Beijo
Nina

sábado, 27 de setembro de 2014

1211 - Bolinhos de arroz


Estes bolinhos de arroz fazem parte  do conjunto de receitas deliciosas - sem excepção - do LIVRO DE PANTAGRUEL, minha escola, minha bíblia, minha inspiração, minha salvação.

Hoje, a inspiração, o clique que me empurrou para a feitura, veio DAQUI!

Comem-se sem pensar , sem culpa, sem arrependimento ...

Neste tamanho reduzido, comem-se de uma dentada só ... vários, muitos! 


A vontade irreprimível de os preparar impôs-se, pois.
Só me faltava a farinha de arroz. Comprei-a hoje. Já os assei. Já comemos metade!

Precisamos de:
250g de açúcar
6 ovos
125g de farinha de arroz
raspa de 1 limão

Batemos o açúcar com as gemas e a raspa de limão.
Juntamos a farinha.
Batemos.
Por fim, as claras em castelo.

Assa a 180 graus, 20 ou 25 minutos.
Comem-se num abrir e fechar de olhos, fofos, leves, derretendo-se na boca.
Um pecado!

Beijo
Nina

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

1210 - 27 graus!


Está mesmo calor!
Agora que entrou o outono, os dois últimos dias têm sido de pleno verão.
Ainda esta manhã, caminhando junto ao mar, vi dezenas de pessoas estendidas na areia, indiferentes ao calendário.

Por isso, do mesmo modo que tenho mostrado esta mesma janela batida pela chuva e pelo vento, hoje apresento-a banhada em luz.
Adoro castiçais e a combinação de branco com branco, fascina-me.
À noite, acendo as velinhas e consigo um ambiente super acolhedor.

Virada a SW, tem sol a partir do meio dia e por isso, eu que gosto de enfeitar o peitoril, tenho que ter algumas precauções com as plantas que aí coloco, não vá o sol queimá-las.
De momento, a mais crescida, é uma variedade de orquídea ainda sem flor.
A menorzinha veio do Algarve, presente do senhor Tony, onde todas as manhãs tomo o meu expresso e leio os jornais.
É uma pimenteira, ou planta do piri-piri. Está "pegadinha" e parece apreciar o sol direto.
Do senhor Tony, um algarvio simpatiquíssimo, recebi uma enorme quantidade de vagens de piri-piri que têm temperado os meus petiscos.
Esta, quando um pouco mais forte e crescidinha, mudará de poiso.
Vai para um vaso maior, mais de acordo com as suas exigências.

Ei-la, vaidosa, exibindo umas quantas minúsculas florzinhas.
Desde que me conheço que tenho esta apetência pela decoração dos peitoris das janelas. Gosto de, olhando da rua, para a fachada do prédio, identificar imediatamente o meu ninho.
Acho que não estou sozinha nesta debilidade.
Ainda agora, através dos Países Baixos que percorri de norte a sul, encontrei esta mesma predileção levada ao extremo dos cuidados, pois as janelas, além de decoradas com plantas, velas e lanternas, eram vestidas com cortinas de renda e folhos múltiplos que lhes emprestavam o ar de casas encantadas.
Lindo, muito lindo!
Digno de admiração!

Digam-me o que pensam! Dêem-me a vossa opinião:
- Encantador ou, simplesmente, kitsch?

Beijo
Nina

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

1209 - A costureira ...

... entusiasta, amadora, ignorante e aselha - embora super bem equipada com uma Singer última geração - que vive dentro de mim, decidiu-se e passou das palavras à ação.

No meu espaço de trabalho, tenho, num cesto, um monte de panos e paninhos, peças de roupa e de casa, aguardando que eu dê o passo, isto é, que me decida, ganhe vergonha na cara e meta as mãos na massa.
Entre as muitas pendências, um macacão em seda, numa linda tonalidade de azul, super atraente no cabide, mas vestido ... nem tanto.
Fui-me a ele e de desmanchador em punho, eliminei o corpo.
Provei.
Deparei-me com umas calças larguíssimas na cintura.
Rematei com zig-zag. Fiz uma bainha. Enfiei um elástico.
E voilá:
Umas calças fininhas, frescas, práticas para as férias na praia.

Mais de perto, minhas senhoras e meus senhores, queiram observar a simplicidade ( e o esmero) da operação.
Com top branco ou colorido, sandália ou chinela, estou pronta para circular nos calores algarvios onde, nem morta, visto jeans.
 Ok! O meu trabalho foi simples, mas não interessa! Fi-lo!
E, embora cheia de vontade de correr e açambarcar metros e metros de tecido, na loja mais próxima, contenho-me.
Primeiro vou despejar o bendito cesto, e os retalhos guardados e tudo o mais que sirva para costurar.
Só depois, numa espécie de recompensa, haverá paninhos novos.

Não me fiquei por aqui, pelo macacão que virou calças.

Falei, há tempos, que pretendia renovar o meu quarto - estou tão farta dos laranjas e dos briques!
Esta foi, quase noutra encarnação, a primeira almofada que fiz e que, então, me deixou rebentando de orgulho, embora nem ziper lhe tivesse aplicado, tarefa medonha para a minha (in)capacidade - faz parte do tal conjunto que, atualmente, abomino.
Mostrei, entretanto, uma combinação de cores pastel que adoçará os meus despertares, um conjunto de almofadas e manta que seguem a bom ritmo.

Com os revestimentos em crochê prontos, tratei das fronhas, estas, com ziper, que se é para aprender, nada de evitar as dificuldades.
Cortei o tecido na medida adequada, cosi e apliquei a capa em crochê. Por enquanto, apenas alfinetada. A tarefa seguinte será pregá-la à mão.
Para que a coisa resulte, tenho que comprar linha neste verde-água.
O pior já está feito e considero que voo em velocidade cruzeiro.
Oxalá não me esbarre!
 Hoje iniciei um segundo par de almofadas e, devo confessar, que está a correr muito melhor do que eu esperava.
Se a coisa der para o torto, sigo o conselho da minha amiga Helena , sem dramas, sem choro, sem ranger de dentes:
-Faço panos da louça!

Beijo
Nina