domingo, 22 de fevereiro de 2015

Meus amores ...


Meus amores:

Quando ontem mostrei o casaquinho amarelo, fruto de alguns serões frente à TV, prontifiquei-me a prestar esclarecimentos extras a quem deles necessitasse e realmente recebi alguns pedidos, via blog ou e-mail.

Respondendo, portanto, a esses contactos, tentarei, numa espécie de PAP, demonstrar que o casaquinho é de uma simplicidade absoluta e que pode ser incrementado de várias maneiras.

Para começar, o tamanho não é importante, porque ainda que fique grande para um recém nascido, os bebés crescem tão depressa que, em questão de semanas estarão a usá-lo.
Este aspeto não se aplica em tricô para adulto, porque - Deus é grande! - não vamos engordar e muito menos crescer para vestir uma peça avantajada.

Considerações aparte, este casaquinho é uma delícia de tricotar e fica pronto num instante. Além disso, serve para dar uso aos irritantes restos de fios.

Concretamente, no caso do amarelinho, utilizei dois novelos comprados numa loja chinesa, com agulhas nº 4.

- Iniciando o procedimento pelas costas, montei 52 malhas, prosseguindo em canelado 2/2, isto é, 2 malhas de meia, duas de liga (tricô), durante 10 carreiras.

(SUBLINHO, dirigindo-me às meninas(os) brasileiras(os), que em português, MALHA DE LIGA corresponde a MALHA DE TRICÔ!)

- Prosseguimos em meia- direito em meia, avesso em liga) durante 25 carreiras.

- Comecemos, então,  a cava da manga raglan:
Pelo direito do trabalho, tricotamos 2 malhas em liga;
Passamos o fio para trás e retiramos, SEM TRICOTAR, a malha da agulha esquerda, passando- para a agulha direita;
De novo, o fio para a frente e tricotamos duas malhas JUNTAS em liga;

Prosseguimos o tricô em meia e quando faltarem 5 MALHAS, tricotamos:
2 JUNTAS em liga;
Passamos o fio para trás e retiramos a malha seguinte sem a tricotar;
Passamos o fio para a frente tricotando as 2 malhas restantes em liga;

O avesso é todo em liga, sem mates.

Quando tivermos executado 16 mates suspendemos as malhas restantes num alfinete auxiliar.

As frentes iniciam-se com 26 malhas, começando a cava de acordo com as costas, mantendo também , as malhas sobrantes num alfinete;

Para as mangas, montamos 30 malhas, repetindo o canelado por 10 voltas. 
Começa-se então a malha em meia, distribuindo, na primeira carreira 5 malhinhas.
Prossegue-se durante 22 carreiras, momento em que se iniciam as cavas conforme a explicação anterior, e, de novo, as malhas sobrantes são fechadas em alfinete.

Concluídas as 5 partes, cosem-as as costuras das mangas, as frentes às costas e as mangas à cava.

Levantam-se então as malhas sobrantes para o remate do decote reunindo todas as malhas deixadas em suspenso e tricota-se 10 carreiras em canelado 2/2.

Falta o remate das frentes.

Levantamos 1 malha por cada carreira, tricotando em canelado 2/2 durante 10 carreiras.
Não esquecer de fazer "casas" para os botões - 1 laça, 1 mate de 2 malhas - distribuindo-as equilibradamente - há que contar as malhas e dividir pelo nº de botões que se pretende aplicar.

Cosem-se os botões e está pronto. 


Descobri estes 3 novelos ...
Vou iniciar um novo casaquinho, destas vez às riscas e teremos um bebé "navy".
Seguidamente, tricotarei o mesmo modelo alterando apenas os pontos, o que prova que, de uma forma extremamente simples se podem multiplicar os casaquinhos para os nossos príncipes.

Espero ter sido clara na explicação que deixei. Se não o fui, não hesitem em contactar-me, pois tenho o maior gosto em ser útil.
Aliás, não faço mais do que a minha obrigação, pois tudo o que sei, embora sendo pouco, aprendi aqui com pessoas  talentosas que generosamente partilham os seus saberes.

Vá lá!
Para fazer o casaquinho lindo, fofo, querido, bastam duas agulhas, 100g de lã e o conhecimento básico dos pontos de meia e liga.
Feito o primeiro, não mais irão parar e a seguir começam a sonhar com modelos exclusivos com os quais, desfilarão elegantes, lindas e loiras.

Fico, expectante, aguardando coisas muito lindas!

Beijo
Nina

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Resumindo ...

Esta semana de chuva e frio terminou com um sábado fresquito, mas com sol.
Que bom! Ilumina a alma!
Aproveitei a manhã com umas comprinhas de tecidos e  "unas cositas mas" na Feira de Cerveira, local de todas as tentações, onde, desde que se entre, não se sai de mãos vazias. Garanto.

Pois bem, trouxe munições para novas aventuras, almocei muito, muito bem, cheguei a casa, fiz sopa com legumes fresquinhos vindos do quintal da Fátima e, eis-me aqui fazendo balanço.

Da semana sobressai isto:

Um casaquinho, em amarelo que era a lã que abundava numa das gavetas.
Gastei cerca de dois novelos, resultando neste casquinho para um bebé com mais de 6 meses.


Para lhe dar um ar modernaço - e porque eram os recursos disponíveis - usei 5 botões de cores diferentes que nestes casos, as possibilidades terminam quando a imaginação se finda.
Que, se calhar, não deveria ainda ter tricotado, é verdade, já que os meus polegares continuam a fazer-se sentir e, como se sabe, tudo está bem se silencioso. Porém a tentação foi grande, tão grande quanto a vontade, tão descomunal como a saudade de mexer em agulhas durante o serão, que, como sabemos, é o melhor dos programas.

Concluído o casaquinho, apetece-me loucamente começar uns sapatinhos. A ver se me controlo!Duvido ...

Ainda sem destinatário, vai para a caixa dos presentes aguardando oportunidade de encantar uma mamã!
Entretanto, prontifico-me a fornecer a receita a quem quer que a deseje.

Com o sábado chegando ao fim, há que aproveitar o sereno fim de tarde com leitura, filme ou , simplesmente, nada, limitando-me tranquilamente a observar "a relva crescendo".

Bom final de dia!

Beijo
Nina


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Para quem não sabe cozinhar nada, mas mesmo nada!

Esta é uma aula de culinária para principiantes, daqueles que na cozinha sabem ligar o micro ondas e comer, que os há e muitos.
Aqueles que não fazem a mais remota ideia de como, no prato surge uma refeição.
Aqueles que, apesar de todas, das mais absolutas limitações , querem aprender.
Para aprender, há que começar pelo mais simples.

Comecemos pelo arroz, acompanhamento de que gosto muito.
Vamos cozinhar um arrozinho incrementado - nada de apenas o cozer em água temperada com sal. Não!
 Comecemos por então com uma preparação que resulta saborosa e que apetece repetir, aprimorar e inovar.  

Um talo de alho francês e uma cenoura.

Cortamos o alho em rodelas finas - quanto mais finas, melhor - e lavamos escrupulosamente em várias águas, porque entre as diversas camadas sempre se acumula sujidade.
Descascámos a cenoura ...


que, em seguida, raspamos ...

...assim!
Num tacho, despejámos uma quantidade de azeite que mal cubra o fundo
Assim ... e deixamos que aqueça.

Cortamos meia embalagem de bacon em pedacinhos e ...

... introduzimos no tacho  juntamente com o alho francês, deixando que frite em lume brando, até o alho se desfazer e ficar transparente.
Atenção que não pode de modo algum queimar.

Acrescentamos a cenoura raspada, mexendo bem por 3 ou 4 minutos.

Juntamos caldo de carne na seguinte proporção:
-Para 1 medida de arroz, 2 medidas de caldo.
Esta é a proporção que NUNCA falha!
No caso, juntei caldo de um cozido à portuguesa que havia guardado.
Esperemos que ferva e acrescenta-se o arroz.


Usei ARROZ BASMATI que sempre resulta bem.
Cozinho em placa elétrica. Por isso, logo que o arroz ferve, desligo o calor e deixo o tacho tapado. A cozedura mantem-se durante cerca de 10 minutos, graças ao calor residual da placa.
Chegada a hora de servir, nunca tenho surpresas. O arroz encontra-se sempre perfeito.
Não mencionei o uso de sal porque o caldo já estava temperado. Doutro modo, 1 colher de café é suficiente.
Este arroz  pode ser acompanhamento de peixe, carne, aves ou ovos - uns ovos mexidos com bacon e cogumelos seriam uma excelente opção.


No caso, servi com  costeletas de borrego grelhadas e grelos cozidos.

Esta sugestão não serve as minhas amigas entendidas na cozinha.
Infelizmente há meninas com dificuldades reais - lembro-me das minhas próprias aflições quando, recém casada, me confrontei com um fogão!
É a pensar nessas cozinheiras inexperientes que tenciono publicar um guia que desdramatize as incursões culinárias.

Esta sugestão fácil, rápida e barata parece-me bem agradável para o almoço de domingo.
Mãos à obra!

Beijo
Nina

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Amigos!

 
Amigo é quem está lá, no sítio e no momento certo, para ouvir, dar colo, oferecer o ombro!
 
Amigo não falha!
Amigo é confiável!
Amigo é irmão por opção!
Amigo não é quem quer!
Amigo é quem sabe e pode!
Amigo é quem me adivinha!
Amigo é anjo da guarda  na terra!
 
Aqui, ganhei muitos e bons, amigos de estrada aberta, de pontes, de abraços e laços.
Virtuais, é certo, mas a quem devo alegrias, sorrisos rasgados, sol em dias tristes.
Com eles aprendo, a eles ensino!
Com eles só ganho!
 
 
Minha vizinha de cidade, a ANA, é minha amiga, muito amiga!
A ela devo muitos e bons ensinamentos no universo da costura, professora competentíssima, amiga sempre disponível para ajudar.
 
Se tudo isso fosse pouco - que não é! - recebi, vencedora num sorteio, esta coisa linda:
 
Um quadro para recados.
Ocupará uma parede na minha cozinha que a combinação de cores casa na perfeição.
Em patchwork, primorosamente pespontado.
A toda a volta, um viés branquinho que lhe confere acabamento de primeira, de obra de arte, diria mesmo!


Acompanhando, este cartão:

NO MUNDO DA TATAS
feito à mão, feito com amor!

Ana, publicamente - que o que é bonito deve ser partilhado! - o meu obrigada, pelo presente lindo e pela imensa alegria que com ele chegou!

Sou visita assídua, com lugar cativo, no blog da Ana.
Deixo as pistas, deixo todas as coordenadas, que a ANA merece ser visitada.

Beijo
Nina 

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A dona de casa perfeita!

"A dona de casa perfeita" é uma espécie de medalha que se cola às pessoas .
Há quem goste, há quem deteste e há ainda quem passe alegremente indiferente ao lado da medalha.

Quem gosta da distinção terá os seus muito respeitáveis motivos, pois cada um se afirma como pode , onde pode e como muito bem lhe apetece.
Quem não gosta e sacode furiosamente a classificação, será, seguramente, porque esta, de algum modo a diminui - dona de casa é coisa pequena, coisa pouca - pensarão.
Há, finalmente, quem conviva placidamente com o rótulo, sem briga, sem tentar provar a todo o instante a sua maioridade intelectual.
Eu, definitivamente, decididamente, encaixo-me na última situação, porque, ser dona de casa - que de momento sou! - é coisa boa, que preenche os meus dias, que dá asas aos meus delírios, que me permite todos os devaneios, até o de ser cozinheira e costureira.
Pelo relato que aqui, diariamente, inscrevo, passarei, eventualmente, a imagem de dona de casa perfeita!
Pois deixem-me que esclareça:
- Serei tudo, menos perfeita!
Primeiro, porque conto com ajuda permanente e delego as tarefas que pura e simplesmente não me apetecem.
Depois, porque, nas que me apetecem, tenho, às vezes resultados absolutamente anedóticos.
Querem ver?


Foi, é o que resta de um bolo de maçã!
Com receita escrupulosamente seguida, chegada a hora de desenformar, é o desenformas!
Foi comido às colheradas e a minha perícia muito "elogiada"!
É assim, umas vezes corre bem, outras não!

E, por estas e por outras, é que torço o nariz à perfeição!
Diferente, muito diferente, é fazer o que quer que seja, o melhor que só possa!
Agora ser perfeita ... Não, obrigada!

Voltando ao bolinho ... não era suposto comer-se inteiro, pois não?
Então!!!!!

Beijo
Nina

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

As camisas do marido.


As camisas do marido têm o irritante hábito de, repentinamente, aparecerem com o cololarinho e punhos em muito mau estado, enquanto que as frentes, costas e mangas se apresentam impecáveis.
É assim comigo e, tenho a certeza, será assim convosco.

Até há bem pouco tempo, observando o triste aspeto do colarinho, dava à camisa o triste destino do caixlote do lixo ou, quando muito, colocava-a junto do monte de panos que são utilizados nas limpezas.

Porém, a minha atitude mudou e já quando cortei os blocos para a MANTA , aproveitei duas camisas em tons de azul, uma vez que,  que o tecido, 100% algodão, era belíssimo para incorporar em qualquer projeto.

Cá em casa, concluo,  estragam-se muitas camisas, pois, de repente, mais três foram separadas para a reciclagem.

Estas!

Esperavam enrodilhadas no cesto de peças a aproveitar.
Esta tarde, decidi tratar delas.

Desmanchei-as, cortando-as em partes.
Costas, frentes e mangas separadas, sem costuras, sem botões, prontas a ser utilizadas.

Seguidamente, passei-as a ferro e dobrei os retalhinhos obtidos.

Este é o empurrão necessário para por em prática um novo projeto. Foi coisa simples e rápida, mas será, seguramente impulsionador para meter mãos à obra, isto para não mencionar que o balde de roupas a reconverter ficou deliciosamente quase vazio.
Foi a minha tarde de carnaval.
Divertida e tranquila embora, a alguns, possa parecer enfadonha!

E já agora deixo no ar a pergunta que abrirá os meus horizontes:
- O que fazem com as camisas imprestáveis dos maridos?
Sou toda ouvidos!

Beijo
Nina

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A(s) minha(s) gaveta(s) de lãs!

Foi-se enchendo a primeira e, sorrateiramente, a segunda, a terceira e a quarta!

Este o aspeto, o caos absoluto.

Quatro gavetas caóticas em que os fios se entrelaçam, se enredam, feitos répteis com vida.
Que horror!
E continuo sob proibição de tricotar que a lesão é chata, persistente , exigindo repouso que, confesso, não respeito como devia. Não tenho paciência. Preciso de ocupar as mãos, frente à TV, depois de jantar.
Vou bordando uns pontinhos, mas não é a mesma coisa, porque o bordado exige atenção que me troca os olhos,saltando entre o trabalho e a televisão, ameaçando estrabismo.
O bom mesmo é, em piloto automático, prosseguir o tricô.
É certo é que às vezes dá asneira, mas, sou muito boa a desmanchar, sem complicaçao, sem hesitação, sem drama!

Pois bem, não devia, mas comecei umas malhinhas!

Uma das frentes de um casaquinho.

Para bebé pequenino, é trabalho leve e decidi que não prejudicava e soube mesmo bem voltar a pegar nas agulhas.
Amarelinho, porque desta cor tenho vários novelos,para menino ou menina, tanto faz!

O modelo é este:

Mangas raglan e ar desportivo...
Só faltam os jeans!
Acho muito engraçado ver um bebé com este tipo de roupa casual!
Para completar, nos pezinhos, uns ténis e há-os bem bonitos em tricô ou crochê, réplicas das All Stars!

O meu carnaval será como se depreende:
-Lareira acesa, muitos filmes e séries na TV, cházinho com bolo, e tricô nas mãos.
Não quero nada diferente! Para mim o carnaval perfeito.
E o vosso, como vai ser?
Contem-me tudo!

Beijo
Nina